Novela de Eric Carvalho Cattin
Direção de Failon Teixeira
Direção Geral de Miguel Rodrigues
Núcleo DNA Web Studio
NO CAPÍTULO ANTERIOR...
MIGUEL LIGA PARA A POLICIA QUE LOGO CHEGA NA CASA DE LUCIA
A POLICIA BATE NA PORTA
TIÃO – Fica quieta! Deixa eles chamarem, logo vão embora!
POLICIA – Abrem a porta, se não abrirem vamos arrombar!
TIÃO – Você quem chamou a policia sua vadia? (ele a segura pelos cabelos)
LUCIA – Claro que não Tião! Me solta vai ser pior se eles te pegarem aqui, me solta e foge, juro que não vou te entregar.
TIÃO – Cala a boca!
A POLICIA ARROMBA A PORTA E COMEÇAM A PROCURAR, ATÉ CHEGAREM NO QUARTO ONDE ENTRAM E DEPARAM-SE COM TIÃO SEGURANDO LUCIA PELOS CABELOS, O POLICIAL APONTA O REVOLVER PARA ELE.
MANSÃO NEGRINI
LANA CHEGA EM CASA E VAI PARA SEU QUARTO, ALFREDO A VÊ CHEGANDO E VAI ATRÁS (instrumental suspense)
LANA – Agora não Alfredo, por favor tive que vim embora mais cedo da Clinica porque eu não estava aguentando de dor de cabeça, outra hora conversamos.
ALFREDO – Não! A senhora tem que me ouvir, o que tenho pra dizer poderá salvar seu namoro!
LANA – O que? Diga de uma vez então!
ALFREDO – Foi sua mãe e o Alex que armaram tudo, colocaram sonífero em sua bebida, para você dormir e tudo isso para que o Miguel pegasse vocês na cama e vocês terminassem.
LANA (espanto) – O que? Então realmente foi ela!
FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO ONZE...
ALFREDO (medo) – Pelo amor de Deus senhorita Lana não diga a madame Vitória que fui eu quem contou a senhorita sobre os planos deles, se ela desconfiar disso é capaz de me mandar pro Afeganistão.
LANA – Não, claro que não vou falar nada, mas você precisa contar isso para Miguel só assim ele será capaz de me perdoar.
ALFREDO – Claro que sim, por isso estou lhe contando, pois sei que o plano deles deu certo e você e o senhor Miguel se separaram.
LANA – Exatamente, vamos comigo Alfredo, iremos agora mesmo contar ao Miguel tudo isso que acabou de me dizer.
LANA E ALFREDO SAEM, VITÓRIA OBSERVA PELA JANELA
VITÓRIA (desconfiada) – Onde será que a Lana está levando a múmia do Alfredo?
PEDRA ROSA – CASA LUCIA - TIÃO SEGURANDO LUCIA PELOS CABELOS
POLICIAL (apontando revolver) – Solte esta senhora imediatamente!
TIÃO SOLTA LUCIA QUE CHORA, O POLICIAL ALGEMA TIÃO
POLICIAL – O senhor está preso por violência domestica e agressão a mulher!
TIÃO (nervoso) – Eu não bati em ninguém, tivemos apenas uma leve discussão de casal senhor policial.
POLICIAL – Isso o senhor vai ter que explicar na delegacia!
TIÃO (grita) – Lucia meu amor, fala pra eles que eu não fiz nada que entenderam errado, diz a eles meu amor diz?
MIGUEL ENTRA NA CASA DE LUCIA
MIGUEL – Não diz não Lucia, esse crápula está sempre te agredindo, chegou a hora dele pagar por tudo o que fez a você!
TIÃO – Foi você né seu boiola dos infernos, foi você que chamou a policia!
MIGUEL – Foi sim Tião, foi eu mesmo alguém aqui tinha que dar um jeito em você e fazer você parar de agredir a Lucia, mas agora acabou você vai ter o que merece!
OS POLICIAIS O LEVAM PARA A VIATURA
POLICIAL – Lucia a senhora terá que ir até a delegacia para formalizar a denuncia, caso não queira dar prosseguimento ao ocorrido, iremos ter que ouvir o depoimento do senhor seu marido e libera-lo. Então o que pretende fazer?
MIGUEL – Lucia esta é a hora, não deixe que esse homem acabe com sua vida, faça logo essa denuncia que você ira trancafia-lo na cadeia por um bom tempo, e finalmente terá paz na sua vida!
LUCIA – Será mesmo Miguel?
TIÃO É COLOCADO DENTRO DA VIATURA, OS MORADORES DA VILA FICAM OLHANDO CURIOSOS
DONA VERUSKA – Alá Creuza, até que enfim vão levar aquele monstro pra onde ele nunca mais deverá sair!
CREUZA – Coitada da Lucia né, vive apanhando dele será que foi ela quem o denunciou?
DONA VERUSKA – Do jeito que aquela ali é tonta, é bem capaz que não foi ela não... Alguém deve ter feito isso por ela.
CASA LUCIA
POLICIAL – E então senhora Lucia, o que irá fazer?
LUCIA – Eu vou!
MIGUEL – Isso mesmo Lucia, coragem! Quer que eu vá com você?
