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Foto do escritorDNA Web Studio

Rio Tropical - Capítulo 01.

Novela de: Vitor Alves

Direção: Failon Teixeira

Direção Geral: Miguel Rodrigues

Núcleo: DNA Web Studios




Cena 1/Niterói/cidade/externa/dia.

Imagens da cidade, uma mulher passeando em um parque bem grande, comércio movimentado com clientes e closes nos prédios.


"Niterói - Baixada Fluminense".


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Cena 2/Mansão de Carlos/sala/interno/dia.


Nina entra na sala, observa o Carlos mexendo no celular e aproxima.


NINA - (irritada) Não está pronto?

CARLOS - Sim, minha filha! Você demorou muito e entrei na minha rede social para passar o meu tempo!

NINA - Ok, eu entendi! Então vamos?

CARLOS - Vamos sim, minha princesa!

NINA - (irritada) Melhor mesmo, tô super atrasada para minha faculdade! Eu preciso encontrar meus amigos na lanchonete para discutir sobre o trabalho que a gente vai fazer!

CARLOS - Ok, filha! A culpa não é minha, você que demorou para sair daquela quarto!

NINA - Sim, seu Carlos! Agora vamos embora que o caminho é longe!


Nina e Carlos saem na sala e Rebeca entra.


REBECA - Menina mimada! Seus dias de mandar no papai está chegando ao fim!


Rebeca observa a sala e sai.


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Cena 3/Praia de Niterói/externa/dia.


Policiais entram na praia, observam um corpo jogada na areia, policial I aproxima, confirma ser uma mulher e coloca a mão na nuca da desconhecida.


POLICIAL I - Ela está viva! Precisamos ligar para ambulância para salvar essa mulher!

POLICIAL II - Ok, vou ligar neste exato momento!


Close no rosto da mulher, policial I fica encantado e passa mão no rosto da misteriosa mulher.


POLICIAL I - Que mulher linda!


Policial I se afasta do corpo e mostra no fundo a imagem do policial II ligando para emergência.


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Cena 4/Rio de Janeiro/copacabana/externa/dia.


Imagens de Copacabana, pessoas ricas andam no calçadão de Copacabana.

"Copacabana - Rio de Janeiro".


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Cena 5/Bar de Benedita/salão/interno/dia.


Paulina entra, coloca mão no balcão e observa todo o ambiente. Benedita entra com um pano no ombro esqurda e Paulina fica irritada.


PAULINA - Finalmente apareceu, minha tia maravilhosa! Cadê a minha prima? .. ela saiu?

BENEDITA - A minha filha está estudando, neste exato momento dentro da faculdade de direito! (questiona)... Você não deveria está estudando também?

PAULINA - (sem graça, com vergonha) A senhora sabe muito bem que não sou nerd como a minha prima! Na verdade não gosto de estudar!

BENEDITA - (ainda questionando) Paulina, você precisa estudar e ter uma profissão para ter garantia no futuro!... Menina, você vai ficar beijando e curtindo praia o resto da sua vida?

PAULINA - Calma, eu sei que estou errada!... Independente de qualquer coisa, eu tenho direito de curtir a minha vida! Viu, minha querida tia?

BENEDITA - Não falo mais nada, Paulina! Só pensa na ideia de estudar, pensa nisso!


Paulina fica calada e sai do salão. Benedita fica incomodada e mexe cabeça para o negativo.


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Cena 6/Faculdade Santa Juliana/corredor/sala de direito/interno/dia.


Dois rapazes heteros e fortes de academia jogam Marcelo no chão, Luciana passa no corredor e fica chocada com aquela situação.


MARCELO - Seus malditos! Me deixa em paz!

RAPAZ I - Não vamos deixar, sua bichinha!

Luciana aproxima e fica irritada.

LUCIANA - (brava com os rapazes) Deixa o menino em paz, seus otarios!... Homofóbia é crime, vocês dois vão ser presos!

RAPAZ II - Eu e meu amigo estamos nem aí!

RAPAZ I - Vamos embora, mano! O viadinho já encontrou uma mulher para defender ele!


Os rapazes saem e Luciana ajuda Marcelo levantar do chão.


LUCIANA - (levantando Marcelo) Está bem, meu querido?

MARCELO - Agora estou!

LUCIANA - Não deixa isso acontecer mais, Marcelo! O que ele estão fazendo com você é um crime!

MARCELO - Não quero saber de arrumar mais treta, Lu!

LUCIANA - Tudo bem, Marcelo! Eu acho que deveria denunciar esses babacas na direção da faculdade!.. Não é melhor contar para seu pai?


Marcelo fica nervoso e tenso.


LUCIANA - Mudando de assunto, Marcelo!.. Cadê a sua irmã?

