Novela de Eric Carvalho Cattin
Direção de Failon Teixeira
Direção Geral de Miguel Rodrigues
Núcleo DNA Web Studio
NO CAPÍTULO ANTERIOR...
CREMATÓRIO – VEMOS VARIAS PESSOAS EM VOLTA DO CAIXÃO
MIGUEL CHEGA E ABRAÇA LANA
LANA – O que faz aqui Miguel?
MIGUEL – Como assim? Vim ficar do seu lado meu amor, por que está assim fria?
LANA – Estou muito abalada desculpe Miguel.
VITÓRIA O VÊ
VITÓRIA (raiva) – O que esse favelado está fazendo aqui?
O CELULAR DELA TOCA E ELA O ATENDE
VITÓRIA (ao telefone) – Alô?... Sim é ela!... Saiu o resultado? Então mandem prender o assassino se já sabem quem é!
VARIAS VIATURAS CHEGAM NO CREMATÓRIO, O DELEGADO ENTRA (instrumental tenso/suspense)
LANA – Mas o que é isso?
DELEGADO – Desculpe senhora, mas tivemos a informação de que o assassino de Olavo está aqui!
LANA – Aqui?
DELEGADO – Sim senhora, quem é Miguel da Silva Pereira?
MIGUEL – Sou eu senhor delegado!
DELEGADO – Miguel da Silva Pereira você está preso pelo assassinato do doutor Olavo Negrini!
MIGUEL – Preso?
LANA – Foi você Miguel? Você matou meu pai?
FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DOZE...
MIGUEL (assustado) – Deve esta tendo algum engano senhor delegado! Eu não matei ninguém!
DELEGADO – Temos provas, suas impressões digitais estão na arma utilizada no crime, não tem como negar Miguel, algeme ele e o coloque na viatura!
MIGUEL – Não eu não matei ninguém eu juro sou inocente!
DELEGADO – Claro é o que todos falam meu caro!
MIGUEL E ALGEMADO E COLOCADO NA VIATURA, LANA CHORA.
MIGUEL – Lana meu amor sou inocente eu não matei seu pai acredite em mim meu amor!
O POLICIAL FECHA A VIATURA
VITÓRIA – Muito bem senhor delegado, fez um ótimo trabalho (ela passa um envelope com dinheiro a ele), foi muito competente!
DELEGADO – Fiz o que tinha que ser feito, com licença! (ele sai)
VITÓRIA (se aproxima de Lana) – Não disse que um dia você iria ver que eu estava coberta de razão minha filha? Sempre te disse que esse Miguel não prestava, agora você teve a prova e infelizmente da pior maneira possível, ele matou seu pai!
LANA (arrasada) – Não entendo mãe, como ele foi capaz de matar meu pai, e por que? Por que ele fez isso com que intuito?
MELISSA (abraça Lana) – Oh minha amiga não fique assim! Mais cedo ou mais tarde esse cafajeste iria mostrar sua verdadeira face, temos que agradecer que ele foi pego agora antes que vocês se casassem. Fique tranquila estou aqui com você sempre estarei para o que precisar!
LANA (enxuga o rosto) – Ele não podia ter feito isso comigo nem com minha família! Desgraçado!
VITÓRIA – Calma minha filha, agora ele está no lugar dele, de gente como ele na cadeia, e ficará la por um bom tempo.
ALEX CHEGA E ABRAÇA LANA
ALEX – Meus sentimentos Lana, adorava seu pai, ele era um homem muito bom que vai deixar muitas saudades a todos nós.
LANA – Obrigado Alex!
A SERIMÔNIA DE CREMAÇÃO SEGUE, O CAIXÃO É COLOCADO NA CÂMARA CREMATÓRIA (instrumental triste) LANA E VITÓRIA SE ABRAÇAM... A PORTA CÂMARA CREMATÓRIA É FECHADA.
TEMPO DEPOIS...
COMPLEXO PENITENCIÁRIO RIO DE JANEIRO
MIGUEL TROCA-SE DE ROUPA COLOCANDO A DE DETENTO E É LEVADO PARA A CELA (câmera lenta – instrumental triste) MIGUEL SEGUE ALGEMADO E LAGRIMAS CAEM DE SEUS OLHOS... ELE É COLOCADO NA CELA JUNTO COM VÁRIOS OUTROS PRESOS, E É RETIRADA SUAS ALGEMAS, O AGENTE PENITENCIÁRIO FECHA A CELA E SAI, MIGUEL SEGURA NAS GRADES E CHORA.
PEDRA ROSA – CASA HILDA
HILDA (ao telefone/assustada) – Preso? Como assim o que aconteceu?... (ela desliga) Meu Deus o que o Miguel foi aprontar?
ESPETO – O que aconteceu mãe? O que Miguel aprontou?
HILDA – O Miguel foi preso meu filho.