LUCIA – Não Miguel muito obrigado, você já fez muito por mim hoje.
HILDA ENTRA E A ABRAÇA
HILDA – Eu faço questão de ir com você minha amiga! Vamos?
(câmera lenta ao som instrumental tenso) LUCIA PEGA ANDERSON NO BERÇO, HILDA ABRAÇA E AS DUAS SAEM DA CASA, TODOS FICAM OLHANDO ATÉ QUE APLAUDEM LUCIA PELA CORAGEM.
TIÃO (grita) – Eu ainda vou voltar pra acabar com você e esse boiola do Miguel! Eu juro que volto!
AS VIATURAS SEGUEM PARA A DELEGACIA...
LANA E ALFREDO CHEGAM A PEDRA ROSA
ALFREDO – Nossa quanta gente desocupada por aqui, parece que a vila inteira está nessa praça.
LANA – Aqui é assim mesmo Alfredo, deve ter acontecido alguma coisa cruzamos com varias viaturas e agora esse monte de pessoas aqui na praça.
ALFREDO – Verdade, ali o senhor Miguel!
LANA PARA O CARRO PERTO DE MIGUEL E DESCE JUN TO COM ALFREDO
MIGUEL – O que você quer Lana, já disse que não quero que me procure mais.
LANA – Espera Miguel, Alfredo tem algo muito importante pra te dizer! Podemos ir até sua casa?
MIGUEL – Eu tenho que ir trabalhar já estou atrasado Lana, outro dia mnós conversamos!
LANA – Miguel por favor, me dê cinco minutos?
MIGUEL – Tudo bem Lana, vamos la em casa.
DONA VERUSKA OBSERVANDO DE SUA POUSADA
DONA VERUSKA – Hummm olha o Miguel todo e todo com aquela grã-fina, o cara é burro mesmo né Creuza? A moça se desloca lá da Zona Sul pra vim aqui atrás dele e ele fica ai fazendo doce, se fosse eu já tinha até casado com ela! (risos) Creuza? Ta me ouvindo? Creuza?
DONA VERUSKA OLHA PRA TRÁS E VÊ CREUZA DORMINDO EM CIMA DO BALCÃO
DONA VERUSKA (grita) – Creuzaaaaaaaaaaaaaaa...
CREUZA (acorda assustada) – Socorroooo, meus Deus o que está acontecendo Dona Veruska?
DONA VERUSKA – Creuza de Jesus como você é abusada minha Nossa Senhora do Bom parto, como você é abusada! Estou aqui falando sozinha feita uma idiota e a bonita dormindo no expediente? Olha Creuza eu deveria te mandar de volta pra Vitória de Santo Antão de onde você nunca deveria ter saído.
CREUZA – Credo Dona Veruska, eu não estava dormindo não senhora, é que entrou um cisco no meu olho direito, ai pra não entrar no outro olho eu fechei ele, vai que outro cisco entrava no outro olho né? Então eu preveni.
DONA VERUSKA – Cisco né? Então toma isso (da um tapa na cabeça dela) pra ver se sai o cisco de dentro do seu olho! Vai trabalhar sua abusada!
CREUZA – Ai Dona Veruska, como a senhora é má.
DONA VERUSKA – Cala a boca Creuza!
CASA MIGUEL – SALA
MIGUEL – Pronto Lana, diga o que quer comigo?
LANA – Miguel eu trouxe o Alfredo aqui comigo, porque é ele quem tem algo pra te dizer, o que vai esclarecer tudo em sua cabeça. Fala Alfredo, diz a ele o que você sabe!
ALFREDO – Bom, naquela noite em que o senhor viu a senhorita Lana na cama com o Alex, não foi o que o senhor está imaginando.
MIGUEL – Olha se vão tentar me enrolar fazendo eu acreditar que não aconteceu nada lá, podem ir embora e nem percam o tempo de vocês.
LANA – Calma Miguel, ouça o que o Alfredo tem a dizer, continua Alfredo por favor.
ALFREDO – Pois então, aquilo tudo senhor Miguel foi uma armação da madame Vitória com o senhor Alex, os dois combinaram tudo para que você os pegasse na cama e assim terminassem o namoro, foi madame Vitória quem mandou a mensagem de texto pro seu celular, ela também dopou a senhorita Lana para que ela caísse em sono profundo, não sou de ficar ouvindo conversas atrás das paredes e nem das portas, mas esse eu tive que ouvir porque não acho certo eles terminarem com um romance que é tão puro e bonito como o de vocês.
LANA – E então meu amor, agora você acredita em mim?
MIGUEL (pasmo) – Nossa, nem sei o que dizer... Sua própria mãe fazer isso olha é inacreditável, como uma mãe pode ser tão cruel assim?
LANA – Minha mãe faz tudo para que as coisas saiam como ela quer, sempre foi assim, mas eu quero saber de você meu amor, você acredita em mim agora, acredita que não tive nada com o Alex naquela noite?
MIGUEL OLHA PARA LANA
INTERVALO – ABERTURA DA NOVELA
LANA (aflita) – Pelo amor de Deus diz alguma coisa Miguel?
MIGUEL – Depois disso eu seria um completo idiota de não acreditar em você meu amor!