MARCELO - Na sala dela como sempre, ela nunca pensa em mim!

LUCIANA - Que pena, amorzinho! Eu juro que vou puxar a orelha dela!

MARCELO - Duvido você conseguir mudar ela!

LUCIANA - Tchau, fofo!

MARCELO - Tchau!


Marcelo beija o rosto de Luciana e sai, corta rapidamente para sala de direito; Nina conversa com amigas e Luciana entra.


NINA - (olhando para Luciana entrando) Lu entrou!


Luciana aproxima e pega no braço de Nina.


LUCIANA - (Nina olha e fica incomoda) Nina, precisamos conversar sobre o ssu irmão!

NINA - (tira a mão de Luciana) Ok, amiga! Só não precisa me segurar desse jeito!


Nina e Luciana vão para o outro lado da sala.


NINA - Fiz alguma coisa?

LUCIANA - (brava) Tô super chateada com você!

NINA - (surpreendida) Não estou entendo esse papo estranho!

LUCIANA - Você sabia que dois rapazes estavam zoando e sendo preconceituosos com seu irmão

NINA - (futil) Nossa, ele denunciou os nojentos?

LUCIANA - Claro que não!

NINA - (mais futil) Deveria denunciar!... Como ele é maior de idade e sabe resolver os problemas dele sozinho!

LUCIANA - Não vai fazer nada? Seu irmão estava sofrendo preconceito e acho que ele está com medo de denunciar!

NINA - Lu, ele é maior de idade! Já cuidei muito dele, agora quero cuidar de mim!..

LUCIANA - (chocada) Você está sendo cruel com seu próprio irmão!

NINA - Amiga, as vezes amar é deixar a pessoa se cuidar sozinho! Com certeza, ele vai sair disso com cabeça levantada!

LUCIANA - (questiona) Não ama ele?

NINA - Muito, amo muito o meu irmão!.. (saindo) Licenca, Lu!


Nina aproxima das amigas e Luciana fica irritada.


LUCIANA - (revoltada) Essa não é a minha amiga, meu Deus! A morte da mãe transformou ela em uma outra pessoa!


Luciana aproxima de uma cadeira e senta.


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Cena 7/Hospital Municipal/quarto/interno/dia.


Carlos e enfermeira entram no quarto, encontra a mulher misteriosa dormindo e os dois aproximam.


CARLOS - (olhando para mulher) Enfermeira, o que aconteceu com ela?

ENFERMEIRA - Não sabemos direito, doutor! A moça foi encontrada abandonada em uma praia qualquer e não sabemos nada sobre ela!

CARLOS - Isso é muito complicado!

ENFERMEIRA - Pois é, doutor! Ela pode ser uma criminosa ou até mesmo uma assassina!

CARLOS - Eu acho difícil, parece uma mulher boa!


Mulher começando acordar e Enfermeira e Carlos ficam tensos.


CARLOS - (olhando para mulher acordando) Legal, ela está acordando!


Mulher abre os olhos e grita.


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ABERTURA:



CENA 8/Rio de Janeiro/favela da rocinha/externa/dia.


Imagens da favela da rocinha, moto taxi subindo o morro e closes no comércio da comunidade.

'Favela da rocinha, Rio de Janeiro'.


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CENA 9/Casa de Márcia/sala/interno/dia.

Bernardo entra na sala e beija o rosto de Márcia.


BERNARDO - (após terminar o beijo no rosto) Ti amo, mãe! (procurando o irmão) Cadê o meu irmão?

MÁRCIA - Filho, ele já foi trabalhar!

BERNARDO - Nossa, eu preciso ir também!.. Mãe, trabalhar em moto taxi é muito cansativo, o bom disso é que eu consigo pegar muitos contatos das novinhas nas festas do morro!

MÁRCIA - Cuidado, meu filho! Aquelas festas é um perigo, cheio de coisa errada e principalmente o tráfico!

BERNARDO - Não vai acontecer nada, mãe! Não mexo com aqueles caras, só levo os riquinhos no beco para comprar a cocaína ou maconha!

MÁRCIA - Larga desse emprego, filho!

BERNARDO - Não vendo isso, só ofereço o serviço de moto taxi!.. (olha para Márcia) Tô indo, mãe! Tchau!

MÁRCIA - Tchau, meu lindo!


Bernardo sai e Márcia fica nervosa.


MARCIA - Deus, cuida do meu filho!


Márcia pega a bolsa.


MÁRCIA - Tô atrasada para meu serviço!.. (tensa) Meu pai do céu, a dona Carolina vai me xingar pelo atraso!


Marcia sai com pressa.


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CENA 10/Hospital Municipal/quarto/interno/dia.


