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Foto do escritorDNA Web Studio

De Volta Pra Casa | Capítulo 18


Novela de

Eric Carvalho Cattin

Direção

Failon Teixeira, Guilhardo Almeida e Miguel Rodrigues

Direção Geral

Miguel Rodrigues

Direção Artística

Guilhardo Almeida

Núcleo

DNA Web Studio



NO CAPÍTULO ANTERIOR...


ANDER E NANDA CHEGAM NA PRAÇA.


ANDER – Meu Deus o que está acontecendo aqui Nanda?


NANDA (rindo) – Parece que o show da posse foi pras cucuias!


GABRIEL CHEGA.


GABRIEL – O que o boiola está fazendo aqui posso saber?


ANDER ENCARA GABRIEL.


HOSPITAL/ QUARTO/ NOITE (instrumental triste)

LANA ACARICIA JULIA QUE DORME


LANA – Oh minha filha o que você está fazendo de sua vida?


O MÉDICO ENTRA


MÉDICO – Julia teve uma pequena overdose, mas que quase a matou!


LANA – Overdose Doutor? Julia usou drogas?


MÉDICO – Isso mesmo Lana, sua filha está envolvida com drogas!


LANA (decepção) – Ah não, eu não acredito que minha filha, minha pequena esteja se drogando! E como ela chegou aqui? Quem trouxe minha filha para este hospital?


(instrumental suspense)


MÉDICO – Um homem a encontrou caída na praia e a trouxe para cá, mas assim que soube que ela estava bem ele foi embora as pressas!


LANA – Não deixou nem o nome ou um telefone, preciso agradecer esse homem, afinal ele salvou a vida da minha filha!


MÉDICO – Ele preencheu uma ficha assim que entrou no hospital (olhando a ficha) esta aqui! O nome dele é Miguel! Miguel Pereira da Silva!


LANA SE LEVANTA


LANA – Como é que é? Você está me dizendo que o homem que trouxe minha filha se chama Miguel Pereira da Silva?


MÉDICO – Isso mesmo, a senhora está bem? Ficou pálida de repente!


LANA (sussurra com lagrimas nos olhos) – Miguel? Não! Não pode ser! Migue está morto! Será que ele está vivo?


FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DEZOITO...


LANA (emocionada) – Será que Miguel me enganou esses anos todos?


MÉDICO – O que disse senhorita?


LANA – Nada! Pensei um pouco alto demais, e então doutor quando posso levar minha filha pra casa?


MÉDICO – Será preciso que ela passe pelo menos uma noite em observação, como o quadro dela evoluiu bastante, acredito que amanhã mesmo ela receba alta!


LANA (aliviada) – Nossa que bom, fico mais tranquila.


MÉDICO – Mas você tem que se preocupar, Julia pode facilmente voltar a usar drogas, ela vai precisar de acompanhamento médico e psicológico.


LANA – Farei de tudo para que minha filha fique boa novamente e que jamais chegue perto de drogas, muito obrigado por tudo doutor!


MÉDICO – Não foi nada Lana, fiz apenas meu trabalho agora preciso ir tenho outra paciente para atender! Com licença! (ele sai)


PRAÇA CENTRAL DE PEDRA ROSA/ NOITE/ (instrumental tenso)

BRUNO ENCARANDO ANDER


BRUNO – Então boiola estou esperando você responder! O que está fazendo aqui?


ANDER – Em primeiro lugar meu nome é Anderson! Em segundo lugar não te devo satisfações nenhuma então Bruno me deixe em paz!


BRUNO (se aproxima) – Escuta aqui boiola, se eu te pegar mais uma vez aqui em Pedra Rosa eu quebro sua cara! Entendeu?


ANDER – Então já pode começar! Porque eu moro aqui, e não vai ser você quem fará eu me mudar daqui!


NANDA – Chega meninos, vamos embora Ander!


ANDER – Não! Eu não vou embora Nanda, viemos para dar uma volta na praça e é o que vamos fazer! Vem! (ele a puxa)


BRUNO – Esse viadinho é muito abusado!


BRUNO PASSA UMA RASTEIRA EM ANDER QUE CAI NO CHÃO, ELE SE APROXIMA DE ANDER.


