Novela de Eric Carvalho
Direção Failon Teixeira, Guilhardo Almeida e Miguel Rodrigues
Direção Geral Miguel Rodrigues
Direção Artística Guilhardo Almeida
Núcleo DNA Web Studio
Capítulo 034 (Penúltimo Capítulo)
NO CAPÍTULO ANTERIOR...
LANA E ALFREDO CHEGA AO FUNERAL DE VITÓRIA (instrumental fúnebre)
LANA FICA CHOCADA DE VER QUE ESTÁ NO FUNERAL APENAS ELA, ALFREDO E MAIS TRÊS PESSOAS.
LANA – Alfredo cadê as pessoas que minha mãe conhecia?
ALFREDO – Vitória não era muito querida como da pra perceber minha filha!
LANA – Muito obrigada por ter vindo Alfredo! Sei que não deveria está aqui por tudo o que ela te fez!
ALFREDO – Imagine minha filha, vim por você pra te confortar, embora ela não tenha sido uma pessoa boa ela era sua mãe!
LANA SE APROXIMA DO CAIXÃO COM LÁGRIMAS NOS OLHOS E COLOCA UMA ROSA SOB O CAIXÃO.
LANA – Descanse em paz minha mãe, que Deus tenha misericórdia de você e perdoe todos os seus pecados na Terra! (ela faz o sinal da cruz)
PEDRA ROSA/ NOITE
CASA LUCIA/ DIA
LUCIA ESPERIMENTA O VESTIDO QUE ALUGOU PARA O CASAMENTO DE NANDA...
TIÃO ENTRA NO QUARTO (instrumental tenso)
TIÃO – Mas que palhaçada é essa? O natal já chegou e você está se enfeitando para ficar de enfeite na sala?
LUCIA – Para de ser ridículo! Estou experimentando o vestido que vou usar no casamento de Nanda! Vou ser a madrinha! E tenho que está linda!
TIÃO (cai na risada) – Linda? Então você vai ter que nascer de novo! (risos) Tira isso você não vai a lugar algum! Se seu marido não vai você também não irá! Onde já se viu você fazer par com o próprio filho, ainda mais uma gazela como ele! (risos)
LUCIA (nervosa) – É claro que eu vou! Sou madrinha desse casamento, se você não foi convidado é porque não é uma pessoa desejável você não acha?
TIÃO – Pois quero ver se você arreda o pé daqui!
LUCIA – Não estou com paciência pra ouvir seus desaforos Tião! Estou farta! (ela sai do quarto)
TIÃO (vai atrás e a segura pelo braço) – Onde você pensa que vai?
Se eu disse que você não vai a esse casamento é porque você não vai sua vagabunda! (ele da um tapa na cara de Lucia) Ou vai querer apanhar?
LUCIA (cospe na cara de Tião) – Tenho um ódio mortal de você seu cretino miserável!
TIÃO DA OUTRO TAPA NA CARA DE LUCIA, QUE O ESBOFETEIA, E OS DOIS COMEÇAM UMA BRIGA NA BEIRA DA ESCADA, TIÃO COMEÇA A ENFORCA-LA, LUCIA SE DEFENDE E EMPURRA TIÃO QUE ROLA ESCADA A BAIXO E CAI DESACORDADO NO FINAL DOS DEGRAUS.
FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO TRINTA E QUATRO...
LUCIA SEGURA A CABEÇA DE TIÃO E DÁ TAPAS EM SEU ROSTO.
LUCIA (desesperada) – Tião fala comigo? Tião? Ai meu Deus alguém me ajuda!
ANDER ENTRA EM CASA E DEPARA-SE COM TIÃO CAIDO AO CHÃO E LUCIA AOS PRANTOS.
ANDER – Mãe o que aconteceu?
LUCIA – Meu filho me ajude, chame uma ambulância!
A AMBULÂNCIA CHEGA.
ANDER – Nem precisa já estão aqui! O que houve? Ele caiu? Com certeza estava bêbado! Ele te agrediu né mãe?