MIGUEL A BEIJA, OS DOIS SE BEIJAM AO SOM DE BECAUSE OF YOU, ALFREDO SE EMOCIONA
LANA – Eu não saberia viver sem você meu amor, jamais em minha vida iria trocar você por homem nenhum nesse mundo!
MIGUEL – Eu também não ia conseguir viver sem você! (ele a beija novamente)
ALFREDO – Desculpe incomodar o casal, mas precisamos voltar senhorita Lana, sua mãe já deve ter dado falta de mim.
LANA – Verdade, vamos mas nem sei com que cara vou olhar para ela depois de saber disso.
MIGUEL – Aja naturalmente meu amor, deixa isso pra lá não vai criar caso com sua mãe, será pior.
LANA – Você tem razão, mas nos vemos a noite então?
MIGUEL – Claro que sim, e hoje faço questão de ir até sua casa.
LANA (feliz) – Sério meu amor?
MIGUEL – Sim, é bom que dona Vitória já saiba de uma vez que estamos juntos novamente.
ALFREDO – Se eu fosse vocês não faria isso não, namorem escondido por um tempo, é tão bom as coisas proibidas (risos).
LANA – Não Alfredo, não posso namorar escondido não sou nenhuma criminosa para ficar me escondendo, minha mãe vai ter que aceitar, além do mais o que ela irá fazer contra nós? Bom vamos então nos vemos a noite. (ela da um beijo nele e sai)
MIGUEL – Muito obrigado por tudo Alfredo, você foi um grande amigo.
ALFREDO – Que isso meu jovem, só fiz o que minha consciência pediu, vamos senhorita Lana.
LANA E ALFREDO SEGUEM PARA A MANSÃO, MIGUEL ENTRA, A CAMPAINHA TOCA ELE ABRE A PORTA E ESPETO O ABRAÇA FORTE
ESPETO – E ai meu brother como você tá? Foi mal cara não tive tempo pra vir aqui desde a morte da tia Ceiça, mas mano eu to muito sentido mesmo cara na real, não fica de bode comigo não cara.
MIGUEL – Calma Espeto tá muito afobado cara que isso? Fica tranquilo eu sei como é seu trampo lá, a tia Hilda já tinha me explicado também ta tudo certo cara relaxa.
ESPETO – Nossa mano que fita hein, ,mas na humildade eu to mô bolado com isso ai cara, sou teu amigo desde moleque.
MIGUEL (ri) – Espeto fica tranquilo irmão! Ta tudo certo, cara eu tenho que correr pro trampo estou mô atrasadão cara você não fica grilado não né? Se der volta ai mais tarde tenho varias fitas pra falar com você!
ESPETO – Nossa mano eu também to cheio das fitas, mas das fitas brabas mesmo mano, vai lá então pro seu trampo, que vou da um corre até o centro comprar uma beca nova cê ta ligado né?
MIGUEL (zoa) – Ai moleque tá montado na grana! (eles vão caminhado pela vila)
MANSÃO NEGRINI – SALA
LANA E ALFREDO CHEGAM E DÃO DE CARA COM VITÓRIA
VITÓRIA – Posso saber onde os dois estavam?
LANA – Bom minha mãe em primeiro lugar eu não lhe devo satisfação de onde vou ou deixo de ir, mas como sou uma filha muito educada vou lhe dizer! Eu convidei Alfredo para me acompanhar até o shopping, por que odeio ir sozinha, e a Melissa está muitop ocupada com o estagio dela lá na Negrini que não pode ir comigo, dai chamei o Alfredo, algum problema?
VITÓRIA (desconfiada) – Shopping? E cadê as sacolas?
LANA – Não gostei de nada, por isso não tem sacolas, não comprei nada infelizmente! Satisfeita?
VITÓRIA – Sei, sim estou satisfeita minha filha jantamos juntas hoje?
LANA – Desde que Alex não esteja sim jantaremos juntas! Alias vou fazer uma surpresa a vocês esta noite!
VITÓRIA – Surpresa minha filha? O que seria?
LANA – Se é surpresa não posso dizer né minha mãe! Vou tomar um banho tchau!
VITÓRIA OLHA PARA ALFREDO QUE DESVIA O OLHAR, ELA SEGUE PARA O QUARTO E LIGA PARA ALEX
VITÓRIA (ao telefone) – Alex fique atento, Lana está de um jeito que não estou gostando nada, pelo sim ou pelo não fique de tocaia na casa do favelado, hoje vamos dar mais um passo com nosso plano! Leve gasolina e um fósforo. Tchau. (ela desliga) Se for o que eu estou pensando, Lana deve ter voltado com o favelado, e se for isso ele que me aguarde, porque pegarei mais pesado com ele!
ANOITECE...
OLAVO CHEGA NA MANSÃO
OLAVO – Boa noite Vitória Lana está em casa? Ela passou o dia todo fora da Negrini, desse jeito ela jamais conseguira aprender tudo o que tem que aprender para um dia assumir o comando da Clinica.
VITÓRIA – Ora meu bem, a filha é sua você que a deixou desse jeito, faz todas as vontades dela, ai da nisso! Bom deixa Lana pra lá, quero falar com você sobre negócios.
