Novela de
Eric Carvalho Cattin
Direção
Failon Teixeira, Guilhardo Almeida e Miguel Rodrigues
Direção Geral
Miguel Rodrigues
Direção Artística
Guilhardo Almeida
Núcleo
DNA Web Studio
NO CAPÍTULO ANTERIOR...
CAMPELLO/ SALA VANESSA
VANESSA SAI DE SUA SALA E VAI DEVAGAR PELO CORREDOR, VITÓRIA SAI DE SUA SALA, VANESSA SE ESCONDE E ESPERA VITÓRIA PEGAR O ELEVADOR, LOGO EM SEGUIDA ENTRA NA SALA DE VITÓRIA E PEGA O GRAVADOR.
VANESSA – Será que tem alguma coisa que incrimine essa vaca? Vamos saber agora! (ela da play e começa a ouvir toda a conversa)
A GRAVAÇAO MOSTRA A CONVERSA DE ALEX E MELISSA FALANDO SOBRE LANA SER FILHA DE ALFREDO, E LOGO EM SEGUIDA ELA OUVE O AUDIO EM QUE VITÓRIA COMBINA A ARMAÇÃO NA FESTA BENEFICENTE.
VANESSA (chocada) – Meu Deus do céu, isso aqui é uma bomba nuclear Miguel vai ficar chocado com tanta informação em apenas uma gravação!
VITÓRIA ENTRA NA SALA
VITÓRIA – O que é isso? O que está fazendo na minha sala posso saber?
VANESSA LEVA UM SUSTO E FICA OLHANDO PRA VITÓRIA
MORRO DA PEDRA/ DIA
MIGUEL CHEGA E ESTACIONA O CARRO, TODOS FICAM DE OLHO.
JP – Quem é que tá colando aqui na quebrada?
BETA – Sei não hein JP, acho melhor tu ir lá conferir, porque o carango parece ser de gente importante.
JP – Cê é loco? Quem cola aqui na quebrada sem da um salve? Vou ver qual é que é desse cozido!
JP VAI ATÉ O CARRO E BATE NO VIDRO
JP – E ai mano o que quer aqui na quebrada? Vamo se adianta desce aí mano cê tá loco de colar aqui na minha quebrada sem ser convidado? Vamo rapá desce aí!
MIGUEL DESCE DO CARRO E TIRA OS OCÚLOS.
MIGUEL (emocionado) – Joca? É você meu irmão? Quanto tempo!
BETA – Vixi mano, o cara te conhece!
JP – Miguel?
FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DEZENOVE...
MIGUEL (abre os braços) – Me dá um abraço meu irmão!
BETA (chocada) – Irmão?
JP – Cê é loco? Se manda daqui Miguel não quero papo contigo não! Vaza!
MIGUEL – Que isso Joca sou eu seu mano!
JP – Joca não existe mais tá ligado? Já disse pra vaza mano! Cê é ruim das ideia?
MIGUEL – Que gírias são essas que lugar é esse meu irmão? O que você fez da sua vida?
JP – Ai mano na moral, vaza que minha paciência ta acabando já te dei as ideia pra vazar!
BETA – É melhor tu caçar teu rumo playboy! JP já mandou tu vazar!
MIGUEL – JP? Joaquim Pereira! Meu irmão o que você foi fazer da sua vida me diz? Como veio parar nesse lugar?
BETA – Aí mano tá de tiração? Tu cola aqui na quebrada e vem de tiração pra cima de nóis?
JP – Aí Beta minha paciência acabou mano, manda os caras dar um jeito nesse playboy que eu tõ vazando! (ele sai e vira pra trás) Escuta aqui playboy, é melhor tu não colar mais aqui na minha quebrada porque eu não vou ter essa paciência que tive agora cê ta ligado? (ele sai)
MIGUEL – Joca espera!
BETA (o empurra) – Vaza cara tu é surdo? Vaza!!!!
(instrumental rap)
MIGUEL COLOCA OS ÓCULOS, ENTRA NO CARRO E VAI EMBORA. JP OLHA PELA JANELA DO SEU ESCRITÓRIO. BETA ENTRA.
BETA – Que cara é esse mano que cola aqui na quebrada falando que é teu irmão?
JP - Não frita minha mente não Beta, vaza daqui você também me deixa sozinho!
BETA – Você não quer trocar uma ideia sobre isso?
JP (grita) – Já disse pra vazar!!!!
BETA SAI DO ESCRITÓRIO, JP JOGA UM COPO NA PORTA!