BRUNO – É melhor ficar esperto e prestar bastante atenção por onde anda viadinho, você pode cair e não levantar mais! (ele sai)


NANDA AJUDA ANDER A SE LEVANTAR.


NANDA – Você se machucou?


ANDER – Não, estou bem não se preocupe!


NANDA – Já disse pra você não ficar enfrentando o Bruno ele é barra pesada Ander, ele pode te matar! Só porque ele é filho do prefeito daqui de Pedra Rosa ele se acha o dono do mundo.


ANDER – E eu já te disse que não tenho medo dele! E o pior de tudo é que você ainda é apaixonada por esse ridículo, tem dó hein Nanda!


NANDA – Fazer o que né amigo, não mandamos no coração! Vai... Vamos dar uma volta! (os dois sai caminhando)


MIGUEL CHEGA NO FLAT


VANESSA – Boa noite meu amor? Tá tudo bem? Está com uma cara...


MIGUEL (chocado) – Você não vai acreditar Vanessa! Fui salvar uma menina que passou mal na rua e sabe de quem ela é filha?


VANESSA – Não faço ideia Miguel.


MIGUEL – Eu levei a menina até o hospital e lá descobri que a menina é filha da Lana! Da pra acreditar numa coisa dessas? Eu salvei a vida da filha da Lana!


VANESSA (raiva) – E o que tem demais nisso Miguel?


MIGUEL – Como assim o que tem demais Vanessa? Você ouviu o que eu disse? Salvei a filha da Lana, a Lana é a mulher... (interrompido)


VANESSA – Eu sei muito bem quem é Lana, estou cansada de saber de toda sua história com ela, inclusive já estive com ela se você quer saber. Ela está muito feliz casada com Alex e os dois tem mesmo uma filha que se chama Julia, está feliz agora? Vou me deitar! (ela sai com raiva)


MIGUEL (triste) – Ela tem uma filha com aquele crápula que tentou me matar junto com a desgraçada! (lagrimas caem de seus olhos) Eu preciso encontrar com ela e mostrar quem é o homem com quem ela se casou! Mas como vou fazer isso?


AMANHECE... (instrumental Rabiosa – Shakira)

PEDRA ROSA/ HOTEL DONA VERUSKA/ RECEPÇÃO

SHAKIRA DESCE COM TODAS SUA BAGAGEM.


SHAKIRA – Quero que feche minha conta dessa pensão horrorosa!


DONA VERUSKA – Eeeeee Shakira do Paraguai aqui é um hotel! Já foi pensão mas há muitos anos atrás, então faz o favor de respeitar meu estabelecimento que te serviu muito bem até agora!


SHAKIRA – Vocês dessa cidade no fim do mundo são um bando de loucos! Preciso sair daqui o quanto antes, se não vou acabar louca como vocês!


CREUZA – A senhorita não vai nem tomar nosso café da manhã?


SHAKIRA – Deus me livre, não quero ter diarreia!


DONA VERUSKA (nervosa) – Você não acha que está abusando um pouco não sua palhaça?


SHAKIRA (ironia) – Desculpe se ofendi vocês! Para ficar tudo bem entre a gente vou tomar um copo de agua lá no refeitório.


DONA VERUSKA – Claro, eu te acompanho... Vamos?


(instrumental cômico)


CREUZA (desconfiada) – Ihhhh isso não vai prestar! Dona Veruska sendo simpática com a do Paraguai? Sei não ela deve tá aprontando alguma coisa!


DONA VERUSKA E SHAKIRA ENTRAM NO REFEITÓRIO, SHAKIRA VÊ UMA MESA GRANDE E FARTA.


SHAKIRA – Pelo menos a cara está boa! Mas fico mesmo só com a água. Você pode me servir?


DONA VERUSKA (irônica) – Claro minha querida! (ela pega um copo de suco) Não prefere um suco? (ela joga na cara de Shakira).


SHAKIRA – O que é isso sua louca?