OLAVO – Iiiii la vem bomba, nem vem com o assunto de reabrir a construtora de seu pai, que não vou investir nisso Vitória!
VITÓRIA (irritada) – Olavo, você tem que me ajudar a reabrir a construtora que era do meu pai, é meu sonho você tem que me ajudar afinal você é meu marido ou não?
OLAVO – Justamente por ser seu marido que não vou concordar com uma loucura dessas, me da licença que vou para o banho que estou morto de fomo e cansaço. (ele sai)
VITÓRIA (joga a taça na parede) – Desgraçado! Se não quer me ajudar por bem, terei que fazer do meu jeito. (instrumental suspense)
MINUTOS DEPOIS...
VITÓRIA E OLAVO SENTAM-SE A MESA PARA JANTAR
MIGUEL CHEGA NA MANSÃO E LANA CORRE PARA O RECEBER, ELES SEGUEM PARA A SALA DE JANTAR
VITÓRIA (colocando salada no prato) – Quem é que veio a essa hora aqui em casa minha filha?
LANA – Meu namorado mãezinha! Miguel veio jantar com a gente!
VITÓRIA SE ASSUSTA E DEIXA A COLHER CAIR NO CHÃO
MIGUEL (sinico) – Boa noite dona Vitória, tudo bem com a senhora? Boa noite senhor Olavo?
OLAVO – Olha voltaram? Que bom fico feliz por vocês.
LANA – O que foi minha mãe? Parece que viu um fantasma.
VITÓRIA – Com licença, preciso ir ao banheiro e já volto, Alfredo e Constância podem se recolher, amanhã vocês limpam tudo!
CONSTÂNCIA E ALFREDO SAEM E VÃO PARA SEUS QUARTOS...
VITÓRIA ENTRA NO BANHEIRO E ESMURRA O ESPELHO COM ÓDIO
VITÓRIA – Esse favelado está se achando esperto demais, agora ele vai ter o que merece! (ela liga para Alex)
ALEX ESTÁ PARADO EM FRENTE A CASA DE MIGUEL
ALEX (atende o telefone) – Pois não dona Vitória o que devo a honra de sua ligação?
VITÓRIA (ao telefone) – Queime tudo Miguel, coloque fogo no barraco do favelado não deixe sobrar nada!
ALEX (ao telefone) – Aconteceu alguma coisa?
VITÓRIA (ao telefone) – O desgraçado voltou com Lana, agora vou pegar pesado! Faça o que estou mandando até logo! (ela desliga) Você vai se arrepender de ter conhecido minha família seu favelado desgraçado! Vou matar dois coelhos com uma única cajadada! (ela sorri)
ALEX DESCE DO CARRO PEGANDO O GALÃO DE GASOLINA, ELE VESTE UM CAPUZ E SEGUE PARA A FRENTE DA CASA DE MIGUEL, ONDE ESPALHA A GASOLINA POR TODA A VOLTA DA CASA, POR FIM ELE JOGA UMA GARRAFA COM GASOLINA E FOGO PELA JANELA, TUDO COMEÇA A QUEIMAR, ALEX ENTRA NO CARRO E FOGE!
MANSÃO NEGRINI ...
VITÓRIA VOLTA PRA MESA DE JANTAR
MIGUEL (irônico) – Esta melhor dona Vitória?
VITÓRIA – Você se acha muito não é mesmo Miguel? Acha que por que conquistou minha filha agora fica ai com esse ar superior, lembre-se sempre de onde você veio meu querido namorar com minha filha não lhe faz rico e muito menos deixa de ser um favelado!
LANA – Mãe! O que é isso exijo que respeite meu namorado, ele apenas se preocupou com a senhora.
VITÓRIA – Lana, Lana você é tão bobinha né minha filha, esse favelado não presta e um dia você ainda vai me dar razão. Está estampado na cara dele que ele não presta!
OLAVO – Já chega Vitória!
MIGUEL – Por que a senhora me odeia tanto dona Vitória?
VITÓRIA (se aproxima dele) – Porque eu tenho nojo, nojo de pobres e muito mais ainda quando é favelado como você! Com licença perdi o apetite!
VITÓRIA SE LEVANTA DA MESA E FINGE DERRUBAR VINHO NA ROUPA DE LANA
VITÓRIA – Nossa minha filha me desculpe!
LANA (se limpando) – Não foi nada mãe, vou lá em cima trocar de roupa e já volto, não foi nada é rapinho já volto.
VITÓRIA – E eu vou para meu quarto! (ela sai)
O TELEFONE DE MIGUEL TOCA, ELE ATENDE...
MIGUEL SE LEVANTA DA MESA
HILDA (ao telefone) – Miguel corre prá casa, incendiaram sua casa meu filho, vem logo!
MIGUEL DESLIGA O TELEFONE AFLITO
MIGUEL – Preciso ir senhor Olavo, avise Lana que tive uma emergência na minha casa e que depois eu ligo pra ela!
OLAVO – Tudo bem aviso sim rapaz, vai lá!