ESPETO (surpreso) – Preso? O que ele aprontou? O Miguel todo santo, o que será que meu mano aprontou mãe?
HILDA – Ele está sendo acusado de ser o assassino de Olavo Negrini, o delegado disse que eles tem provas, e que as digitais do Miguel estavam na arma do crime. Agora ele foi levado para uma penitenciaria aqui do Rio, e que ficará lá até o dia do julgamento.
ESPETO – Cê é loco? O que o Miguelito tá arrumando? Matar o magnata assim na caruda? Mano ele deve ter feito algo bem da zuada com o Miguel pra ele passa fogo no tiozão assim.
HILDA – E agora o que eu vou falar pro Joca? O coitadinho perdeu a mãe, a casa e agora o irmão foi preso, meu Deus que nuvem negra é essa pairando na família deles? Bom agora vou tentar arrumar um advogado para defende-lo, é a única coisa que podemos fazer nesse momento, e ir visita-lo assim que possível.
ESPETO – Pode crê!
MANSÃO NEGRINI – SALA
LANA E VITÓRIA ENTRAM NA SALA
ALFREDO – Senhorita Lana, Madame Vitória gostaria que eu pedisse para que prepare um chá?
VITÓRIA – Cala essa boca Alfredo se alguém quiser vamos pedir, a única coisa que quero é que você suma da minha frente e me livre de olhar para essa sua cara de jumento!
ALFREDO (sem graça) – Sim senhora! (ele sai)
LANA – Mãe! Odeio quando fala assim com eles, ninguém tem culpa de nossos problemas familiares.
VITÓRIA – Não tenho paciência para essa gente pobretona que só quer ficar puxando nosso saco.
LANA – Vou para meu quarto, preciso descansar um pouco.
VITÓRIA – Isso minha filha, descanse um pouco que amanhã será outro dia e você se sentira um pouco melhor.
LANA – Depois disso tudo que vem me acontecendo? Duvido muito. (ela sai)
VITÓRIA (sussurra) – Desculpe minha filha, mas isso tudo foi para o seu bem, e pro meu também claro! (risos)
VITÓRIA VAI ATÉ A COZINHA E ENCONTRA ALFREDO TOMANDO CAFÉ, QUE SE ASSUSTA AO VÊ-LA
ALFREDO – Nossa madame quase me mata de susto!
VITÓRIA – Até que não seria um má ideia, vou ser breve e direta!
ALFREDO (tenso) – Aconteceu alguma coisa Madame?
VITÓRIA – Se tentar mais uma vez atrapalhar meus planos, eu juro que não terei piedade nenhuma com você, esquecerei nosso maldito acordo, e acabo com você de uma vez por todas! Entendido?
ALFREDO – Desculpe não sei do que a madame esta falado.
VITÓRIA – Não tente me passar pra trás que eu esmago você da mesma forma em que se esmaga uma barata. Pensa que não sei que foi você quem foi correndo contar a Lana que foi eu quem armou o flagrante na cama? Sou muito mais esperta do que você imagina meu caro, a sua sorte é que sou muito paciente, e que Lana não veio tirar satisfações comigo... Mas tente fazer isso outra vez que vai ver do que sou capaz de fazer! (ela sai)
ALFREDO (sussurra) – Maldita! Eu ainda acabo com você seu demônio!
QUARTO LANA
LANA DEITA-SE NA CAMA E LEMBRA DOS MOMENTOS QUE VIVEU COM MIGUEL (som BECAUSE OF YOU) ELA PEGA UMA FOTO DOS DOIS EM QUE ESTÃO ABRAÇADOS.
LANA (raiva) – Não posso acreditar que você foi capaz de fazer isso! Me fez acreditar que me amava de verdade! Te odeio Miguel! (ela rasga a foto e joga longe)
IMAGENS AÉREAS DO RIO DE JANEIRO (som BECAUSE OF YOU)
ONDAS DA PRAIA QUEBRANDO, VARIAS PESSOAS CAMINHANDO, CORRENDO... ANOITECE... VEMOS CARROS PELAS AVENIDAS... AMANHECE... ANOITECE...
DIAS DEPOIS...
PENITENCIÁRIA
AGENTE PENITENCIÁRIO – Miguel?
MIGUEL – Sou eu.
AGENTE PENITENCIÁRIO – Você tem visita!
MIGUEL (feliz) – Deve ser Lana! (ele se levanta rápido)
O AGENTE PENITENCIÁRIO O LEVA ATÉ A SALA DE VISITAS, AO CHEGAR MIGUEL DEPARA-SE COM VITÓRIA.
MIGUEL – Você?
1º INTERVALO COMERCIAL
MIGUEL (raiva) – O que está fazendo aqui?
VITÓRIA (irônica) – Oi Miguel, estou bem e você? Quanto mau humor hein meu querido?
MIGUEL – Fala logo o que você quer e vai embora!