DONA VERUSKA (pega o iogurte e joga na cabeça dela) – Não que ia falar de meu estabelecimento e sair com esse nariz mal feito em pé não né sua palhaça ridícula! Toma aqui uma torta bem gostosa! (ela esfrega uma torta na cara de Shakira). Fazia tempo que queria fazer isso!


SHAKIRA – Sua louca, eu vou te processar!


CREUZA OLHA PELA FRESTA DA PORTA E CAI NA RISADA! SHAKIRA SAI CORRENDO E ESCORREGA CAINDO SOBRE A MESA DE DOCE DE LEITE, ELA SE LEVANTA E CORRE.


DONA VERUSKA – Vaza daqui sua ridícula! E não volte nunca mais!


SHAKIRA SAI FURIOSA DO HOTEL TODA COBERTA DE DOCE DE LEITE E TORTA. UM HOMEM DE BICICLETA CARREGANDO VÁRIAS GALINHAS NÃO A VÊ E ACABA CAINDO EM CIMA DELA COM AS GALINHAS.


SHAKIRA (cuspindo penas) – Meu Deus nessa cidade só tem louco? Não olha por onde anda não seu idiota?


ELA SE LEVANTA E FICA COBERTA DE PENAS GRUDAS AO DOCE DE LEITE, TODOS DA PRAÇA RIEM DELA... QUE LOGO ENTRA EM UM TAXI E VAI EMBORA DE PEDRA ROSA FAZENDO BANANA.



1º INTERVALO COMERCIAL




MANSÃO NEGRINI/ DIA/ SALA DE JANTAR

VITÓRIA CHEGA E SENTA-SE NA MESA PARA TOMAR CAFÉ DA MANHÃ (instrumental tenso)


CONSTÂNCIA – Bom dia Dona Vitória!


VITÓRIA – Onde está o pacóvio do Alfredo? Acordei e meu desjejum não estava na minha cama!


CONTÂNCIA – A senhora não sabe?


VITÓRIA – Não sabe do que criatura? Se eu soubesse de alguma coisa não estaria te perguntando não acha?


CONTÂNCIA – Ele foi embora da mansão senhora!


VITÓRIA (espantada) – Como assim embora?


CONSTÂNCIA – Ele pegou as trouxas dele e se mandou!


VITÓRIA (raiva) – Aquele cretino teve a coragem de me enfrentar! Mas ele que me aguarde! (ela se levanta da mesa e sai)


FLAT MIGUEL/ DIA/ MESA DO CAFÉ DA MANHÃ

MIGUEL TOMA SEU CAFÉ DA MANHÃ JUNTO A VANESSA.


VANESSA – Come devagar meu amor, por que está com essa pressa toda?


MIGUEL – Preciso ir resolver umas coisas de família! Tenho que ir atrás da família que adotou meu irmão, tenho que encontra-lo ele é a única pessoa da minha família que me restou, e vou encontra-lo onde ele estiver! E sobre o gravador? Você já o apanhou?


VANESSA ( apressada limpa a boca) – Nossa é verdade o gravador! Vou ter que correr pra chegar antes da bruxa, e ver o que tem no gravador! Tchau meu amor (ela o beija e sai correndo)


MIGUEL – Cuidado hein!


CAMPELLO/ DIA/ RECEPÇÃO

VITÓRIA CHEGA


CLARA – Bom dia Dona Vitória!


VITÓRIA (passa por ela com raiva) – Peça para que Alex vá até minha sala imediatamente!


CLARA – Sim senhora! (ela interfona para Alex)


VITÓRIA ENTRA EM SUA SALA, E ALEX ENTRA LOGO EM SEGUIDA.


ALEX – O que minha sogra deseja logo de manhã, eu ia agora mesmo ao hospital visitar minha enteada Julia.


VITÓRIA – Julia está ótima logo sai de lá, é até bom também que ela fique internada lá que ai ela para de dar um pouco de trabalho! Mas te chamei aqui não foi para falar da mimada da minha neta, e sim do meu mordomo!


ALEX - O Alfredo? O que tem ele?


VITÓRIA – Eu quero que você acabe com ele, varra esse energúmeno do mapa!


ALEX – Você quer que eu mate o coitado do Alfredo? Mas o que ele te fez?