CAMPELLO/ SALA VITÓRIA/ DIA/ instrumental tenso
VITÓRIA – E então menina o que está fazendo aqui sozinha em minha sala?
VANESSA (tensa) – Eu... Eu...
VITÓRIA (raiva) – Eu, eu, eu, eu fale de uma vez criatura ou vai ficar ai gaguejando feito um carro enguiçado?
VANESSA – É que... É que eu vim avisar que já está tudo pronto para a festa beneficente!
VITÓRIA – Veio aqui só pra isso?
VANESSA – É que a senhora me pediu para tomar conta de tudo relacionado a festa, e então vim lhe dar as informações.
VITÓRIA – Eu sei muito bem do que falei não precisa me falar como se eu esquecesse, se já fez o que eu mandei então envie os convites aos milionários.
VANESSA – Já fiz isso senhora, enviei os convites para os mais ricos e poderosos do Rio de Janeiro.
VITÓRIA (impressionada) – Nossa quanta eficiência gostei de ver! Mas não fez mais do que sua obrigação! E já que fez tudo o que devia ter feito pode se retirar! Anda saia da minha sala!
VANESSA – Com licença! (ela sai) Preciso levar esse gravador para o Miguel o quanto antes! Com isso aqui ele vai me amar ainda mais, e vai me dever essa pro resto da vida! (ela sorri)
FACULDADE RIBEIRO DE SÁ/ PÁTIO/ DIA
ANDER E NANDA CHEGAM JUNTOS E SENTAM NO BANCO DO PÁTIO.
ANDER – Não sei mais o que eu faço com aquele canalha que voltou do inferno para me atormentar! Nanda você não tem ideia de como ele é uma pessoa desprezível, arrogante e o pior de tudo é homofóbico!
NANDA – Nossa Ander você deve está passando por uma barra né meu amigo?
ANDER – Se tô! Eu não tenho mais nenhuma liberdade dentro de casa, a vontade que tenho é de ficar pra rua o tempo todo porque sei que quando eu chegar em casa vai ser aquelas piadinhas, aquelas provocações e insinuações... Sabe eu tô cansado de tudo já.
NANDA – Calma meu amigo, tudo vai se resolver é só uma fase ruim!
GABRIEL CHEGA NO PÁTIO E PASSA POR ELES.
GABRIEL – Olha as amigas, do que estão falando? Deixa eu adivinhar? Estão falando sobre maquiagem? Ou sobre homens?
NANDA – Para de ser ridículo Gabriel! Vaza daqui.
GABRIEL – Nossa por que a esquisita ficou brava?
ANDER – Escuta aqui Gabriel, vai embora para de ficar nos perseguindo!
GABRIEL – E se eu não quiser, o que a donzela vai fazer?
ANDER – Não adianta ficar me provocando, eu não vou cair na sua pilha!
GABRIEL – Por que está tão irritado? Não vai me dizer que não é uma gazela? Que você não é um viadinho?
ANDER – E se eu for? O que você tem com isso? Muda alguma coisa na sua vida?
GABRIEL – O que eu tenho é que não gosto de viado, e já disse que na minha faculdade não entra viado!
ANDER – Pois bem eu sou viado sim e com muito orgulho! E não vai ser voc~e que mudará isso! E por que isso te incomoda tanto Gabriel? Por que te incomoda tanto ter viados estudando no mesmo colégio que você? Será que é incomodo ou ineja?
GABRIEL – O que você disse seu viado desgraçado?
ANDER (grita) – Isso mesmo! Você se incomoda tanto com o fato deu ser gay que deve ter inveja, ou vontade de ser como eu que assumo o que eu realmente sou! Por que você deve ser outro viadinho que vive escondido nessa armadura de machão só para não ter que enfrentar a sociedade, e pra isso você ataca que tem coragem!
GABRIEL – Eu vou te matar sua bicha!
GABRIEL PARTE PRA CIMA DE ANDER QUE CAI NO CHÃO, GABRIEL COMEÇA A DAR CHUTES E SOCOS EM ANDER, VARIOS ALUNOS VÃO SE APROXIMANDO E GRITAM ENTUSIAMADOS.
NANDA (desesperada) – Pelo amor de Deus parem com isso!
ANDER E GABRIEL ROLAM NO CHÃO AOS SOCOS, E SÃO SEPARADOS PELOS SEGURANÇAS DA FACULDADE.
GABRIEL – Eu vou matar você seu viadinho de merda! Escreve o que tô falando!
ANDER – Eu não tenho medo de você!