Mulher termina de gritar, Carlos aproxima e Enfermeira fica tensa e nervosa.


MULHER/FERNANDA - (nervosa) Não aproxima de mim!.. (olha para Carlos) Quem é você?

CARLOS - Meu nome é Carlos, eu sou o médico do hospital! Quem é você? Sabe o seu nome?

MULHER/FERNANDA - Não sei o meu nome! Na verdade não lembro de nada, vocês sabem o meu nome?


Enfermeira chocada e fica com os olhos cheio de lágrimas.


CARLOS - E agora, Enfermeira?

ENFERMEIRA - Complicado demais a situação dela!

MULHER/FERNANDA - O que vai acontecer comigo?

ENFERMEIRA - Doutor, o hospital não pode manter ela aqui por muito tempo!

CARLOS - Como assim?

ENFERMEIRA- O hospital vai colocar ela na rua!

MULHER/FERNANDA - (assustada) Na rua?

ENFERMEIRA - (tensa) Precisamos arrumar um lugar para ela ficar!

CARLOS - Isso foi resolvido!

ENFERMEIRA - Como?

CARLOS - Essa moça vai ficar na minha casa, isso ela até recupera a memória!


Mulher fica confusa e olhando para o quarto.


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Cena 11/Apartamento de Carolina/cozinha/externa/dia.


Márcia entra na cozinha, coloca a bolsa na bancada e percebe Carolina sentada em uma cadeira e acaba tomando um susto.


CAROLINA - (olhando para Márcia assustada) Oi, Marcinha! Perdão , não queria assustar você!

MÁRCIA - (ainda assustada) Não faz isso, eu tomei susto bem grande!

CAROLINA - Não foi a minha intenção!

MÁRCIA - Eu sei, minha querida! E a sua irmã? Ela apareceu?

CAROLINA - Ainda não, estou muito preocupada com a minha irmã!.. Eu já fiz tudo, fui na polícia e no hospital.... e nada sobre minha irmã!

MÁRCIA - Estranho tudo isso! E o namorado dela?

CAROLINA - O canalha sumiu também, tomara que ele não fez nada como minha Irmã! Não estou aguentando a falta da Fernanda!

MÁRCIA - Imagino a falta que ela faz, minha querida! Fica tranquila que a polícia está investigando e vai encontrar a nossa Fernanda!

CAROLINA - Tomara, Marcinha!.. Tô saindo para deixar você trabalhar e daqui a pouco eu volto para gente conversar mais!

MÁRCIA - Tudo bem, dona Carolina!


Carolina sai e Márcia fica preocupada com o sumiço de Fernanda.


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CENA 12/Rio de Janeiro/praia de copacaba/externa/dia.


Na areia da praia, Paulina está deitada em uma toalha de banho e usando biquini bem sexual. De repente, Paulo passa correndo na areia.


PAULINA - (olhando para o Paulo) Que delícia de homem, meu pai!.. Pena que sou uma mulher comprometida!


Luciana com calça jeans aproxima de Paulina.


LUCIANA - (olhando para Paulina) Oi, Paulina!.. (percebe a prima olhando para outro lado da praia) O que houve com você?... Prima, olhando os boys?

PAULINA - (mostra o Paulo correndo na areia) Principalmente aquele moreno!

LUCIANA - (ri e olha para o Paulo) Paulina, você não tem jeito!

PAULINA - (observa a roupa de Luciana) Não acredito que você fez isso, dona Luciana!


Luciana sem entender nada.


PAULINA - Prima, você está com roupa na praia!.. Pode mudar agora, isso é um pecado no mundo da praia!

LUCIANA - Me deixa, mulher! Acabei de chegar da faculdade!

PAULINA - Vai lá na sua casa e coloca um biquini bem sexual para mostrar esse corpão que você tanto esconde!

LUCIANA - Tenho vergonha!

PAULINA - Pode parar com isso, você é linda demais! Muito gostosa, além de possuir um corpão de deusa!


Paulo passa na areia, observa Luciana e Paulina acaba percebendo.


PAULINA - (abusada) O gostoso está olhando para você, prima!... Aproveita, sua boba!

LUCIANA - Eu?

PAULINA - Claro, sua boba! Aproveita um pouco, você é muito calminha!


Luciana fica sem graça e toda tímida.


PAULINA - (sarcástica) Balança esse bundão e outras coisas também!


Paulo aproxima de Luciana e Paulina fica alegre.


PAULO - (olhando para Paulina) Qual é o seu nome?

LUCIANA - Eu? Falando comigo?

PAULINA - (cutuca Luciana) É você, sua boba!


Luciana fica envergonhada, cria coragem e olha para o Paulo.