VITÓRIA – Não lhe devo satisfações meu caro, apenas faça o que estou te mandando!


ALEX – Já que você pediu com tanto carinho né dona Vitória, é claro que vou fazer! Mas isso a gente vê depois, tenho algo mais grave para te alertar!


VITÓRIA – Mais desgraça? Hoje meu dia vai ser daqueles, vai desembucha de uma vez criatura!


ALEX – A Campello está no vermelho, precisamos fechar um contrato grande se não nem sei o que vai ser da nossa empresa! Vamos ter que cortar muitos gastos pela frente!


VITÓRIA – Bom temos nossa festa beneficente, lá vamos ter aquele bando de velhos ricos que só querem gastar sua fortuna e nem sabem com o que, é lá que vamos arrancar um bom dinheiro, pelo menos para dar uma aliviada até fecharmos um contrato grande! Arrume qualquer peça falsificada na internet e vamos leiloa-la por uma fortuna e diremos que será para as pobres criancinhas!!! (ela sorri)


ALEX – A senhora é um gênio hein? Os velhos que vão nessa festa todos os anos não vão nem perceber que a peça é falsificada! Golpe de mestre e ponta pra Dona Vitória Campello Negrini!


VITÓRIA – Pare com esse puxa-saquismo e vai logo dar um fim naquele traste do Alfredo! Encontre-o mais rápido possível!


ALEX – Pode deixar comigo minha sogrinha!


HOSPITAL/ QUARTO JULIA

MELISSA BATE NA PORTA E ENTRA.


MELISSA (falsa) – Oh minha amiga o que aconteceu? (ela abraça Lana) Vim assim que soube!


LANA – Ai Melissa, Julia foi encontrada na praia com overdose ela quase morreu!


MELISSA – Meu Deus que horror amiga! Mas como ela está?


LANA – Está bem graças a Deus! Melissa você não vai acreditar, eu estou com uma coisa aqui na cabeça que está me perturbando, vou te contar mas preciso que me jure segredo! Você jura que não vai comentar com ninguém o que eu te falar aqui?


MELISSA – O que foi minha amiga? Claro que pode confiar! Voc~e sabe que sou sua amiga.


LANA – Pode ser loucura minha sei lá, mas a pessoa que trouxe Julia para o hospital tem o mesmo nome que Miguel!


MELISSA (surpresa) – Miguel? Aquele Miguel? O motorista favelado?


LANA – Acredita? Quando me falaram o nome do rapaz que salvou Julia eu quase tive um troço, tenho certeza que é ele, é o Miguel!


MELISSA (preocupada) – Não! Não é possível o Miguel morreu a mais de seis anos amiga você deve ter se confundido.


LANA – Não eu não me confundi! Tenho certeza de que foi ele não existem duas pessoas no mundo com o mesmo nome! É ele!


MELISSA (apressada) – Lana preciso ir, depois conversamos mais sobre isso, melhoras para Julia... Tenho muita coisa a fazer na Campello! Qualquer coisa é só me ligar tá! (ela abraça Lana e sai)


MELISSA CAMINHA PENSATIVA PELOS CORREDORES DO HOSPITAL.


MELISSA – Meu Deus será que o favelado sobreviveu e estava escondido esse tempo todo? Alex precisa saber disso imediatamente! (ela entra no carro e sai)


QUARTO JULIA

O MÉDICO ENTRA E EXAMINA JULIA QUE ACORDA.


LANA – Oi minha filha!


JULIA (confusa) – Mãe? Que lugar é esse? O que aconteceu?


MÉDICO – Julia você está em um hospital, você sofreu uma overdose devido ao grande consumo de drogas e quase morreu, mas você já está bem teve muita sorte muita mesma, você praticamente nasceu de novo!


JULIA (overdose) – Overdose? Ai que vergonha, me desculpa mãe? (choro)


LANA (abraça Julia) – Claro minha filha, mas não pense nisso agora o importante é que você está bem, não é doutor?


MÉDICO – Sim, ela já está ótima e já pode ir pra casa! (sorri)


LANA (feliz) – Graças a Deus!