SEGURANÇA – Os dois pra sala do reitor imediatamente!
1º INTERVALO COMERCIAL
IMAGENS AÉREAS DE PEDRA ROSA
MIGUEL PASSA DE CARRO EM FRENTE SUA ANTIGA CASA (flashs de quando era criança brincando com Joca e Espeto) (instrumental triste)
MIGUEL (emocionado) – Quanta coisa boa vivi nessa casa. Preciso encontrar com Espeto, ele precisa saber que estou vivo!
ELE VAI ATÉ A ANTIGA CASA DE HILDA, BATE NA CASA E SAI UMA VIZINHA.
MIGUEL – Bom dia senhora, sabe me dizer se o Espeto ainda mora aqui?
VIZINHA (triste) – Não mora mais não senhor.
MIGUEL – Sabe dizer para onde ele se mudou?
VIZINHA – Espeto foi assassinado meu jovem! O pessoal do Morro da Pedra invadiu Pedra Rosa e teve um confronto com a policia, e o coitadinho estava no meio, levou três tiros de bala perdida.
MIGUEL (arrasado) – Meu Deus não posso acreditar que meu grande amigo se foi. Obrigado senhora! (ele sai triste) Estou sozinho, todos se foram! Até você meu amigo!
MANSÃO NEGRINI/ QUARTO LANA/ DIA
ALEX ENTRA NO QUARTO
ALEX – Oi meu amor, como está Julia?
LANA – Oi Alex, ela está bem hoje mesmo ela retorna ao colégio.
ALEX – Que bom fico feliz por ela! Sabe o que eu estava pensando meu amor? Faz tempo que não viajamos o que acha de irmos passar um fim de semana em Angra? Depois disso tudo precisamos espairecer um pouco, o que acha? Vamos ficar dois ou três dias no máximo.
LANA – Não sei se estou afim de viajar não Alex, minha filha está passando por uma fase ruim e precisa de mim por perto.
ALEX – Mas meu amor são dois ou três dias apenas, você precisa desse descanso! E outra Julia vai ficar bem podemos pedir para Melissa ficar de olho em Julia até voltarmos, Melissa adora Julia tenho certeza de que ela irá adorar a ideia, vamos meu amor por favor?
LANA – Vou pensar Alex, caso eu resolva ir iremos logo depois da festa beneficente que a Dona Vitória faz todo ano!
ALEX – Perfeito! Como você quiser! (ele vai beija-la)
LANA (o empurra) – Preciso ir, tchau! (ela sai)
ALEX – Vaca!
IMAGENS AÉREAS DO RIO DE JANEIRO, CORTA PARA FLAT DE MIGUEL.
MIGUEL ENTRA NO FLAT INCONFORMADO.
MIGUEL – Como Joca foi virar um traficante? Preciso resgatar meu irmão desse mundo, mas como? Como meu Deus? E tudo isso é culpa daquela desgraçada da Vitória Negrini! Maldita!
VANESSA CORRENDO ENTRA NO FLAT.
MIGUEL – Que isso Vanessa? Vai tirar o pai da forca?
VANESSA – Miguel meu amor tenho aqui comigo uma bomba nuclear meu caro, que você pode explodi-la e causar um grande estrago na vida de Vitória Campello Negrini!
MIGUEL (animado) – Não me diga...
VANESSA – Sim! Pegamos a vadia! E esta aqui (ela entrega o gravador), nesse gravador está tudo que você precisa para acabar de vez com a vida daquela cretina!
MIGUEL – Meu Deus Vanessa, me da isso aqui que vou ouvir tudo agora mesmo!
MIGUEL COMEÇA A OUVIR A FITA... (MINUTOS DEPOIS...)
MIGUEL (chocado) – Vanessa estou sem palavras, isso tudo aqui é surreal é muito mais do que eu imaginava! Você tem noção do que essa gravação pode causar?
VANESSA – Tenho! E vai causar! Porque agora até eu quero acabar com a vida daquela vaca! Oh mulherzinha desgraçada! E ai o que pretende fazer?
MIGUEL – Uma coisa bem simples vou colocar uma parte dessa gravação aqui pra todos ouvirem, e vai ser na festa beneficente daquela desgraçada! Eu quero assistir de camarote à queda dela, quero só ver a cara daquela demônia quando todos ouvirem toda a armação dela pra cima dos coitados! Vai ser o fim de Vitória Campello Negrini! (sorriso)
FACULDADE RIBEIRO DE SÁ/ SALA DA REITORIA
REITOR – Mais uma vez os dois se pegando no pátio como se fossem dois animais!