LUCIA – Ander agora não é hora de falar disso! Depois te explico meu filho, vamos tenho que ir com ele até o hospital.
ANDER – De jeito nenhum! Tomara que ele morra!
ENFERMEIRO – Preciso que alguém o acompanhe!
LUCIA – Eu vou moço! Vamos!
LUCIA ENTRA NA AMBULÂNCIA E SEGUEM PARA O HOSPITAL.
ANOITECE...
HOSPITAL/SALA DE ESPERA/NOITE
LUCIA AGUARDA NOTICIAS DE TIÃO, ANDER CHEGA E ABRAÇA A MÃE.
ANDER – E ai mãe nada do cafajeste? Ou já bateu as botas?
LUCIA – Para com isso Anderson! Ainda não tive nenhuma noticia dele, seu pai é um monstro sim, mas não pode falar desse jeito meu filho ele é um ser humano como nós!
ANDER – Ai mãe não vou nem discutir isso com a senhora!
O MÉDICO CHEGA.
MÉDICO – A senhora que é esposa de Sebastião?
LUCIA – Sim sou eu, e ai doutor ele vai ficar bem?
MÉDICO – Sim ele vai sair desse ileso! O santo dele é forte porque pela quantidade de degraus que ele caiu era pra ser bem mais grave.
ANDER – Então está ótimo, vamos embora mãe!
MÉDICO – Ele só vai precisar ficar em observação até amanhã, se não houver nenhuma alteração no quadro clinico dele ele receberá alta! Com licença!
ANDER – Vamos pra casa mãe, não tem mais nada para ser feito aqui.
LUCIA (pensativa) – Tem sim meu filho!
ANDER (raiva) – Ai mãe não acredito que vai passar a noite aqui com esse desgraçado.
LUCIA – Não Anderson, eu vou para a delegacia de mulheres! Vou denunciar o Tião!
ANDER (espanto) – Oi? Eu ouvi isso mesmo? Você vai denunciar ele?
LUCIA – Sim, desta vez Tião foi longe demais, ele ia me matar meu filho foi quando eu o empurrei daquela escada, se não era para eu está dentro de um caixão agora!
ANDER (revoltado) – Desgraçado! Está vendo porque queria que ele morresse? Por conta disso dessas coisas que ele faz com a senhora!
LUCIA – A morte não é penitencia meu filho, a prisão sim! Lá é um castigo para ele, vamos quero fazer isso agora mesmo!
LUCIA E ANDER PEGA UM TAXI E SEGUEM PARA A DELEGACIA DE MULHERES ONDE LUCIA FAZ A DENUNCIA CONTRA TIÃO.
HOTEL/ NOITE
QUARTO LANA, A CAMPAINHA TOCA LANA VAI ABRIR E DEPARA-SE COM MIGUEL (instrumental Because of you)
LANA (surpresa) – Miguel? O que faz aqui?
MIGUEL – Precisamos conversar meu amor!
LANA – Olha Miguel não temos mais nada para dizer um ao outro!
MIGUEL – Não precisa dizer nada!
MIGUEL A BEIJA, E OS DOIS SE BEIJAM APAIXONADAMENTE AO SOM DE BECAUSE OF YOU – KELLY CLARKSON, ELES VÃO SE BEIJANDO E TIRANDO A ROUPA, ONDE FAZEM AMOR NO CHÃO...
AMANHECE...
LANA ACORDA E VÊ MIGUEL AO SEU LADO, ELA O ACORDA.
LANA – Miguel acorda você precisa ir embora! Miguel?
MIGUEL (acorda) – Bom dia meu amor!
LANA – Miguel é sério você tem que ir não quero problemas com Vanessa, vai se troca e vai embora, por favor!
MIGUEL (se levanta) – Eu quero você e não Vanessa!
LANA – Mas é com ela que você vai ter um filho e é com ela que você tem que ficar!