LANA LEVA JULIA DE VOLTA PARA CASA

MANSÃO NEGRINI/ QUARTO JULIA (INSTRUMENTAL TENSO)

JULIA ACABA DE TOMAR SEU BANHO E SAI DO BANHEIRO.


JULIA – Mãe? Mãe não precisa ficar em cima de mim né! Já estou ótima!


LANA – Eu sei e é por isso que vim aqui minha filha! Quero que você seja verdadeira comigo, foi você que roubou meu colar de diamantes não foi?


FOCO EM JULIA

INSTRUMENTAL TENSO...

MIGUEL PARA O CARRO NO ESTACIONAMENTO DO ORFANATO, ALFREDO O VÊ DE LONJE.


ALFREDO – Miguel? Não, não pode ser! Miguel está morto! (ele desce do carro)


MIGUEL DESCE DO CARRO E DEPARA-SE COM ALFREDO NA PORTA DE SEU CARRO.


ALFREDO – Miguel! É você mesmo!




FOCO EM MIGUEL.


2º INTERVALO COMERCIAL


CONTINUAÇÃO DA CENA ANTERIOR.


ALFREDO – Miguel é você mesmo! Como pode está vivo?


MIGUEL (sai andando) – O senhor deve está me confundindo, com licença!


ALFREDO (o puxa) – Não venha achar que vai me convencer de que você não é o Miguel porque não vai conseguir! Por onde andou esse tempo todo? Lana sofreu tanto com sua morte!


MIGUEL – Desculpe meu senhor mas eu realmente não sei do que o senhor está falando, me da licença que tenho um assunto muito importante para resolver! ( ele sai)


ALFREDO (anota a placa do carro de Miguel) – Acha mesmo que vai me enganar? Está muito enganado!


MIGUEL ENTRA NA RECEPÇÃO DO ORFANATO PEGA ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE JOCA E SAI...


MIGUEL (olhando para um papel) – Então são esses os pais de Joca? Eu vou te encontrar meu irmão esteja onde estiver! (ele entra no carro e segue)


MANSÃO NEGRINI/ QUARTO JULIA/ DIA


LANA – Então Julia estou esperando sua resposta! Foi ou não foi você quem roubou meu colar?


JULIA (arrependida) – Foi eu mãe! Me desculpe eu estava desesperada para comprar droga e não tinha de onde tirar dinheiro, se eu pedisse a você iria querer saber pra que era.


LANA (indignada) – Você roubou meu colar para comprar drogas Julia? Aquele colar valia uma fortuna!


JULIA – Eu sei mãe, mas você consegue uns vinte iguais a aquele colar me desculpe!


LANA – Olha minha filha eu estou profundamente decepcionada com você! Mas sei que isso não irá se repetir não é?


JULIA – Claro que não minha mãe! Eu prometo não vou nunca amis chegar perto de drogas pode confiar!


LANA (abraça Julia) – Que bom ouvir isso de você minha filha! Eu só quero seu bem!


PEDRA ROSA

PREFEITURA/ SALA PREFEITO/ DIA


PREF. GENIVALDO (grita) – Mirtes?


MIRTES (chega correndo) – Pois não patrão?


PREF. GENIVALDO – Quero que prepare uns documentos para enviar ao ministro de obras de Pedra Rosa!


ALZIRA CHEGA E ENTRA NA SALA DO PREFEITO/ (instrumental cômico)


ALZIRA (voz melosa) – Vai fazer uma licitação Valdinho? Então coloque uns zeros a mais nessa licitação para fazer aquela plástica no meu nariz? Você me prometeu a alguns meses e até agora nada!


PREF. GENIVALDO – Mirtes pode se retirar, e faça o que eu lhe pedi!


MIRTES – Sim senhor! Com licença! (ela sai)


PREF. GENIVALDO – Você enlouqueceu Alzira?


ALZIRA – Ai Valdinho o que eu fiz? É só colocar uns zerinhos a mais que ninguém vai perceber, sempre fez isso.


PREF. GENIVALDO – Não é por isso, você me diz essas coisas na frente da secretária? Quer acabar com minha reputação? Quer que eu sofra um impeachment é isso Alzira?