GABRIEL – É que esse... (interrompido)
REITOR – Calado senhor Gabriel Ferrão, quem está falando aqui sou eu! Embora o Ribeiro de Sá seja uma faculdade e um colégio integrado não quer dizer que vocês podem agir feito alunos do ensino fundamental! Vocês são universitários, então ajam como tal! Não entendo o porquê de tanto desentendimento entre vocês dois. Como já é a segunda vez que esse fato acontece dentro das dependências do Ribeiro de Sá eu poderia muito bem dar uma suspensão aos dois! Mas vou fazer melhor do que isso os dois vão ter que prestar serviços comunitários ao nosso centro universitário!
GABRIEL – O que? Sou o filho do prefeito de Pedra Rosa, não vou me rebaixar a esse nível! Não vou mesmo!
REITOR – Você pode até ser o filho do prefeito daqui de Pedra Rosa, porém é aluno como os outros e terá sua punição como a dos outros!
ANDER – O senhor vai me desculpar mas não acho justo eu ter que pagar por uma coisa que ele causa toda vez!
REITOR – E o que seria essa “causa”?
ANDER – Ele se incomoda com o fato deu ser gay, apenas isso! E com isso ele me provoca e me agride verbalmente e fisicamente constantemente!
GABRIEL – Isso é mentira senhor Reitor!
REITOR – Cala-se Gabriel! Agora está mais que decidido! Vocês vão trabalhar juntos para aprender a conviver juntos e aceitar as diferenças um do outro, eu não admito nenhum tipo de preconceito dentro da minha faculdade!
GABRIEL (irônico) – E o qual vai ser nossa sentença senhor juiz?
REITOR – Se continuar com suas ironias senhor Gabriel irei ser mais drástico e te expulsar dessa faculdade! Mas como sou muito paciente e tolerante vou pegar leve na punição, vocês vão organizar e limpar nosso deposito lá nos fundos do colégio! Podem sair e começar após as aulas de hoje!
GABRIEL – O que? Ah você só pode está de brincadeira!
REITOR – Vocês escolhem, ou limpam ou serão expulsos dessa Universidade!
ANDER - Por mim tudo bem! Eu aceito!
REITOR – E você Gabriel?
GABRIEL (raiva) – Tá eu aceito a limpar!
REITOR – Que ótimo, estamos entendidos então! Podem se retirar!
GABRIEL E ANDER SAEM DA REITORIA
GABRIEL – Você me paga seu viadinho!
CAMPELLO/ SALA VITÓRIA/ TARDE
ALEX ENTRA NA SALA
ALEX – Vitória?
VITÓRIA – Entra Alex! E ai tem noticias boas ou vem com mais coisas ruins?
ALEX – Um pouco boa, acho que vai gostar!
VITÓRIA – Então diga de uma vez preciso de noticias boas!
ALEX – Os alemães vão assinar o contrato para a construção do edifício de luxo em Pedra Rosa!
VITÓRIA (empolgada) – Não acredito! Meu Deus finalmente!
ALEX – Mas antes eles querem conferir a festa beneficente e só depois irão assinar o contrato!
VITÓRIA – Ótimo, quem sabe esses otários não doam também para os pobres carentes. (gargalhadas) Isso merece até uma comemoração, pegue ai um champanhe vamos brindar!
ALEX – Eu prefiro esperar o contrato assinado.
VITÓRIA – Pegue ai rapaz estou mandando, é claro que eles vão assinar ainda mais depois de verem que sou uma benfeitora, e que ajudo os pobres. (risos)
ALEX PEGA O CHAMPANHE E ELES BRINDAM.
VITÓRIA – A minha vitória! (risos)
RIBEIRO DE SÁ/ SALA ENSINO MÉDIO
JULIA ENTRA NA SALA
CLARISSE – Jú que saudade você está bem amiga?
JULIA – Saudade? Você não foi nem me ver, e ainda me deixou lá naquela praia caída sem nem ao menos me ajudar!
CLARISSE – Me desculpe Jú é que fiquei com medo de ser presa, eu não posso ser presa tão jovem! Me perdoe? Por favor?
JULIA – Tá te perdoo, mas se fizer isso de novo eu juro que nunca mais olho na sua cara!
CLARISSE – Pode deixar, agora me conta tudo amiga, como foi lá no hospital? Quem te levou?
JULIA – Esquece isso Clarisse! Não quero falar sobre isso! Quero voltar lá no morro!