VITÓRIA OLHA DE TRÁS DA CORTINA, MIGUEL CORRE ATÉ O PORTÃO DA MANSÃO ONDE PEGA UM TAXI E VAI EMBORA, VITÓRIA DE TRÁS DA CORTINA OBSERVA OLVAVO NA MESA, ELA SACA UM REVOLVER E APONTA PARA O MARIDO
VITÓRIA – Vai pro inferno que lá que é seu lugar!
VITÓRIA DISPARA UM TIRO. OLAVO CAI NO CHÃO, VITÓRIA SOBE AS ESCADAS RETIRANDO AS LUVAS E FINGE ESTAR DECENDO AOS PRANTOS
VITÓRIA – Meu amor, alguém ajude... (ela o abraça no chão) O que fizeram com você meu amor? Olavo fala comigo por favor! (sussurra no ouvido de Olvao) Morre de uma vez seu cretino!
LANA, ALFREDO E CONSTÂNCIA CHEGAM ASSUSTADOS NA SALA
LANA (desesperada) – Pai? O que aconteceu mãe?
VITÓRIA – Não sei minha filha, estava no quarto quando ouvi um disparo e vim correndo ver o que tinha acontecido e me deparei com seu pai caído no chão!
LANA (chorando) – Pai fala comigo paizinho! (passando a mão no rosto dele) Não me deixe meu pai, alguém chama a ambulância!!!
ALFREDO – Já chamei senhorita Lana, estão a caminho.
VITÓRIA – Vou na porta ver se estão chegando! (ela sai)
VITÓRIA SAI NA PORTA DA MANSÃ, RETIRA O REVOLVER QUE ESTÁ DE DENTRO DE SUA CALÇA E A JOGA NO MEIO DAS PLANTAS DO JARDIM.
VITÓRIA (sorrindo) – Agora sua vida vai acabar de vez seu favelado! (ele entra) Acabaram de chegar minha filha!
LANA – Onde está Miguel?
VITÓRIA – Não sei minha filha, quando eu ouvi o disparo e desci correndo até a sala não tinha mais ninguém aqui.
LANA (sem entender) – Não entendi, ele estava aqui até eu subir para trocar minha roupa.
ALFREDO OLHA DESCONFIADO PARA VITÓRIA, OS ENFERMEIROS E MÉDICOS ENTRAM NA MANSÃO E VÃO DIRETO PARA A SALA DE ESTAR
LANA (aos prantos) – Por favor não deixem meu pai morrer!
OS MÉDICOS COMEÇAM A DAR OS PRIMEIROS SOCORROS, LANA CHORA ABRAÇADA A ALFREDO QUE A CONSOLA... O MÉDICO OLHA PARA LANA E ACENA UM NÃO COM A CABEÇA (instrumental triste) LANA CORRE E ABRAÇA O CORPO DO PAI.
LANA – Nãooooo, paiiii não me deixa paizinho, volta você ainda tem muito o que viver!
VITÓRIA (abraça Lana) – Calma minha filha, seja forte estou aqui com você!
LANA – Quem fez isso com meu pai mãe? E por que? Ele nunca fez nada de mau para ninguém.
VITÓRIA – Não sei minha filha, não faço nem ideia de quem teria coragem de ter feito isso com seu pai.
LANA DEITA-SE AO LADO DO CORPO DO PAI... A CAMERA VAI SE DISTANCIANDO LENTAMENTE...
PEDRA ROSA – CASA MIGUEL EM CHAMAS
MIGUEL CHEGA CORRENDO E DEPARA-SE COM SUA CASA EM CHAMAS E BOMBEIROS TENTANDO CONTER AS CHAMAS.
MIGUEL (desesperado) – Jocaaa?
HILDA – Callma Miguem, seu irmão está la em casa e está bem!
MIGUEL (com a mão na cabeça) – O que aconteceu Tia Hilda? Olha isso tudo o que meu pai e minha mãe nos deixaram sendo arrasado pelo fogo.
HILDA – Não sei o que ouve meu querido, alguma vela acesa ou algum curto-circuito deve ter causado esse incêndio.
MIGUEL (chora) – O que será de mim e do Joca agora Tia? Sem mãe, sem pai e agora sem um teto!
HILDA – Fica tranquilo Miguel, que sem teto vocês não ficam vocês vão morar comigo e com Wanderson lá em casa.
MIGUEL – Que isso tia Hilda não quero dar mais esse trabalho á vocês.
HILDA – Não fala isso menino, não tem nem conversa vocês vão e pronto! (ela o abraça) Imagine que vou deixar os dois únicos filhos da minha querida amiga Ceiça na rua! Jamais lá é pequeno mas damos um jeito e todos ficarão acomodados não se preocupe.
MIGUEL – Nem sei como agradecer Tia Hilda, você é um anjo que entrou em nossas vidas.
OS BOMBEIROS ACABAM DE CONTER AS CHAMAS, A VIZINHANÇA TODA FICAM DE FRENTE A CASA CURIOSOS E ENCONTRAM UM GALÃO DE GASOLINA.
BOMBEIRO – Encontramos isso aqui próximo a sua residência! (mostra o galão) Bem provável que o incêndio tenha sido provocado propositalmente de ato criminoso.
MIGUEL (chocado) – Incêndio criminoso? Mas quem pode ter feito isso?