VITÓRIA (sinismo) – Não quero nada meu querido, vim apenas conferir de perto sua derrota! Ver o lugar que você vai morar por muito e muitos anos, alias é um lugar perfeito para pessoas como você!
MIGUEL – Eu sou inocente, não matei o senhor Olavo e vou provar isso!
VITÓRIA (sussurra) – Eu sei disso!
MIGUEL – O que?
VITÓRIA – Sei que não foi você quem matou meu marido, mas infelizmente é você quem vai pagar por isso, alguém vai ter que ser o responsável e esse alguém é você!
MIGUEL (raiva) – Foi você né sua desgraçada! Foi você que armou isso tudo pra mim, claro como fui idiota você me deu a arma para segurar aquele dia no seu escritório só para ter minhas impressões digitais nela sua maldita, desgraçada eu vou acabar com você quando eu sair daqui!
VITÓRIA (irônica) – Você nunca mais vai sair daqui! E se sair será direto para o cemitério, tenho dinheiro e poder sabe o que é isso? Ter dinheiro e poder? Pois eu tenho e posso muito bem colaborar (faz sinal de dinheiro) com alguém ai de dentro para mandar você para o inferno, então se eu fosse você ao invés de se preocupar em “acabar” comigo, se preocupa em ficar vivo! Era só isso que eu tinha para te dizer, ah e a Lana está muito bem sem você, ela não quer nem ouvir falar em seu nome! No nome do homem que matou o pai dela! (ela sai rindo)
MIGUEL (transtornado) – Volta aqui desgraçada! Eu vou me vingar de você sua maldita dos infernos! Eu vou acabar com você!
VITÓRIA PASSA POR UM AGENTE PENITENCIÁRIO E ENTREGA UM ENVELOPE COM DINHEIRO A ELE.
VITÓRIA – Da um susto nesse Miguel, ele precisa de uma lição! Passa bem! (ela vai embora)
O AGENTE PENITENCIÁRIO CONVERSA COM UM DOS PRESIDIÁRIOS E PASSA UM DINHEIRO PRA ELE... MIGUEL VOLTA PARA A CELA ONDE É ESPANCADO PELOS PRESOS DAQUELA CELA... DEPOIS DE ESPANCADO MIGUEL FICA CAIDO NO CHÃO TODO MACHUCADO.
PEDRA ROSA
CASA HILDA – HILDA PREPARA UM BOLO
HILDA – Hoje é dia de visita, vou levar esse bolo para seu irmão.
JOCA – Eu não posso ir com a senhora tia? Estou morrendo de saudades do meu irmão.
HILDA – Oh meu querido, lá não é lugar de crianças, e também é proibido entrar... Mas olha (ela abaixa perto dele) Logo, logo Miguel vai sair e vai voltar pra gente, e seremos muito felizes viu? Só precisamos de um pouco mais de paciência. (ela da um beijo na testa dele).
CLINICA NEGRINI
LANA CHEGA PARA TRABALHAR
SECRETÁRIA – Senhorita Lana, sua mãe marcou uma reunião com todos os funcionários para hoje.
LANA – Reunião? Mas ela não me disse nada.
SECRETÁRIA – Pois é, ela passou bem cedo hoje e me deu esse recado para passar a vocês.
LANA – Bom tudo bem né, se ela quer essa reunião fazer o que né? Com licença! (ela vai para sua sala)
ELA ENTRA NA SUA SALA E SE LEMBRA DE MIGUEL
LANA – Um mês já que você se revelou quem é de verdade, acho que já está na hora da gente acertas as contas!
MELISSA ENTRA NA SALA
MELISSA – Falando sozinha Lana?
LANA – Sim, gosto de conversar comigo mesma as vezes, me faz bem!
MELISSA – Vai acertas as contas com quem?
LANA – Com Miguel, fiquei sabendo que hoje é dia de visitas, e decidi que vou lá para ter um acerto de contas com ele, saber o por que ele fez aquilo com meu pai, sei lá preciso ouvir da boca dele.
MELISSA – Ai amiga sabe o que eu acho disso né? Pra mim você vai perder tempo, você vai chegar lá e ele vai vir com aquela ladainha de todo criminoso “que é inocente e que não tem culpa” e blá, blá, blá se eu fosse você esquecia essa história sabe, ele já está preso mesmo logo vai ser julgado e condenado... Você tem que seguir sua vida minha amiga, por que não dá uma chance para o Alex? Ele é louco por você, todos nós o conhecemos, é de família tradicional e rica assim como a sua, tenho certeza de que sua mãe faz o maior gosto desse romance.
MELISSA – Ai amiga até na carreira você escolhe coisa de pobre né? Por que não escolheu ser modelo, uma empresária internacional ou algo do tipo? Foi escolher essa carreira de administração ai tem dó hein!