CLARISSE (assustada) – O que? Voltar lá naquela favela?
JULIA – Sim, quero ver aquele tal de JP de novo! Não parei de pensar nele nenhum dia sequer!
CLARISSE – Jú você tá apaixonada pelo traficante? (risos)
JÚLIA – Acho que sim! (risos) Vamos lá depois da aula? Por favor?
CLARISSE – Ai não sei não hein amiga é muito perigoso, e vamos fazer o que lá?
JÚLIA – A gente compra umas só para fingir que foi para comprar.
CLARISSE – Ei Julia você me coloca em cada uma viu! Vamos amiga vamos ver o gato do tráfico! (risos)
FLAT MIGUEL
VANESSA – Meu amor preciso voltar pra Campello antes que a vaca me procure! Qualquer coisa me ligue! (ela o beija) Tchau! (ela sai)
MIGUEL – Pode deixar, beijo! Vou fazer uma edição nessa fita e fazer uma grande surpresa a Vitória, ela não perde por esperar!
A CAMPAINHA TOCA.
MIGUEL – O que você esqueceu Vanessa? Não carrega mais a chave não?
MIGUEL ABRE A PORTA E DEPARA-SE COM ALFREDO.
ALFREDO – Achou que eu não viria atrás de você Miguel? Sabia que era você aquele dia, e que você não morreu!
FOCO EM MIGUEL.
2º INTERVALO COMERCIAL
CONTINUAÇÃO DA CENA ANTERIOR.
ALFREDO DIANTE DE MIGUEL. ESPERA UMA RESPOSTA.
ALFREDO – E então Miguel não vai me convidar para entrar?
MIGUEL – Já disse que não sei do que o senhor está falando, meu nome é... (interrompido)
ALFREDO – Nem adianta dizer que não é o Miguel porque eu te reconheceria a quilômetros sou ótimo fisionomista!
MIGUEL – Entre!
ALFREDO ENTRA...
ALFREDO – Nossa quem te viu e quem te vê hein? De favelado a morador de um flat!
MIGUEL – O que você quer Alfredo? Foi Vitória quem te mandou atrás de mim?
ALFREDO – Não! Não trabalho mais para aquela cretina! Vim em missão de paz, ou de revanche!
MIGUEL – Revanche? Do que está dizendo?
ALFREDO – Revanche contra Vitória Campello Negrini! Tenho certeza de que você deve odiá-la tanto quanto eu, e creio que através disso temos uma rival em comum!
MIGUEL – Na onde você quer chegar Alfredo? Não estou entendendo!
ALFREDO – Vamos juntos acabar com Vitória? Aquela mulher precisa ser contida o quanto antes, ela não pode querer comandar tudo e sempre se dar bem.
MIGUEL – Olha Alfredo eu já tenho meus planos e não quero me meter com Vitória novamente, ela destruiu minha vida duas vezes, não quero uma terceira vez, então, por favor, se foi só isso que lhe trouxe aqui pode ir.
ALFREDO – Você é um péssimo mentiroso Miguel! Está estampado na sua cara que você quer vingança, você não reapareceu atoa, mas me diga como conseguiu ficar tão rico assim?
MIGUEL – Através de muito trabalho meu caro. Agora eu preciso resolver algumas coisas.
ALFREDO – Miguel ouça, eu e você temos uma inimiga em comum, uma grande e poderosa inimiga eu tenho uma bomba que poderá acabar com a reputação de Vitória, mas sozinho eu não teria forças para contra ela, preciso de você juntos seremos mais fortes, o que me diz?
PEDRA ROSA
PREFEITURA DE PEDRA ROSA/ GABINETE DO PREFEITO
MIRTES ENTREGA UNS DOCUMENTOS AO PREFEITO
MIRTES – Está tudo ai senhor Prefeito, a licitação para a reforma da prefeitura e a licitação para a restauração da pedra rosa de nossa praça.
PREF. GENIVALDO – Ótimo Mirtes, muito obrigado pode sair.
MIRTES – Com licença. (ela sai)
PREF. GENIVALDO – Com essas licitações aqui eu vou levantar uma boa grana, como é bom o cheiro do dinheiro vindo para sua conta. (risos)
ALZIRA ENTRA NO GABINETE. (instrumental cômico)
ALZIRA – Oi meu chuchu, e então já solicitou àquelas licitações que vão garantir minhas plásticas?
PREF. GENIVALDO – Fala baixo meu bem, não quer que nenhum eleitor ouça isso né? É claro que já fiz estão todas aqui, agora é só mandar para o congresso e esperar o repasse da verba.