MIGUEL – E se eu te disser que não tem filho nenhum? Que tudo foi uma armação de Vanessa!
LANA (surpresa) – Como é que é?
ABERTURA DA NOVELA
MIGUEL – É isso mesmo meu amor, não vou ter filho nenhum com Vanessa não há mais nada que nos impeça de ficar juntos!
LANA (sem reação) – Nossa não sei nem o que dizer.
MIGUEL – Só diz que me ama e quer ficar comigo!
LANA (sorri) – Eu te amo Miguel e o que mais quero é ficar com você!
OS DOIS SE BEIJAM FELIZES AO SOM DE BECAUSE OF YOU – KELLY CLARKSON...
CORTA PARA MORRO DA PEDRA (som Força, foco e fé – Projota)
ESCRITÓRIO JP
JULIA ENTRA NA SALA
JP – E aí mina tá mais de boa?
JULIA (tensa) – Acabei de voltar do médico!
JP – Médico mano? Como assim médico? Tu dá os corre ai e nem troca ideia? O que tá pegando? Tá doente?
JULIA – Tô grávida JP!
JP (chocado) – Grávida? Tu tá me dizendo que eu vou ser pai de um moleque teu?
JULIA – Sim, vamos ser pais!
BETA – Ihhh a lá o herdeiro do dono do Morro da Pedra a caminho!
JP SE LEVANTA DA CADEIRA, SE APROXIMA DE JULIA E EMOCIONADO COLOCA A MÃO NA BARRIGA DELA.
JP (com olhos cheio de lagrimas) – Quer dizer que tem um pivete meu crescendo aqui?
JULIA (emocionada) – Tem! Tem sim meu amor!
JP A BEIJA E A ABRAÇA!
JP (feliz/animado) – Pode pá mano, libera churrascada pra todos da quebrada Beta, vamos da uma festa pra comemorar a chegada do meu moleque!
BETA SAI FELIZ PRA DAR A NOTICIA A QUEBRADA, MAS ACABA SENDO SURPREENDIDA POR POLICIAIS QUE INVADEM O MORRO (instrumental tenso/ ação)
BETA (grita) – Rala o pé, os bico tão na área!
BETA CORRE E SE ESCONDE, VÁRIOS POLICIAIS CERCAM O MORRO, JP TENTA FUGIR, MAS ACABA SENDO PRESO OS POLICIAIS ENCONTRAM TODAS SUAS DROGAS ESCONDIDAS, ELE É COLOCADO NA VIATURA, JULIA FICA DE LONGE OLHANDO COM LAGRIMAS CAINDO DE SEUS OLHOS, OS POLICIAIS FECHAM A VIATURA E LEVAM JP PARA A DELEGACIA.
JULIA (aos prantos) – Eu vou te tirar dessa meu amor!
(som Aqueles Olhos – Dom M)
IMAGENS EM CAMERA LENTA DE JP TIRANDO FOTOS NO PRESÍDIO PARA O REGISTRO, EM SEGUIDA O VEMOS ENTREGANDO SEUS PERTENCES E COLOCANDO AS ROUPAS DE PRESIDIÁRIO... O CARCEREIRO O LEVA PARA A CELA, IMAGENS DAS GRADES FECHANDO JP GRITA...
HOTEL
QUARTO LANA/ DIA
LANA E MIGUEL SE BEIJAM, A CAMPAINHA TOCA.
LANA – Quem será logo de manhã?
LANA ABRE A PORTA E JULIA ENTRA COM TUDO AOS PRANTOS. (instrumental triste)
JULIA – Mãe vocês precisam me ajudar!
MIGUEL (se cobre) – O que houve minha filha?
LANA – O que aconteceu filha? Está pálida!
JULIA – JP foi preso! Vocês precisam tirar ele de lá!
MIGUEL (susto) – Preso? Mas por quê? O que ele fez?
JULIA – Pegaram ele lá com os bagulhos e levaram ele!
LANA (triste) – O minha filha que tristeza, mas fica calma que vamos dar um jeito nisso, vamos tirar JP de lá não é Miguel?