LANA – É o que gosto de fazer Melissa, só dei uma passadinha rápida aqui, vou para o presídio vai comigo?
MELISSA – Deus me livre, não piso nesse tipo de lugar nem morta, tô fora amiga. Preciso terminar uns relatórios para entregar para sua mãe ainda hoje.
LANA – Então tá, tô indo e se perguntarem por mim, você não sabe onde fui tá?
MELISSA – Claro fica tranquila, minha boca é um túmulo.
LANA SAI E MELISSA LIGA PARA ALEX
MELISSA (ao telefone) – A songa monga tá indo para o presídio ver o favelado, se eu fosse você iria atrás dela só para garantir. (ela desliga) Essa idiota da Lana não aprende!
PRESÍDIO
LANA CHEGA NA PORTA, E ALEX CHEGA DE CARRO LOGO EM SEGUIDA
LANA – Alex? O que esta fazendo aqui?
ALEX – Oi meu amor, nossa que coincidência estava passando aqui por acaso e vi você de longe, o que faz aqui?
LANA (sem graça) – Vim dizer umas verdades ao Miguel, é isso! Com licença que preciso entrar!
ALEX – Posso te esperar? Podemos almoçar juntos ou comer alguma coisa depois que sair dai, o que acha?
LANA – Tudo bem, comemos algo depois, agora preciso ir. (ela sai)
HORAS DEPOIS...
CLINICA NEGRINI – SALA DE REUNIÕES
VITÓRIA – Alguem sabe de Lana? Não disse para avisar todos sobre essa reunião?
SECRETÁRIA – Eu a avisei assim que ela chegou senhora, e dona Lana saiu logo depois, mas não disse para onde iria.
VITÓRIA – Vamos começar a reunião com ou sem ela! Não estou com paciência hoje! Bom como todos já sabem depois que meu marido faleceu, eu assumi o comando de tudo o que era dele, inclusive claro a clinica Negrini. E com isso venho comunicar a todos, que vou fechar a Negrini, e as demais filiais.
MELISSA – Fechar a clinica como assim dona Vitória?
SECRETÁRIA – Tem muitos funcionários senhora, o que será da gente?
VITÓRIA – Sim, vou fechar e já está decidido, o que será de vocês minha pobre secretária isso não é problema meu minha querida, vai cortar cana, varrer calçadas... sei lá o que vocês farão, essa reunião foi marcada para comunica-los sobre minha decisão e que a partir de amanhã as portas da Negrini estarão fechadas!
TODOS FUNCIONÁRIOS FICAM CHOCADOS E TRISTES COM A NOTÍCIA.
PENITENCIÁRIA
LANA AGUARDA NA SALA DE VISITAS, MIGUEL (todo machucado) ENTRA.
MIGUEL (emocionado) – Meu amor você veio! (ele vai abraça-la)
LANA (séria) – Não chega perto de mim seu assassino!
MIGUEL – O que? Não meu amor você sabe que não foi eu, eu jamais faria uma coisa dessas.
LANA – Eu vim aqui para ouvir da sua boca Miguel, por que você matou meu pai!
FOCO EM LANA.
2º INTERVALO COMERCIAL
PENITENCIÁRIA
CONTINUAÇÃO DA CENA ANTERIOR. LANA ENCARA MIGUEL ESPERANDO UMA RESPOSTA.
LANA – Então Miguel, estou esperando sua resposta!
MIGUEL – Eu já disse meu amor...
LANA (raiva) – Não me chame de meu amor!
MIGUEL – Eu já disse que não matei ninguém, sou inocente armaram pra mim, na verdade foi sua mãe quem armou tudo, ela matou seu pai pra me incriminar!
LANA (indignada) – Eu não posso acreditar que você vai acusar minha mãe de ter matado o próprio marido, você realmente é um crápula, como foi minha mãe sendo que suas impressões digitais estavam na arma que matou meu pai? Me diga Miguel!
MIGUEL – Aquele dia em que fui jantar na sua casa, sua mãe me deu uma arma pra eu segurar e logo em seguida eu a coloquei em cima da mesa, tenho certeza de que ela guardou essa arma, na verdade ela já me deu a arma de caso pensado Lana, ela já estava preparando tudo isso!
LANA (aplaude) – Olha meus parabéns, que imaginação você tem hien Miguel? Acha mesmo que vou acreditar nessa história? Nunca teve arma alguma em minha casa! Bem que minha mãe me avisou, sempre me avisou na verdade que você não prestava e eu boba caindo em sua doces palavras que diziam que me amava, e eu fiquei cega ao ponto de não enxergar quem você realmente era! Me faz um favor Miguel esqueça que eu existo, nunca jamais me procure pois essa é a última vez em nos vemos! (ela se levanta) Quero esquecer todo esse tempo que passei enganada ao seu lado! (ela sai)
MIGUEL – Volta aqui meu amor, você tem que acreditar em mim!