ALZIRA – Mas o que vai dizer aos eleitores desta vez? O que vai falar sobre o dinheiro que vai chegar?
PREF. GENIVALDO – Ainda não pensei, mas logo vou ter uma desculpa para engabelar esse bando de jumento de Pedra Rosa! (risos)
ALZIRA – Ai meu chuchuzinho por isso que te amo muito. (ela o beija)
HOTEL DONA VERUSKA/ RECEPÇÃO (instrumental cômico)
CREUZA – Dona Veruska a senhora viu a dona Piedade hoje?
DONA VERUSKA – Ela saiu logo de manhã com alguns outros hospedes por que Creuza?
CREUZA – Queria que ela me passasse a receita do strogonoff que ela ensinou a netinha dela a fazer, me encheu a boca d’água e agora não paro de pensar nesse strogonoff!
DONA VERUSKA – Ai criatura cala a boca, eu aqui pensando em algo serio e você me vem falar de strogonoff sua anta? Cada coisa que tenho que ouvir.
CREUZA – Ué Dona Veruska eu tenho vontade uai.
PIEDADE ENTRA NA RECEPÇÃO
PIEDADE – Boa Tarde meninas lindas? Como vão?
DONA VERUSKA – Boa tarde querida vamos bem e a senhora? Como passou a noite?
PIEDADE – Ótima, seu hotel é maravilhoso e a cidade então é encantadora principalmente aquela pedra rosa no meio da praça, parece obra divina né?
CREUZA – Ah mas tenho certeza de que é obra divina (risos), afinal veio dos céus não é mesmo? (gargalhadas)
DONA VERUSKA – Desculpe senhora, não dê ouvidos a minha serviçal ela tem alguns problemas de cabeça.
CREUZA – Não tenho não! Sou muito lucida!
PIEDADE – Sem problemas meninas, vem cá, vocês sabem se já tentaram arrancar aquela pedra de lá?
CREUZA – Ahh muitas vezes tentaram roubar, dizem que aquilo vale uma fortuna, mas o prefeito cuida daquela pedra como se fosse ouro, e não deixa ninguém nem toca-la.
PIEDADE – Hummm interessante, bom vou me repousar nos vemos mais tarde. Tchauzinho. (ela sai)
DONA VERUSKA – Essa senhorinha é meio estranha tu não acha?
CREUZA – Eu não, acho ela uma fofa! Muito simpática é um amorzinho.
DONA VERUSKA – Nem sei por que eu falo com você Creuza, você e um jumento é a mesma coisa ou seja não servem para pensar, eu hein! Vou no mercado comprar umas coisas que precisa aqui no hotel, tome conta de tudo! (ela sai)
CREUZA – Tá bom pode deixar!
DONA VERUSKA SAI E ATRAVESSA ATÉ A PRAÇA, DELEGADO CLEMENCIO CORRE ATRÁS DELA.
DEL. CLEMENCIO – Boa tarde meu favo de mel?
DONA VERUSKA – Ihh nem vem hein deu delegado que hoje eu nçao estou com paciência para gracinha não.
DEL. CLEMENCIO – Posso acompanha-la? Assim ficará mais segura ao meu lado.
DONA VERUSKA – Não preciso ser escoltada, não sou ladrona vaza daqui vai antes que eu te meta a mão na cara seu abusado!
DEL. CLEMENCIO – Deixa eu te acompanhar só até a esquina então? Pode ser? (ele a pega na cintura)
DONA VERUSKA DA UM TAPA NA CARA DELE QUE CAI NO CHÃO. (som Novo Namorado – Aviões do forró)
DONA VERUSKA (limpando as mãos) – Já disse pra não encostar em mim seu palhaço! Ridículo! E você que se atreva a vir atrás de mim!(ela sai andando)
DEL. CLEMENCIO (com a mão no rosto) – Meu Deus como amo essa mão em meu rosto! É tão forte e firme. Ai como eu fico louco com essa mulher meu senhor! (risos) Ela ainda vai ser minha! Ahh se vai! (ele se levanta e sai)
3º INTERVALO COMERCIAL
IMAGENS AÉREAS DO RIO DE JANEIRO (seguindo ao som Novo Namorado – Aviões do Forró)
FACULDADE RIBEIRO DE SÁ/TOCA O SINAL DE FIM DE AULA/ PÁTIO/ TARDE (som Noite inteira – Pitty)
JULIA E CLARISSE SAI DA SALA.