QUITINETE ALEX
ALEX CHEGA E PULA NA CAMA (som Sister – Tracey Thorn)
ALEX – A essas horas o favelado deve esta chorando vendo seu barraco desabando em chamas! (gargalhadas) Seu otário quem mandou se meter com a mina erra!
MELISSA – Falando sozinho meu cachorro? (ela pula em cima dele) Algum motivo especifico para tanta felicidade?
ALEX – Tem sim cachorra, o otário do favelado vai morar debaixo da ponte depois de hoje, aliás se tudo der certo o favelado vai morar dentro de uma cela por um bom tempo!
MELISSA – O que vocês aprontaram dessa vez Alex? Espero que não tenha cometido nenhuma burrice dessa vez, porque vocês juntos são dois asnos. (risos) Mas conta ai o que fizeram?
ALEX – Bem engraçadinha você hein! Pra sua informação desta vez eu e Vitória nos saímos muito bem, colocamos fogo no barraco do favelado e de quebra ela matou o velho Negrini que por sua vez a culpa cairá sobre o favelado! Não é um golpe de mestres?
MELISSA (surpresa) – Olha, se der certo isso vou ter que aplaudi-los! Mas como vão incriminar o favelado?
ALEX – Isso ela não me disse, mas tenho certeza de que ela sabe o que vai fazer, agora vem aqui que preciso tirar meu estresse... Vem cá vem!
MELISSA – Aff, amanhã vou ter que aguentar o chororô da sonsa da Lana, dizendo “ai amiga meu paizinho morreu o que vou fazer sem ele” e blá blá blá blá, ai que saco viu o que a gente não faz pra garantir um lugar ao sol né?
ALEX – Depois vamos rir disso tudo minha cachorra! É só pensar na fortuna que nos espera que tudo a gente aguenta! Agora chega de papo!
ELA ARRANCA A ROUPA DE MELISSA E OS DOIS TRANSAM!
MANSÃO NEGRINI – SALA DE ESTAR
OS LEGISTAS CHEGAM E FAZEM A REMOÇÃO DO CORPO DE OLAVO
LANA – Mãe meu queria ser cremado, devemos atender o desejo dele.
VITÓRIA – Sim minha filha claro! Vou cuidar de tudo isso fica tranquila.
ALFREDO CHEGA COM A POLICIA.
ALFREDO – Desculpe madame, mas eles entraram!
VITÓRIA - Tudo bem Alfredo, é até bom que esclareçam isso de uma vez e encontre o assassino de meu marido! (finge chorar)
POLICIAL – Pelo que vi vocês possuem câmeras de segurança, posso verefica-las?
VITÓRIA – Claro, me acompanhe por favor!
VITÓRIA E LANA O LEVAM ATÉ A SALA DE SEGURANÇA E MOSTRA A FITA AO POLICIAL, ONDE APARECE NO VIDEO MIGUEL CORRENDO PELO JARDIM EM DIREÇÃO AO PORTÃO
POLICIAL – Quem é esse cidadão? Vocês conhecem?
LANA OLHA SURPRESA PARA A TELA.
2º INTERVALO COMERCIAL
LANA SE APROXIMA DA TELA.
LANA (surpresa) – Sim é meu namorado!
POLICIAL – Parece que ele estava com pressa de sair da casa! Precisamos conduzi-lo até a delegacia para prestar depoimento, pelo que vi ele sai logo em seguida do disparo.
LANA – O senhor está achando que foi meu namorado quem matou meu pai?
POLICIAL – Não estou achando nada senhora, apenas uma suspeita não tiramos conclusões sem depoimentos ou provas concretas!
VITÓRIA – Mas se bem que ele vem de uma favela né, o que eleva as suspeitas sobre ele!
LANA – Não é favela mãe! É uma vila! E nunca em hipótese alguma ele seria capaz de matar uma pessoa, ainda mais meu pai!
POLICIAL – Nesse caso senhorita não podemos descartar nenhuma evidência! E essa que estamos vendo é bem forte, pois não vemos mais ninguém no interior da mansão ao não ser seu namorado saindo correndo!
OUTRO POLICIAL ENTRA NA SALA COM O REVOLVER DENTRO DE UM SACO PLÁSTICO.
POLICIAL 2 – Encontramos a prova do crime, estava jogada entre as plantas do jardim.
VITÓRIA – Que ótimo através dela vocês poderão identificar o assassino pelas digitais não é?
POLICIAL – Sim com essa prova ficará ainda mais fácil encontrar o assassino de seu marido, porem se não tiver digitais nela será difícil de identificar.
VITÓRIA – Mais terá tenho certeza!
POLICIAL – Bom, vamos levar as fitas e o revolver para averiguação, e claro iremos chamar seu namorado, o segurança da mansão, seus funcionários e vocês para deporem na delegacia, nosso trabalho terminou por aqui, até mais! Quais quer informação que tiverem nos comuniquem.
VITÓRIA – Pode deixar senhor policial.
A POLICIA SAI DA MANSÃO, LANA FICA PENSATIVA.