MIGUEL – Claro, vamos ver isso agora mesmo! Vou ver o que da pra fazer fiquem aqui que vou dar um jeito nisso!
LANA – Aonde você vai?
MIGUEL – Confia em mim! (ele a beija e sai)
LANA (abraça Julia) – Fica calma minha filha vai dar tudo certo!
DELEGACIA DE MULHERES/ NOITE
LUCIA E ANDER SAI DA DELEGACIA
ANDER – Agora esse desgraçado vai ter o que merece!
LUCIA (medo) – Não sei meu filho eu tenho medo de que ele possa escapar da prisão e fazer algo contra você ou até eu mesma! Aquele homem é capaz de tudo!
ANDER – Fica tranquila mãezinha, aquele desgraçado vai mofar na cadeia desta vez!
LUCIA – Tomara meu filho, tomara!
ANDER – Se todas as mulheres que sofressem abusos ou agressões denunciassem acredito que não teríamos tantos feminicídios por aí.
LUCIA – Não é bem assim meu filho, a maioria das mulheres que sofrem agressões de seus companheiros tem o mesmo receio que eu tive até hoje, muitas apanham caladas por vergonha de denunciar ou até mesmo medo de serem mortas pelos companheiros, e por isso acabam por não denuncia-los.
ANDER – Pois mãe por isso esses políticos deveriam pegar mais pesado nas leis penais, porque não só as mulheres sofrem com isso mas os gays, negros, obesos e muitas outras pessoas sofrem com tanto abuso e violência por ter leis fracas.
LUCIA – Com certeza meu filho! Olha o ônibus vindo! (ela da o sinal pra parar o ônibus)
OS DOIS ENTRAM NO ÔNIBUS E SEGUEM PARA PEDRA ROSA...
AMANHECE...
HOTEL/ DIA/ QUARTO LANA
LANA – Julia minha filha já está acordada?
JULIA – Nem dormi mãe! Não consigo parar de pensar em JP. Coitado!
LANA – Calma filha seu pai foi resolver isso fica tranquila ele tem muitos amigos e contatos aqui no Rio.
JULIA – Ele deveria ter vindo aqui já ou ligado né? Saiu ontem e nem deu mais noticias!
LANA – Ele deve está correndo atrás para tirar o JP de lá afinal antes do JP ser seu namorado ele é irmão do seu pai.
JULIA – Tão louco isso né mãe? E eu preciso te falar uma coisa que aconteceu.
(instrumental tenso/emoção)
LANA – Pode falar Julia tem mais alguma coisa que aconteceu lá no morro?
JULIA (tensa) – Tem sim mãe... É que eu...
LANA – Fala filha! Estou ficando preocupada já.
JULIA – É que eu tô grávida do JP é isso pronto falei!
LANA (chocada) – Grávida Julia? Grávida minha filha?
JULIA – Eu sei que vai dizer que sou irresponsável que não tenho juízo e tudo mais, mas aconteceu e não tem como voltar atrás, se quiser ficar com raiva pode ficar estará no seu direito.
LANA – É claro que não vou ficar com raiva Julia, isso estava muito cedo para acontecer né minha filha, você mal completou dezoito anos... Mas vem cá (ela a abraça) Pode contar comigo minha filha jamais irei abandona-la eu sei bem o que está sentindo e passando pois passei por tudo também!
JULIA (chora) – Desculpa mãe por te dar tanta decepção, por não ser uma filha que te orgulhasse.
LANA – Que isso minha filha para com isso eu tenho muito orgulho de você sim, olha preciso ir para a Campello resolver umas coisas com sua tia Miranda, por que não vem comigo e podemos passar no shopping para comprar o enxoval do nosso bebê o que acha? Assim você se distrai um pouco e quem sabe quando voltarmos seu pai já nos traga uma boa noticia? Vamos filha vai ser bom pras nos duas faz muito tempo que não fazemos isso.