ALZIRA – Calma bebê me desculpe vai, fiquei um pouco empolgada! (ela da beijos no rosto e boca dele) Diz que vai fazer o que sua Alzirinha quer? Te prometo que vai ser bem recompensado!


PREF. GENIVALDO – Vou pensar no se caso Alzira, agora saia preciso trabalhar! E vê se coloca uma roupa mais decente! Você é a primeira dama de Pedra Rosa, não pode andar por ai vestida tão vulgar!


ALZIRA – Credo Vavá você acha? Achei tão longo esse vestido.


PREF. GENIVALDO – Se componha Alzira você está entrando na terceira idade, não tem mais idade para sair assim pelas ruas! Vamos volte para casa e coloque roupas de senhoras da sua idade!


ALZIRA – Está me chamando de velha Vavá?


PREF. GENIVALDO – Saia Alzira preciso trabalhar!


ALZIRA – Você é um grosso Vavá! (ela sai da sala)


PREF. GENIVALDO – O que eu fiz meu Deus pra merecer isso? Me diz?


CASA LUCIA/ COZINHA/ DIA

LUCIA PREPARA O CAFÉ DA MANHÃ, ANDER CHEGA E SENTA-SE A MESA.


LUCIA (assustada) – Meu filho o que foi isso na sua mão?


ANDER – Não foi nada mãe, cai ontem na praça, mas está tudo bem!


LUCIA – E ai meu filho como foi na faculdade? Gostou?


ANDER – Gostei sim mãe, é muito boa!


LUCIA – Ihhh Anderson te conheço meu filho, sei que esse “gostei sim” não foi empolgado, o que ouve meu filho?


TIÃO ENTRA NA COZINHA (instrumental tenso)


TIÃO – Por isso esse menino é uma gazela, você trata ele como se fosse um bebê tem dó Lucia deixa o moleque se virar ele não é de cristal!


LUCIA – Deixe que do meu filho cuido eu Tião!


ANDER (se levanta da mesa) – Tchau mãe já vou pra faculdade!


LUCIA – Mas não vai tomar seu café meu filho?


ANDER – Tomo na rua! (ele sai e bate a porta)


TIÃO – Credo que gazela brava essa hein? Me sirva o leite!


LUCIA – Você tem sempre que estragar tudo por onde passa Tião? Por que você é assim tão desprezível? Tem sempre que atacar seu próprio filho!


TIÃO – Não vai começar com suas ladainhas logo de manhã vai? Eu só não gosto da ideia de ter um filho viado só isso!


LUCIA (raiva bate na mesa) – Meu filho não é gay! E mesmo se fosse eu iria ama-lo da mesma forma, independente se ele for gay, hetero, branco, preto, azul, gordo ou magro ele vai ser sempre meu filho e sempre iriei ama-lo incondicionalmente e sei que ele vai sentir o mesmo por mim, e você? Você vai acabar sozinho sem ninguém porque é um ser sem coração e sem amor! Vai morrer a mingua!


TIÃO DA UM TAPA NA CARA DE LUCIA.


TIÃO (grita) – Chega sua vagabunda! Tá achando o que? Virou psicóloga agora pra ficar me dando sermão? Se coloque no seu lugar ou vai acabar perdendo essa sua língua grande! Você não queira me deixar irritado não Lucia que sabe o que faço quando estou irritado.


LUCIA (com a mão no rosto) – Pode bater, pode até arrancar sangue de mim, mas uma coisa eu te garanto Tião, o amor que eu sinto por Anderson e o que ele sente por mim ninguém irá tirar! (ela sai)


TIÃO – Vagabunda! (ele coloca no copo leite e bebe)



3º INTERVALO COMERCIAL



CAMPELLO

SALA VITÓRIA/ DIA

VITÓRIA TOMA CHAMPANHE OLHANDO PELA JANELA (som Resposta ao tempo – Nana Caymmi)


VITÓRIA – Por que você me deixou? Poderíamos ter sido tão felizes juntos?


VANESSA ENTRA NA SALA.


VANESSA – Dona Vitória?


VITÓRIA – Ai menina que susto! Que mania que vocês pobres tem de entrar nos lugares sem bater! Fala o que você quer?