JULIA – Vamos direto para o Morro da Pedra Clarisse!
CLARISSE – Tem certeza de quer ir lá mesmo Jú? É muito perigoso ainda mais a essa hora quase noite.
JULIA – Larga de ser medrosa Clarisse, vamos logo já chamei o carro pelo app, ali ele vamos!
CLARISSE – Ai meu Deus!
ELAS ENTRAM NO CARRO E SEGUEM PARA O MORRO DA PEDRA...
CORTA PARA O DEPÓSITO DA FACULDADE, ANDER E GABRIEL CHEGAM NO DEPÓSITO COM UTENSILIOS DE LIMPEZA ACOMPANHADOS DO REITOR.
REITOR – Pois bem, aqui está o deposito e quero que o deixe impecável! Boa sorte até amanhã meninos! (ele sai)
ANDER E GABRIEL ENTRAM, GABRIEL SENTA-SE SOBRE UMA MESA.
ANDER – Não vai limpar não?
GABRIEL – Vou deixar pra você! Já que é uma gazela mesmo já deve ter pratica com limpeza, afinal sendo viado você deve ajudar sua mamãezinha a fazer os serviços domésticos não é? Pois então eu ficarei bem aqui esperando você terminar tudo. (ele mexe no celular)
ANDER – Eu não vou dar conta de fazer tudo sozinho Gabriel, vem me ajudar agora!
GABRIEL – Já disse que não vou seu prego, se vira!
ANDER JOGA UM PANO MOLHADO EM GABRIEL
ANDER – Vem me ajudar agora ou se não...
GABRIEL PULA DA MESA E O ENFORCA.
GABRIEL – Se não o que seu boiola? Vai gritar pela mamãe?
ANDER (engasgando) – Eu não estou conseguindo respirar.
GABRIEL SOLTA DEVAGAR A MÃO DO PESCOÇO DE ANDER, OS DOIS FICAM SE OLHANDO (som Don´t give upo n me – Andy Grammer)
GABRIEL – O que foi tá achando que vou te beijar seu viadinho de merda?
ANDER – Não acha que já está na hora da gente parar com isso? Sabemos muito bem o motivo que leva a essas brigas
GABRIEL – Logico que sabemos é o fato deu não querer um viado em minha faculdade!
ANDER – Mais um viado você quer dizer né Gabriel?
GABRIEL – Como assim mais um?
ANDER – Porque sabemos que não é só eu que sou viado aqui nessa faculdade! E vou provar isso agora!
ANDER O BEIJA, GABRIEL O EMPURRA!
GABRIEL – Ficou louco viado? Eu vou... Eu vou...
ANDER O EMPURRA CONTRA A PAREDE E O BEIJA NOVAMENTE, OS DOIS SE BEIJAM LOUCAMENTE...
IMAGENS DAS PRAIAS DO RIO DE JANEIRO (som Ouvi Dizer – Melim)/ CORTA PARA O FLAT DE MIGUEL
ALFREDO – E então Miguel vamos nos aliar para derrubar Vitória? (ele estende a mão)
MIGUEL (aperta a mão dele) – Tudo bem eu aceito.
ALFREDO – Ótimo, agora juntos vamos acabar com Vitória! Eu tenho uma arma poderosa contra ela.
MIGUEL – Eu já sei que arma é essa!
ALFREDO – Sabe? Como assim sabe?
MIGUEL – Sei que você é o verdadeiro pai de Lana e que ninguém mais sabe disso ao não ser Vitória!
ALFREDO – Como descobriu?
MIGUEL – Tenho meus meios, mas enfim isso nós vamos deixar para depois, tenho um outro plano que deve ser colocado em prática ainda esse fim de semana!
ALFREDO – E qual seria esse plano?
MIGUEL – Tenho uma carta na manga para derrubar Vitória no dia da festa beneficente que ela promoverá esse fim de semana e vou precisar de você! Sente-se que vou lhe contar com mais detalhes!
OS DOIS SEGUEM CONVERSANDO...
ALFREDO – Mais esse seu plano é de mestre, você vai arrasar com Vitória ela vai perder a credibilidade e muitos investidores, isso vai leva-la a loucura. (risos) Olha Miguel tenho que tirar o chapéu pra você!
MIGUEL – Eu voltei da Italia apenas para me vingar e acabar com vida daquela desgraçada que acabou com a minha duas vezes. Depois disso podemos contar a Lana sobre você, e assim Vitória perderá investidores e sua filha, logo depois vamos tirar a Campello e por último a mansão Negrini, assim deixaremos Vitória na sarjeta onde é lugar dela!