JULIA – Tudo bem vamos sim preciso de uma distração mesmo.
LANA – Então espere aqui que vou só pegar minha bolsa e vamos as compras como antigamente quando você era criança que saiamos só nós duas para ir ao shopping fazer compras lembra filha? (ela pega a bolsa)
JULIA (sorri) – Lembro sim mãe!
AS DUAS SEGUEM CONVERSANDO E VÃO PARA O SHOPPING...
CORTA PARA PENITENCIÁRIA
MIGUEL SEGUE PARA VISITA Á JP E O AGUARDA NO PÁTIO COM OS OUTROS VISITANTES (instrumental tenso)
JP CHEGA NO PÁTIO MIGUEL ABRE OS BRAÇOS AO VÊ-LO JP FICA OLHANDO PARA ELE.
PEDRA ROSA
(instrumental cômico) CLEMENCIO DESCE DO ÔNIBUS RODOVIÁRIO, A POPULAÇÃO DE PEDRA ROSA FICAM SURPRESOS COM A VOLTA DO DELEGADO ELE SEGUE PARA A DELEGACIA.
CLEMENCIO – Eu voltei para meu povo! E para botar ordem nessa cidade novamente!
SARGENTO (surpreso) – Delegado? Mas já voltou? Não tinha se afastado?
CLEMENCIO – Sim, mas resolvi voltar mais cedo, vá pegar um café que estou indo para minha sala.
SARGENTO – Senhor delegado é que...
CLEMENCIO – É que nada! Faz o que estou mandando rapaz!
ELE SEGUE PARA A SALA, E AO ENTRAR DEPARA-SE COM DELEGADO TOBIAS.
DEL. TOBIAS – Quem o senhor pensa que é para entrar em minha sala sem ser anunciado?
CLEMENCIO – Sua sala? Essa sala é minha e trata de ir saindo da minha cadeira!
DEL. TOBIAS – Ah já entendi, o senhor deve ser o antigo delegado?
CLEMENCIO – Antigo uma pinoia! Estava afastado e estou de volta para minha casa que é essa delegacia! E o senhor que me cobriu aqui pode ir embora! Não precisamos mais dos seus serviços!
DEL. TOBIAS – Me desculpe, mas isso não vai ser possível! O senhor foi afastado do seu cargo por tempo indeterminado e eu fui nomeado o novo delegado de Pedra Rosa, portanto o senhor não tem mais nada a fazer por aqui!
CLEMENCIO – Isso é um despautério! Vou recorrer a esse afastamento indevido!
DEL. TOBIAS – Tenho uma boa ideia para o senhor! Já que queres tanto fazer o bem por Pedra Rosa por que não se candidata ao cargo de prefeito? Saiba que terá uma eleição direta para eleger um novo prefeito já que o ex prefeito Genivaldo e seu vice foram presos. O que acha?
CLEMENCIO (surpreso/empolgado) – O senhor prefeito Genivaldo foi preso? Mas o que esse homem fez gente?
DEL. TOBIAS – Lavagem de dinheiro e corrupção dentre outros crimes, e como o senhor já bem conhecido e adora aqui em Pedra Rosa que fiquei sabendo, acredito que ganha fácil essa eleição! E ai o que me diz?
CLEMENCIO (orgulhoso) – Não sei vou pensar! Mas eu vou recorrer ao meu cargo de delegado! Passar bem! (ele sai)
DEL. TOBIAS (ri) – Só tem louco nessa cidade!
CLEMENCIO (sussurra/animado) – Prefeito de Pedra Rosa eu? Taí gostei da ideia! (ele sorri)
CREUZA VÊ CLEMENCIO NA PRAÇA E VAI ATÉ ELE.
CREUZA – Seu delegado Clemencio já voltaram?
CLEMENCIO – Tá falando do que Creuza? Como já voltaram se foi só eu viajar?
CREUZA (ri) – Acha que eu não sabia que você e a Dona Veruska iam fugir juntos? Ela me contou tudo antes de ir pra sua casa até me passou o hotel, e ela cadê?