LANA (se vira pra ele) – Quando eu precisei que você acreditasse em mim você duvidou, por que eu teria que acreditar em você agora? Espero nunca mais ter que olhar pra sua cara! (ela vai embora)
O AGENTE PENITENCIÁRIO RETIRA MIGUEL DA SALA DE VISITAS E O LEVA DE VOLTA PRA CELA!
LANA SAI DA PENITENCIÁRIA AOS PRANTOS, ELA OLHA PARA A PENITENCIÁRIA. (instrumental “Because of you”)
LANA – Nunca mais quero ver você novamente Miguel, nunca mais! Morre aqui toda nossa história e nosso amor!
ALEX BUZINA PRA ELA, QUE ENTRA NO CARRO
ALEX – Está tudo bem Lana?
LANA – Estou um pouco enjoada, esse lugar é horrível deve ser isso!
ALEX – Onde está seu carro?
LANA – Deixei na Negrini e vim de taxi para ninguém reparar onde eu estava indo... Vamos Alex preciso respirar um ar, esse lugar é toxico.
ALEX E LANA SEGUEM PARA UM RESTAURANTE, ONDE ALMOÇAM JUNTOS.
ALEX (pega na mão dela) – Olha Lana, quero que você saiba que eu estou aqui do seu lado para o que der e vier, sempre poderá contar comigo... Sabe que amo muito você sempre amei.
LANA – Não comece com isso Alex por favor.
ALEX – Deixe eu terminar Lana! Não quero forçar nada quero apenas que você se sinta a vontade quando estiver ao meu lado, e quero que saiba que estou disposto a qualquer coisa para te fazer feliz qualquer coisa mesmo!
LANA – Muito obrigada Alex, mas você sabe que nossa história já terminou, na verdade nunca começou a gente apenas ficou algumas vezes mas foi só isso.
ALEX – Pra você! Pra mim foi mais do que uma simples ficada, eu me apaixonei perdidamente por você Lana e estou disposto a lutar para que você sinta o mesmo por mim!
LANA – Desculpe Alex, mas não perca seu tempo! Não quero saber de me relacionar com alguém tão cedo. Olha o garçom já está trazendo nosso pedido!
O GARÇOM COLOCA OS PRATOS NA MESA E SE RETIRA, LANA E ALEX ALMOÇAM EM SILÊNCIO!
MINUTOS DEPOIS...
NEGRINI
ALEX DEIXA LANA NA PORTA
ALEX – Pense em tudo o que eu te disse, quem sabe um dia você vai entender que eu só quero seu bem!
LANA – Tchau Alex! (ela desce do carro)
ALEX (sussurra) – Traste difícil de domar, mas pela sua fortuna eu faço tudo o que for preciso, e logo logo estará comendo na mãozinha do Alex aqui! (ele sorri e sai)
LANA ENTRA NA SALA DE REUNIÕES (vazia)
LANA – Onde estão todos? Meu Deus esqueci completamente da reunião!
VITÓRIA ENTRA NA SALA
VITÓRIA – Todos nós percebemos isso minha querida, posso saber onde a senhorita estava que não compareceu a reunião?
LANA – Oi mãe. Desculpe fui resolver umas coisas particulares.
VITÓRIA – Coisas particulares? Lana você tem apenas dezoito anos como pode já ter “coisas” particulares para se resolver? Você deveria estar aqui no momento em que eu anunciei o fechamento da Negrini!
LANA (indignada) – Fechamento da Negrini? Você enlouqueceu de vez mãe ou é algum tipo de brincadeira sem graça?
VITÓRIA – Nem um nem outro, é isso mesmo que você ouviu minha filha, eu vendi a Negri para um grupo Alemão que me ofereceu uma boa quantia nesse lugar horroroso. Dinheiro mais que suficiente para eu reabrir a construtora de meu falecido pai!
LANA – Mãe como você vende a Negrini sem me consultar? Isso aqui era a vida do meu pai!
VITÓRIA – Realmente era a vida do seu pai, mas como ele morreu, agora não é mais! Eu sempre odiei esse lugar e sempre quis retomar com a construtora, mas o mão de vaca do seu pai nunca me ajudou, agora que ele se foi e eu como a herdeira majoritária farei o que eu bem entender com o dinheiro que me foi conferido! E nem você e nem ninguém irá me impedir disso.
LANA – Que decepção dona Vitória, vender o que seu falecido marido mais prezava e o pior sem nem me consultar.
VITÓRIA – Lana coloque uma coisa na sua cabeça minha filha, eu sou Vitória Campello Negrini e não dou satisfação e muito menos peço permissão para absolutamente ninguém, você como minha filha já deveria saber disso.
LANA PEGA A BOLSA
VITÓRIA – Onde você vai minha filha?