VITÓRIA – Minha filha estou desconfiada de que Miguel tenha algo... (interrompida)
LANA – Por favor, mãe, agora não minha cabeça está explodindo vou para meu quarto descansar um pouco pra amanhã bem cedo irmos nos despedir de meu pai no crematório. Com licença! (ela sai)
VITÓRIA (sussurrando) – Acabou seu romancezinho com o favelado, agora ele vai ficar um bom tempo na cadeia!
FLASH DE VITÓRIA DANDO A ARMA PARA MIGUEL SEGURAR
VITÓRIA PEGA UM REVOLVER NA GAVETA DA MESA
VITÓRIA – Fique tranquilo Miguel que não vou lhe matar. Você já segurou um revolver alguma vez?
MIGUEL – Não nunca, não gosto dessas coisas.
VITÓRIA COLOCA O REVOLVER NA MÃO DELE
VITÓRIA – Agora já pode falar que segurou um revolver (risos)
MIGUEL COLOCA O REVOLVER SOBRE A MESA
VITÓRIA (rindo) – Foi mais fácil do que tirar doce de criança! Agora com as digitais do favelado no revolver é questão de horas para que ele seja preso! E finalmente estarei livre desse encosto!
VITÓRIA INTERFONA PARA O SEGURANÇA DA PORTARIA DA MANSÃO
VITÓRIA – Miguel está proibido de entrar nesta casa! Não deixe que ele entre em hipótese alguma! (ela desliga e sorri)
PEDRA ROSA – DESTROÇOS DA CASA DE MIGUEL
BOMBEIRO – Sim, eu posso afirmar ao senhor de que o incêndio não foi acidente e sim criminoso! Vou aconselha-lo a fazer um boletim de ocorrência.
MIGUEL – Claro se foi criminoso eu vou fazer sim, e pegar quem fez isso!
HILDA – Vamos pra casa Miguel pra você descansar, amanhã você faz isso agora está tarde e estamos todos exaustos.
MIGUEL – Preciso falar com Lana, sai de lá da casa dela as pressas por conta do incêndio que nem deu tempo de falar nada a ela.
HILDA – Liga pra ela e amanhã você explica com mais calma.
MIGUEL – Sim você tem razão tia Hilda. Vamos chegando na sua casa eu ligo pra ela.
HILDA – Na nossa casa! (risos)
ELA O ABRAÇA E OS DOIS SAEM CAMINHANDO.
DONA VERUSKA E CREUZA OLHAM PARA A CASA TODA QUEIMADA (instrumental cômico)
DONA VERUSKA – Que prejuízo que eles tiveram meu Deus, eu teria tido um infarto... Se bem que essa casa tava precisando de uma reforma mesmo né coitadinhos?
CREUZA – E agora coitados perderam a mãe e agora a casa, vamos fazer alguma coisa Dona Veruska, vamos fazer uma vaquinha e comprar uma casa nova pra eles!
DONA VERUSKA – Como é que é Creuza? Vaquinha pra comprar casa? Em que planeta você vive criatura? Sabe quanto custa uma casa? Não né, pra fazer isso teríamos que chamar toda a população aqui da vila de Pedra Rosa.
CREUZA – Ai Dona Veruska a senhora tem uma poupança gorda que eu sei! Poderia ajudar os coitadinhos.
DONA VERUSKA – Que isso sua abusada? Bisbilhotando minha conta bancaria agora? Eu hein você para de ser abusada e bisbilhoteira hein Creuza eu te mando de volta la pra Vitória de Santo Antão! Aonde já se viu eu dar meu dinheiro que é pra emergências para eles que nem conheço, claro que se eu fosse rica não faria questão nenhuma.
CREUZA – Como a senhora é mão de vaca credo!
DONA VERUSKA – Cala a boca Creuza! E volta pra pensão que lá não pode ficar sozinha, hospedes pode, chegar!
CREUZA – Aquilo lá está as moscas faz tempo, não entra um filho de Deus lá! Nem tem ninguém nessa vila também.
DONA VERUSKA – Ainda vamos ganhar muito dinheiro, vamos não eu vou (risos), depois que essa vila virar uma cidade vou ter vários hospedes e quem sabe até mudar de pensão para hotel!
CREUZA – Aqui virar uma cidade? É ruim hein! (risos)
DONA VERUSKA – Cala essa boca urubu!
CASA LUCIA – QUARTO
LUCIA COLOCA ANDERSON NO BERÇO E ACARICIA O ROSTINHO DO BEBÊ
LUCIA – Estamos livres meu filho, agora será só eu e você e seremos muito felizes eu te prometo, farei de tudo para fazer você o menino mais feliz desse mundo. (ela beija a testinha dele) Dorme com Deus meu amor. (ela sai e fecha a porta)
LUCIA ENTRA EM SEU QUARTO E COMEÇA A RETIRAR TODA AS ROUPAS DE TIÃO DO ARMÁRIO, AS COLOCANDO DENTRO DE UMA MALA
LUCIA – Não quero nada seu aqui, nem mesmo uma foto!
ELA COLOCA TUDO DENTRO DA MALA, ROUPAS, SAPATOS E FOTOS, DEPOIS LEVA A MALA E JOGA NO LIXO, ELA OLHA A MALA NA LIXEIRA E RESPIRA ALIVIADA E ORGULHOSA.