ALFREDO – Perfeito Miguel estou com você no que precisar! Agora eu já vou e assim que tiver mais detalhes sobre a festa beneficente me comunique!
MIGUEL – Pode deixar, e foi um prazer fazer aliança com você!
ALFREDO SAI, MIGUEL FECHA A PORTA E FICA PENSATIVO.
MIGUEL – Espero que ele não esteja me enganando! (ele sai e vai comer fora)
MANSÃO NEGRINI/ SALA/ NOITE
MELISSA ENTRA NA SALA
MELISSA – Oi alguém ai? Lana tá em casa?
CONSTÃNCIA – Boa noite senhorita, Lana ainda não chegou da Canpello, a senhora gostaria de aguarda-la?
MELISSA – Sim, pode ir lá pra dentro cuidar da sua cozinha que fico aqui esperando por ela! Anda criatura vai lavar uma louça, passar uma roupa sei lá some daqui serviçal!
CONSTÂNCIA – Com licença! (ela sai)
MELISSA CONFERE PRA VER SE ELA FOI PRA COZINHA, E VAI ATÉ O QUARTO DE JULIA.
MELISSA – Julinha? OI? Está ai? (ela olha tudo) (irônica) A drogadinha não está aqui, uma pena porque vou deixar um presentinho á ela mas queria entregar pessoalmente.
MELISSA COLOCA UMA PORÇÃO DE COCAÍNA NA GAVETA DE JULIA.
MELISSA – Faça um bom aproveito queridinha! Quanto mais você se drogar e der trabalho para a tonta da sua mãe melhor pra mim, logo eles te internam. (gargalhadas) (ela sai do quarto e vai até a sala) Oh serviçal avisa Lana que já fui embora! (ela sai)
FACULDADE RIBEIRO DE SÁ/ DEPÓSITO
ANDER E GABRIEL COLOCAM SUAS ROUPAS. (som Don´t give upo n me – Andy Grammer)
GABRIEL – Se contar isso pra alguem eu te mato ta me ouvindo?
ANDER (sorri) – Fica tranquilo, até porque eu não posso contar a ninguém, você é o crush da Nanda e se ela souber que fiz isso ela sim irá me matar!
GABRIEL – E que fique bem claro que isso jamais irá se repetir tá ligado? Isso foi um acidente nem sei o que eu estava na cabeça, mas não irá se repetir porque eu não sou viado! (ele sai e bate a porta)
ANDER (sorri) – Não é não? Bem vi que não! (risos) (ele se levanta e vai embora)
CAMPELLO/ SALA VANESSA/ NOITE
VANESSA ARRUMA SUA MESA E PEGA SUA BOLSA PARA IR EMBORA, ALEX ENTRA NA SALA. (instrumental tenso)
VANESSA – Já estou de saída Alex!
ALEX – Qual é a tua hein garota?
VANESSA – Do que você está falando Alex?
ALEX – Não venha se fazer de desentendida não que sei muito bem que voc~e não é flor que se cheire!
VANESSA – Não estou entendendo onde você quer chegar.
ALEX – Pois bem já faz dias que estou te observando se fazendo ai de boazinha já te peguei na sala da Vitória e hoje eu vi que ela também te pegou lá, o que você veio fazer aqui na Campello? Vamos me diga qual é a tua Vanessa? O que você quer da Vitória?
FOCO EM VANESSA.
MIGUEL CHEGA AO RESTAURANTE (instrumental suspense) LANA PARA NO MESMO RESTAURANTE E DESCE DO CARRO AO TELEFONE.
LANA – Constância avisa minha mãe que não vou jantar em casa hoje, vou comer aqui perto da Campello mesmo, porque depois vou pegar um cinema tá? Beijo. (ela desliga)
LANA ENTRA NO RESTAURANTE MEXENDO NO CELULAR...
MIGUEL CHAMA O GARÇOM QUE VAI ATÉ A MESA.
MIGUEL – Por favor um Fasano Al Mare e uma água sem gás!
LANA OUVE A VOZ DE MIGUEL, AO VIRAR-SE VÊ MIGUEL SENTADO A MESA ELA VAI SE APROXIMANDO DA MESA.
LANA (surpresa) – Miguel? Você tá vivo?
MIGUEL OLHA ASSUSTADO PARA LANA.
FOCO EM LANA.
CONGELA IMAGEM
Sobe os créditos ao som Because of you – Kelly Clarkson
Fim de capítulo
"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"
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