LANA – Vou procurar outro emprego, você não vendeu a clinica? Pois então estou desempregada, e não vou ficar dependendo de você pra tudo! Com licença! (ela sai)
VITÓRIA – Vai menina ingrata, logo você volta me pedindo perdão! (sorri)
3º INTERVALO COMERCIAL
PENITENCIÁRIA
HILDA CHEGA PARA VISITAR MIGUEL E É LEVADA PARA A SALA DE VISITAS, MIGUEL ENTRA E OS DOIS SE ABRAÇAM
HILDA – Meu querido você está todo machucado, o que fizeram com você?
MIGUEL – Estou bem tia, me diz como está Joca? Espeto?
HILDA – Estão todos bem meu filho, Joca queria muito vir disse que está morrendo de saudades de você, mas ele não pode entrar.
MIGUEL – Também estou com muitas saudades daquele pivete (risos), e você tia como está?
HILDA – Vamos indo né Miguel, nem comecei direito na Negrini e já me falaram que vão fechar, agora lá vai eu procurar outro emprego. Mas no final tudo da certo meu querido não se preocupe.
MIGUEL – A Negrini vai fechar? Mas por que?
HILDA – Não sei por que vai fechar não, mas parece que a dondoca da Vitória vendeu a clinica para abrir uma construtora!
MIGUEL - Nossa tia e agora nós em sua casa pra dar ainda mais gasto.
HILDA – Não se preocupe meu querido, vou dar um jeito logo encontro outro emprego, as vezes o novo dono contrata todos que estão lá. Olha trouxe o bolo de milho verde que você adora. (ela entrega a ele)
MIGUEL – Hummm tia adoro esse bolo, que só você sabe fazer! (ele morde um pedaço) Que delicia tia, está maravilhoso que saudade de comer sua comida que eu estou. Tem falado com meu advogado?
HILDA – Sim, falei com ele hoje mesmo, e me disse que seu julgamento já foi marcado.
MIGUEL – Mas o que ele acha? Acha que vou ser absolvido?
HILDA – A única coisa que ele disse é para sermos confiantes, e que hoje ele viria combinar tudo com você para que saiba o que dizer no julgamento.
MIGUEL – Não estou com um bom pressentimento tia, minhas impressões digitais na arma vão me complicar, aquela desgraçada da Vitória deu um golpe de mestre! Mas ela vai ter o que merece!
HILDA – Deixa essa gente pra lá meu filho, sabe que são gente poderosa e são capaz de tudo deixe eles pra lá e segue sua vida, vamos provar sua inocência e você vai sair daqui!
MIGUEL CONTINUA A COMER O BOLO COM OLHAR FIXO E DE VINGANÇA.
IMAGENS AÉREAS DO RIO DE JANEIRO, CRISTO REDENTOR, PÃO DE AÇUCAR, LAPA, PRAIAS ONDAS QUEBRANDO... ( som Skank – Algo Parecido)
AMANHECE, ANOITECE, AMANHECE... ALGUNS DIAS DEPOIS...
FÓRUM – JULGAMENTO MIGUEL - DIA
AS PESSOAS SENTAM-SE NOS BANCOS A JUIZA DA INICIO AO JULGAMENTO... (imagens do julgamento em câmera lenta ao som de Skank – algo parecido...)
MANSÃO NEGRINI
LANA OLHA PARA O CÉU PENSANDO EM MIGUEL, ALFREDO ENTRA NO QUARTO
ALFREDO – Senhorita Lana está tudo bem?
LANA – Um pouco apreensiva Alfredo, hoje é o julgamento de Miguel e até hoje ainda não me conformo com tudo isso, será mesmo que ele matou meu pai?
ALFREDO – Isso a justiça decidirá senhorita, aquele exame que a senhora fez semana passada já chegou, a senhorita vai leva-lo ao médico ou quer que eu peça para ele vir até aqui?
LANA – Nossa já? Pode deixar (ela pega o exame), eu mesma vou lá no consultório ver esse resultado, o que será que me causa tano enjoo e tontura? Tenho medo de ser algo grave.
ALFREDO – Não deve ser nada demais senhorita, apenas um indisposição devido a esse calor insuportável do Rio de Janeiro.
LANA – É pode ser, bom vou lá saber o que é né? (risos) Tchau Alfredo, não devo voltar para o almoço tá? Avise minha mãe.
ALFREDO – Tudo bem senhorita, se sua mãe aparecer, pois desde que começou a retomada da construtora ela não para mais em casa!