CLEMENCIO (raiva) – Nem me fale dessa bandida, ou bandido sei lá! Aquela desgraçada fugiu com todo meu dinheiro e me deixou sozinho no Paraguai.
CREUZA (surpresa/rindo) – Gente esse Paulão era profiça mesmo hein enganou o senhor direitinho! (risos) Então quer dizer que o senhor está livre na pista? (ela o abraça)
CLEMENCIO – O que é isso dona Creuza comporte-se!
CREUZA – Podemos nos conhecer melhor o que acha seu delegado?
CLEMENCIO (sem graça) – Tchau dona Creuza, depois conversamos! (ele sai correndo)
CREUZA – Que homem meu Deus do céu! É um pedaço de mau caminho! (ela morde os lábios)
LANA E JULIA CHEGA À CAMPELLO E SEGUEM PARA A RECEPÇÃO.
LANA – Ai filha esqueci uns documentos dentro do carro, espera só um minutinho que vou lá busca-los.
JULIA – Quer que eu pegue pra você mãe?
LANA – Não filha pode deixa que eu pego! Enquanto isso vai conversando com sua tia Miranda! Já volto!
LANA VAI ATÉ O CARRO E PEGA OS DOCUMENTOS AO FECHAR A PORTA DO CARRO VANESSA A RENDE COM UM REVOLVER.
LANA (assustada) – O que é isso Vanessa?
VANESSA – Entra no carro e fica quieta! Vamos dar uma volta! (grita) Entra vadia!
LANA – Calma Vanessa abaixa essa arma!
VANESSA (grita) – Não ouviu o que eu disse não vadia! Entra nesse carro se não eu meto uma bala bem na sua fuça!
LANA – Tudo bem Vanessa!
LANA ENTRA NO CARRO, VANESSA SENTA DO LADO DO PASSAGEIRO E APONTA O REVOLVER PRA ELA.
VANESSA – Você vai dirigir até a hidrelétrica! Vamos!
LANA SAI COM O CARRO, CLARA VÊ AS DUAS E ACHA ESTRANHA ENTÃO ELA VAI ATÉ A SALA DE MIRANDAE ENTRA CORRENDO.
MIRANDA (assustada) – O que é isso Clara? O que aconteceu garota?
CLARA – Dona Miranda, a dona Lana saiu de carro!
MIRANDA – E o que tem demais nisso?
JULIA – Saiu? Mas ela ia apenas pegar uns documentos que tinha esquecido!
CLARA – Ela saiu de carro com a dona Vanessa! E estava um clima muito estranho tenho a impressão de que Vanessa estava apontando um revolver para a dona Lana!
MIRANDA (susto) – Misericórdia! Você tem certeza do que está dizendo?
CLARA – Tenho sim dona Miranda!
JULIA – Tia essa Vanessa é uma louca! Temos que ligar para a policia agora mesmo!
LANA SEGUE ATÉ A HIDRELÉTRICA, CHEGANDO AS DUAS DESCEM DO CARRO.
VANESSA (apontando o revolver) – Acabou pra você minha querida!
LAGRIMAS CAEM DOS OLHOS DE LANA, VANESSA ENGATILHA O REVOLVER. (instrumental suspense) LANA VAI SE AFASTANDO E SE AFASTANDO CADA VEZ MAIS.
LANA – Por favor, Vanessa você não precisa fazer isso! Abaixa essa arma vamos conversar!
VANESSA – Cala sua boca sua vadia desgraçada!
LANA SE AFASTA DEMAIS E ACABA ESCORREGANDO E CAINDO, ELA SE SEGURA NA PONTE E FICA PENDURADA, VANESSA SE APROXIMA DELA E APONTA O REVOLVER.
VANESSA – Adeusinho vadia!
FOCO EM LANA
CONGELA IMAGEM
Sobe os créditos ao som instrumental suspense.
Fim de capítulo.
"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"
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