VANESSA – Me desculpe senhora! Vim perguntar o que achou dos endereços que lhe passei para o evento beneficente!


VITÓRIA – Quero que reserve esse daqui! (mostra no papel) E quero também que organize tudo, Buffet, garçom essas coisas... E tudo de primeira hein garota! Não me venha com coisas que vocês pobres acham que são finas mas que na verdade é tudo de quinta! Quero impressionar todos os convidados, fazer desse evento o melhor e maior de todos que o Rio de Janeiro já viu! Agora saia me deixe sozinha! E vê se aprende a bater na porta antes de entrar!


VANESSA (olha o gravador em baixo da mesa) – Sim senhora, com licença! (ela sai da sala) Como vou pegar aquele gravador se essa ordinária não sai da sala? Vou ter que ficar de plantão esperando a vaca sair!


MOTEL QUERO MAIS/ QUARTO/ DIA (INSTRUMENTAL TENSO)

ALEX E MELISSA ACABAM DE TRANSAR


ALEX – Tô te achando meio tensa tá acontecendo alguma coisa?


MELISSA – É umas coisas que tá na minha cabeça aqui.


ALEX – Ihhh cachorra não gosto quando tu fica assim não hein, vai fala logo o que esta passando nessa cabecinha aí?


MELISSA – Estava pensando que já estou farta dessa miséria, de ter que ficar nos encontrando em motel! Quero ter nossa vida de verdade!


ALEX – Ihhh agora não é hora de romantismo Melissa, alias preciso ir que tenho um serviço pra fazer pra vagabunda da Vitória! (começa a se vestir) Tenho que apagar o mordomo dela acredita? Não entendi muito bem, mas...


MELISSA – É claro que ela ia mandar fazer isso né sua anta! Ele deve ter chantageado ela com a história dele ser pai da songa monga da Lana, é claro que é isso.


ALEX – É pensando bem até que você tem razão meu amor! Agora que tenho que encontra-lo mesmo! Se ele resolve dar com a língua nos dentes nosso trunfo vai por agua a baixo!


MELISSA – Então trate de encontra-lo o quanto antes, e depois que apagar o velho vamos ter que mandar a filhinha dele junto pro lar dos pés juntos! (risos) Já estou farta daquela sonsa!


ALEX – Tem razão eu também estou!


MELISSA (o beija) – Então meu amor, temos que dar um fim logo nisso tudo, estamos muito parados com nosso plano, já a quase vinte anos esse chove e não molha! Olha onde chegou, a Campello está a beira da falência vamos é acabar não faturando nada com tudo isso! Temos que agir rápido! Tem outra coisa que está me deixando um pouco aflita!


ALEX – O que foi?


MELISSA – Lana está achando que Miguel está vivo!


ALEX (susto) – Como é que é? O favelado? Vivo? Não! Eu matei o desgraçado, a sonsa deve esta é variando!


MELISSA – Sei não viu Alex, ela me disse com muita convicção, estou começando a achar que existe essa possibilidade, pensa comigo! Nunca ninguém encontrou o corpo dele apenas a bicicleta que você jogou para forjar um acidente mas o corpo dele nunca ele pode muito bem ter sobrevivido e se escondido esse tempo todo!


ALEX – Será? Será que ele foi tão esperto assim? Eu acho que deve ser apenas coisa da cabeça daquela vagabunda. Fica fria meu amor, o favelado está morto!


MELISSA – Não! Lana me garantiu que foi ele quem levou a drogadinha da Julia para o hospital, olha a coincidência o pai salvar a vida da filha sem nem saber que é o pai dela.



ALEX – Ai não Melissa você já está imaginando muito, pare de assistir novela isso está mexendo com sua imaginação! Preciso ir tchau! (ele a beija e sai) Paga a conta dessa vez beijos!


MELISSA – Cretino! (risos) Espero mesmo que seja apenas minha imaginação!


PEDRA ROSA/ HOTEL DONA VERUSKA

PIEDADE ENTRA NO HOTEL (instrumental cômico)


PIEDADE – Bom dia meus amores, preciso de um quarto por favor!


CREUZA – Ai que senhorinha mais fofa Dona Veruska!