FÓRUM – JULGAMENTO MIGUEL
A JUIZA TERMINA O JULGAMENTO
JUIZA – Silencio no tribunal!!! O MP entende que o denunciado agiu por motivo torpe, consistente em vingança, cometendo o crime a vitima Olavo Negrini. Adoto como relatório o juntado às fls. 108/110, acostados aos autos para ciência dos jurados. Submetido o pronunciado Miguel da Silva Pereira a julgamento pelo Tribunal do Júri, o Douto Conselho de Sentença condenou o réu, acatando a tese do homicídio qualificado na forma tentada, nos termos solicitados na denúncia, conforme o questionário que segue em apenso a ata deste julgamento. Assim, tendo em vista o veredicto do Júri, cumpre-me condenar, nos termos, do que dispõe o artigo 492, inciso I, do Código de Processo Penal, o réu Miguel da Silva Pereira ao cumprimento de doze anos e sete meses de reclusão em regime fechado sem direito a fiança e que o regime se inicie imediatamente!
MIGUEL – Não, eu sou inocente!
(câmera lenta/ instrumental triste) INTERCALA COM LANA NO CONSULTÓRIO MÉDICO.
MÉDICO – Você não tem nada de grave, você está grávida! Meus parabéns!
LANA (surpresa) – Grávida?
DIVIDE IMAGENS ENTRE MIGUEL E LANA
HILDA ABRAÇA JOCA E ESPETO E CHORAM, VITÓRIA SORRI AO OUVIR A SENTENÇA DE MIGUEL, ELA SE LEVANTA E OLHA PARA ELE COM UM SORRISO NO CANTO DA BOCA, MIGUEL É ALGEMADO E LEVADO, OS POLICIAIS OS COLOCA NA VIATURA O LEVANDO PARA O PRESÍDIO.
MIGUEL É LEVADO PARA OUTRO PRESIDIO E COLOCADO EM UM CELA, AO ENTRAR NA CELA ELE DEPARA-SE COM TIÃO (instrumental suspense)
TIÃO – Ora, ora, ora! Olha só quem está aqui se não é o boiolinha de Pedra Rosa!
MIGUEL – Fica na sua Tião não quero confusão!
TIÃO (o segura pelo pescoço) – Escuta aqui franguinho, quem dita as regras aqui sou eu! E todos que entram aqui na minha cela tem uma recepção bem calorosa, mão é mesmo pessoal? (outros presos respondem sim), tá vendo boiola? Eu sou o manda chuva aqui! E está na hora de você receber suas boas vindas!
TIÃO DA UM SOCO NO ESTOMAGO DE MIGUEL QUE CAI NO CHÃO, OS PRESOS SE APROXIMAM PARA BATER NELE.
TIÃO – Não! Esse aqui eu faço questão de dar as boas vindas sozinho!
UM DOS PRESOS LEVANTA E SEGURA MIGUEL, TIÃO COMEÇA A ESPANCA-LO... DEPOIS DE ESPANCA-LO TIÃO O JOGA NO CHÃO.
TIÃO – Pronto esperei por isso muito tempo, e quem diria que isso iria acontecer aqui hein!
MIGUEL FICA NO CHÃO TODO MACHUCADO E COSPE SANGUE.
TIÃO – Trate de se recuperar hein franguinho, porque você quem vai limpar essa sujeira que fez no chão!
IMAGENS DA AVENIDA DE COPACABANA
LANA DIRIGE COM PENSAMENTO EM MIGUEL E PASSA A MÃO EM SUA BARRIGA.
LANA – Grávida do assassino do meu pai? Ai Miguel podíamos ter sido tão felizes juntos, por que foi fazer isso? E agora vou criar um filho sem pai.
LANA CHEGA EM CASA
VITÓRIA (raiva) – Grávida Lana? Grávida de um favelado? Meu Deus, como vou sair na rua agora? Grávida de um favelado que acaba de ser condenado por ter matado seu pai!
LANA – Condenado?
VITÓRIA – Isso mesmo! Condenado, o favelado foi condenado a doze anos de prisão por ter matado seu pai.
LANA – Então quer dizer que ele realmente matou meu pai?
VITÓRIA – E você ainda tinha alguma duvida minha querida? Mas enfim, e agora?
LANA – Eu vou criar meu filho sozinha, nunca precisei de ninguém, não vai ser agora!
ALEX CHEGA E ENTRA NA SALA
ALEX – Bom dia dona Vitória, Bom dia Lana?
VITÓRIA – Bom dia Alex, você caiu do céu meu querido!
ALEX – Como assim?
VITÓRIA – Lana, eis que chega a solução dos nossos problemas! Quer dizer do seu problema!
LANA – Está falando do que mãe?
VITÓRIA – Você vai se casar com Alex, e vai dizer a todos que ele é o pai dessa criatura que você tá esperando ai! Assim não vamos passar por tanta humilhação.
ALFREDO (atrás da porta) – Olha isso Constância, como Vitória pode fazer esse tipo de proposta para a senhorita Lana? A menina não tem um minuto de paz com essa mãe!
CONSTÂNCIA – Alfredo acho que você se preocupa demais com a Lana, nem a mãe dela se preocupa tanto assim!