3º INTERVALO COMERCIAL
MANSÃO NEGRINI – QUARTO LANA
LANA OLHA PARA A FOTO DE MIGUEL
LANA – Sera que você tem alguma coisa a ver com a morte de meu pai? Não! Não pode ser você não seria capaz disso, e nem muito menos teria motivos. (flash da imagem de Miguel correndo para sair da mansão) Espero que não tenha nada a ver com isso meu amor!
LANA DESLIGA O CELULAR E DORME
PEDRA ROSA – CASA HILDA
MIGUEL LIGA PARA O CELULAR DELA QUE CAI NA CAIXA DE MENSAGENS
MIGUEL (preocupado) – Só cai na caixa de mensagens Tia, será que aconteceu alguma coisa?
HILDA – Deve esta sem bateria meu filho!
HILDA LIGA A TV ONDE COMEÇA A PASSAR NOTICIA SOBRE A MORTE DE OLAVO
REPORTER – Morreu hoje o renomado cirurgião Olavo Negrini, o médico foi assassinado dentro de sua casa enquanto jantava o assassino ainda não foi encontrado.
MIGUEL (chocado) – O doutor Olavo morto?
HILDA – Que horror, então é por isso que o celular da Lana está desligado! Deve está fugindo da imprensa!
MIGUEL – Meu Deus, o pai da Lana foi assassinado, e eu aqui sem saber de nada, e longe dela na hora que ela mais precisa! Preciso ir lá agora!
HILDA – Está tarde meu filho, amanhã você vai lá. Descanse um pouco.
MIGUEL – Preciso ver ela tia, não posso ficar aqui enquanto ela sofre sozinha! (ele sai)
MANSÃO NEGRINI
VITÓRIA LIGA PARA A DELEGACIA
VITÓRIA – Como está a analise das digitais da arma? Faço questão de que consigam os resultados o mais breve possível, nem que para isso eu precise pagar o quanto for necessário!
POLICIAL (ao telefone) – Estamos fazendo o possível para sair o resultado o quanto antes senhora!
VITÓRIA (nervosa) – Bando de incompetentes, sabe com quem estão falando? Vitória Negrini seus inuteis! (ela desliga)
MIGUEL CHEGA NA PORTA DA MANSÃO E DESCE DO TAXI, ELE VAI ATÉ O PORTÃO
MIGUEL – Boa noite, vim ver minha namorada Lana.
SEGURANÇA – Desculpe senhor mas tenho ordens para não deixa-lo entrar! Desculpe!
MIGUEL – Como é? Estou proibido de entrar?
SEGURANÇA – Isso mesmo, ordens de Dona Vitória.
MIGUEL – Ok. Avisa sua patroa que amanhã eu vou voltar! (ela vai embora)
IMAGENS AEREAS DO RIO DE JANEIRO – CRISTO REDENTOR –
AMANHECE...
INSTRUMENTAL TRISTE
LANA LIGA O CELULAR E VÊ VARIAS MENSAGENS DE MIGUEL, ELA RESPONDE A MENSAGEM DELE
“LANA – Desculpe acabei dormindo, estava exausta com tudo que aconteceu, estou indo para o crematório agora depois nos falamos.”
LANA GUARDA SEU CELULAR E SEGUE PARA O CREMATÓRIO JUNTO DE VITÓRIA
VITÓRIA – Vamos filha, temos que nos despedir de seu pai, o meu grande amor que tiraram da gente!
CONSTÂNCIA – O que vão querer para o almoço Senhora?
VITÓRIA – Qualquer coisa Constância, talvez nem almoçássemos em casa hoje!
LANA E VITÓRIA SEGUEM PARA O CREMATÓRIO...
ALGUMAS HORAS DEPOIS...
CREMATÓRIO – VEMOS VARIAS PESSOAS EM VOLTA DO CAIXÃO
MIGUEL CHEGA E ABRAÇA LANA
LANA – O que faz aqui Miguel?
MIGUEL – Como assim? Vim ficar do seu lado meu amor, por que está assim fria?
LANA – Estou muito abalada desculpe Miguel.
VITÓRIA O VÊ
VITÓRIA (raiva) – O que esse favelado está fazendo aqui?
O CELULAR DELA TOCA E ELA O ATENDE
VITÓRIA (ao telefone) – Alô?... Sim é ela!... Saiu o resultado? Então mandem prender o assassino se já sabem quem é!
VARIAS VIATURAS CHEGAM NO CREMATÓRIO, O DELEGADO ENTRA (instrumental tenso/suspense)
LANA – Mas o que é isso?
DELEGADO – Desculpe senhora, mas tivemos a informação de que o assassino de Olavo está aqui!
LANA – Aqui?
DELEGADO – Sim senhora, quem é Miguel da Silva Pereira?
MIGUEL – Sou eu senhor delegado!
DELEGADO – Miguel da Silva Pereira você está preso pelo assassinato do doutor Olavo Negrini!
MIGUEL – Preso?
LANA – Foi você Miguel? Você matou meu pai?
FOCO EM MIGUEL
CONGELA IMAGEM
Sobe os créditos ao som instrumental tenso
Fim de capítulo
"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"
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