DONA VERUSKA – Bom dia minha senhora, já vou providenciar seu quarto!


PIEDADE – Nossa como vocês são lindas, parecem duas flores do campo!


CREUZA – Ai gente que fofura, quer ser minha vó adotiva?


DONA VERUSKA – Cala a boca Creuza! Desculpe minha senhora, é que minha funcionária é meio abusada mesmo.


PIEDADE – Imagine, eu adorei o jeitinho dela lembra minha falecida filha! (choro) Coitadinha que Deus a tenha!


CREUZA (triste) – Tadinha Dona Veruska! Ela perdeu a filha.


PIEDADE – Tadinha de Solange morreu feito um passarinho! (choro)


DONA VERUSKA – Meus sentimentos... A senhora pode acompanhar a Creuza que ela vai leva-la até seu quarto!


CREUZA (triste) – Vem dona Piedade me acompanhe!


PIEDADE – Obrigado!


CREUZA LEVA PIEDADE ATÉ O QUARTO.


PIEDADE – Muito obrigado minha querida.


CREUZA – Qualquer coisa que a senhora precisar...( interrompida)


O CELULAR DE PIEDADE TOCA, ELA ATENDE.


PIEDADE (ao telefone) – Sim? Faz como te falei, bate, corta em pedacinhos e depois coloca no fogo! (ela olha para Creuza) Depois me liga que te passo a receita! Tchau! (ela desliga) Me desculpe querida era minha neta, queria uma receita de strogonoff, coitadinha não sabe de nada.


CREUZA – Strogonoff? Amo strogonoff!


PIEDADE – Qualquer dia desses eu faço um pra você! Com licença preciso tomar banho, estou morta! (risos) Tchau querida! (ela fecha a porta)


CREUZA – Gente que vozinha mais simpática! (ela sai)


CAMPELLO/ SALA VANESSA

VANESSA SAI DE SUA SALA E VAI DEVAGAR PELO CORREDOR, VITÓRIA SAI DE SUA SALA, VANESSA SE ESCONDE E ESPERA VITÓRIA PEGAR O ELEVADOR, LOGO EM SEGUIDA ENTRA NA SALA DE VITÓRIA E PEGA O GRAVADOR.


VANESSA – Será que tem alguma coisa que incrimine essa vaca? Vamos saber agora! (ela da play e começa a ouvir toda a conversa)


A GRAVAÇAO MOSTRA A CONVERSA DE ALEX E MELISSA FALANDO SOBRE LANA SER FILHA DE ALFREDO, E LOGO EM SEGUIDA ELA OUVE O AUDIO EM QUE VITÓRIA COMBINA A ARMAÇÃO NA FESTA BENEFICENTE.


VANESSA (chocada) – Meu Deus do céu, isso aqui é uma bomba nuclear Miguel vai ficar chocado com tanta informação em apenas uma gravação!


VITÓRIA ENTRA NA SALA


VITÓRIA – O que é isso? O que está fazendo na minha sala posso saber?


VANESSA LEVA UM SUSTO E FICA OLHANDO PRA VITÓRIA


MORRO DA PEDRA/ DIA

MIGUEL CHEGA E ESTACIONA O CARRO, TODOS FICAM DE OLHO.


JP – Quem é que tá colando aqui na quebrada?


BETA – Sei não hein JP, acho melhor tu ir lá conferir, porque o carango parece ser de gente importante.


JP – Cê é loco? Quem cola aqui na quebrada sem da um salve? Vou ver qual é que é desse cozido!


JP VAI ATÉ O CARRO E BATE NO VIDRO


JP – E ai mano o que quer aqui na quebrada? Vamo se adianta desce aí mano cê tá loco de colar aqui na minha quebrada sem ser convidado? Vamo rapá desce aí!


MIGUEL DESCE DO CARRO E TIRA OS OCÚLOS.


MIGUEL (emocionado) – Joca? É você meu irmão? Quanto tempo!


BETA – Vixi mano, o cara te conhece!


JP – Miguel?



FOCO EM JP


CONGELA IMAGEM

Sobe os créditos ao som instrumental suspense.



Fim de capítulo



"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"

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