ALFREDO – Claro conheço ela desde criança, tenho um carinho grande por ela apenas isso!
CONSTÂNCIA (desconfiada) – Sei, mas que é estranho é! E pare de ficar ai ouvindo a conversa da patroa! Anda vai fazer alguma coisa!
LANA – Não, acho que eu não ouvi direito! Você só pode esta fora de si minha mãe.
ALEX – Você está grávida Lana? Daquele favelado assassino?
LANA – Fiquei sabendo hoje.
ALEX – Se for ver isso que sua mãe está dizendo faz sentido, a gente se casa e eu assumo seu filho como se fosse meu, farei isso com muito prazer é como eu te disse antes sou capaz de tudo por você.
LANA – Vocês são loucos! (ela sai da sala)
VITÓRIA – Calma Alex, ela vai acabar aceitando isso é uma questão de tempo!
PEDRA ROSA - PENSÃO DONA VERUSKA
DONA VERUSKA CHEGA NA RECEPÇÃO E PEGA CREUZA DORMINDO, ELA DA UM TAPA NA CABEÇA DE CREUZA
DONA VERUSKA – Acorda sua abusada! Eu te pago para dormir em cima do meu balcão? Por isso não entra hospedes aqui, você dorme e nem vê se entra alguém.
CREUZA – Justamente por isso que eu durmo Dona Veruska, não entra ninguém aqui ai fico com sono, ai já viu né o sono é mais forte que a gente.
DONA VERUSKA – Forte vai ser o tapa que vou dar no meio da sua fuça serviçal abusada!
CREUZA SAI CORRENDO DA PENSÃO PRO MEIO DA PRAÇA GRITANDO, VERUSKA CORRE ATRÁS (instrumental cômico) A CAMERA VAI SUBINDO MOSTRANDO AS DUAS CORRENDO NA PRAÇA...
(começa tocar Alegria, alegria – Caetano Veloso) ENQUANTO A CAMERA SE DISTÂNCIA, A PEQUENA PEDRA ROSA COMEÇA A CRESCER VEMOS CASAS E PREDIOS SE ERGUEREM AO REDOR DA PEQUENA PRAÇA CENTRAL – CORTA PARA LANA PASSANDO A MÃO NA BARRIGA (a câmera passa em volta de Lana) MOSTRANDO A BARRIGA CRECENDO, EM SEGUIDA VEMOS LANA CORRENDO COM UMA CRIANÇA DE MÃOS DADAS – CORTA PARA MIGUEL NO PÁTIO DO PRESÍDO LIMPANDO O CHÃO...
11 ANOS DEPOIS... (2013)
VOLTAMOS PARA DONA VERUSKA E CREUZA CORRENDO NA PRAÇA
DONA VERUSKA – Vai logo lerdeza, temos que pegar um bom lugar para ver o prefeito de perto!
CREUZA – Calma dona Veruska já vi um lugar bom ali ô!
PREFEITO GENIVALDO FERRÃO CHEGA NO PALANQUE ACOMPANHADO DE SUA ESPOSA ALZIRA E SEU FILHO GABRIEL (instrumental cômico).
GENIVALDO – Meus caros habitantes de Pedra Rosa, é com imenso prazer que que eu Genivaldo Ferrão o primeiro prefeito de Pedra Rosa venho inaugurar a nossa praça central com o nome de nossa saudosa Conceição da Silva Pereira, alguém gostaria de fazer as honras em corta o laço?
DONA VERUSKA – Eu aqui ó! (pulando acenando)
GENIVALDO – Dona Veruska? Muito bem vem aqui cortar a fita e inaugurar nossa praça central!
ALZIRA – Valdinho não gosto dessa mulher... homem ai sei lá o que essa pessoa é! Eu não vou com a cara dela.
GENIVALDO (sem graça) – Não me chame de Valdinho em publico Alzira, sabe que não gosto! Dona Veruska é gente boa fica tranquila!
DONA VERUSKA SOBE NO PALANQUE, E AO SUBIR TROPESSA E CAI EM CIMA DE ALZIRA, E TENTANTO SE SEGURAR ACABA RASGANDO TODA A ROUPA DE ALZIRA QUE FICA NUA EM PRAÇA PUBLICA! TODOS FICAM PASMOS E COMEÇAM A RIR, DONA VERUSKA FICA SEM GRAÇA.
PENITENCIÁRIA (som Alegria, Alegria – Caetano Veloso)
OS PORTÕES DA PENITENCIÁRIA SE ABREM, E MIGUEL SAI... HILDA E ESPETO CORREM PARA ABRAÇA-LO, ELES SE ABRAÇAM EMOCIONADOS...
MIGUEL – Finalmente livre!
FOCO EM MIGUEL.
CONGELA IMAGEM
Sobe os créditos ao som de Alegria, alegria – Caetano Veloso
Fim de Capítulo.
"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"
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