LUCIANA - Meu nome é Luciana e você?

PAULO - Sou o Paulo! Foi um prazer conhecer você, Luciana!

LUCIANA - Obrigada!

PAULO - (continua olhando para Luciana) Luciana, você vive na região de Copacabana?

LUCIANA - Por que quer saber?


Luciana fica muito tímida.


PAULINA - (abusada, toma iniciativa) O problema que ela é tímida!... (fica brava e revoltada) Paulo, você encontra ela no bar da mãe dela, o boteco é aqui perto!

PAULO - Obrigado, vou aparecer lá um dia!

PAULINA - Pode ir, ela vai adorar olhar ou sentir você!


Paulo volta correr e Luciana fica mais furiosa.


LUCIANA - Você não tem esse direito,Paulina! Não quero falar com esse cara e muito menos andando no bar da minha mãe!... Bola fora, priminha!

PAULINA - Calma, não foi por mal! Quero ver você saindo com alguém e essa é uma oportunidade!

LUCIANA - (irritada) Paulina, não quero ninguém na minha vida!.. E muito menos sair com um desconhecido! Tô indo embora, tchau!


Luciana sai da praia, com muita raiva e Bernardo chega e percebe a situação.


PAULINA - (Bernardo aproxima e senta do lado de Paulina) Meu gostoso chegou!

BERNARDO - O que houve com sua prima?

PAULINA - Uma longa história, amor! Eu prefiro ficar calada e depois eu falo tudo!


Bernardo fica desconfiado e Paulina fica pensativa.


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Cena 13/Casa de Vida/sala/interno/dia.


Vitória entra na sala e toda arrumada, Vida fica curiosa e aproxima.


VIDA - Está indo aonde, minha netinha?

VITÓRIA - Tô indo fazer uma entrevista, vó! Torce muito por mim, quero muito ter esse emprego!

VIDA - Claro, minha princesa! Tô rezando muito para Deus colocar a mão neste emprego!

VITÓRIA - Obrigada, vó!... (olha para o celular) Nossa, tô super atrasada, melhor eu ir!

VIDA - Boa sorte, minha Vitória!


Vitória beija a testa de Vida e sai.


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Cena 14/Casa de Beth/Quarto de Joyce/interno/dia.


Joyce deitada na sua cama e falando no celular.


JOYCE -... (conversa continuada, cel) Não vai voltar para o Brasil agora?

PATRICIA - (cel, andando em uma calçada de Paris) Minha filha, tenho que fica mais um tempo para apresentar minhas roupas para os empresários francês!

JOYCE - (cel) Ok, mãe! Não vai demorar muito para voltar?

PATRÍCIA - (cel) Não vou, logo estou ai!.. E sua tia está calma?

JOYCE - (cel) A mesma coisa, mãe! Ela contínua aprontando e vendendo aquelas coisas proibidas e ilegais!

PATRÍCIA - (cel) Essa minha cunhada não tem jeito! (Beth entra no quarto) As vezes eu acho que ela nunca vai mudar!

BETH - (aproximando de Joyce, ela do lado) Sua mãe no telefone?

PATRÍCIA - (cel, divindo a tela com Beth e Joyce) É a sua tia?

JOYCE - (cel) Sim, mãe! Vai querer falar com ela?

PATRÍCIA - (cel) Sim, filha! Eu quero falar com essa louca!

JOYCE - (cel) Tudo bem! (entrega o celular para Beth) Minha mãe quer falar com você!

BETH - (pega o cel e coloca na orelha) Até que fim essa mulher me ligou e ainda quer falar comigo!... (cel) Oi, Paty?

PATRÍCIA- (cel) Está bem, cunhadinha?

BETH - (cel) Tô ótima, Paty! Não vai voltar para o seu país e principalmente para sua família?

PATRÍCIA - (cel) Em breve, Beth!... (olha para uma sorveteria) Preciso desligar, mais tarde eu logo novamente!

BETH - (cel) Já?

PATRÍCIA - (cel) Sim, eu preciso fazer uma coisa aqui!.. Manda um beijo para minha filha e fala que em breve estarei em casa!


Patrícia desliga o celular e Beth entrega o celular na mão de Joyce.


BETH - Essa mulher é uma guerreira!

JOYCE - Sim, eu admiro demais! Ela trabalha honestamente da muito diferente de uma mulher que eu conheço!

BETH - Indireta para mim?

JOYCE - (sarcástica) Não tem nenhuma indireta para senhora... Não tenho culpa se doeu muito em você!

BETH - (meio brava) Nem vou responder para não acabar o resto do meu dia! (olha para Joyce) Licença, minha sobrinha!


Beth sai do quarto.


Corta para:


Cena 15/Escritório/sala de Gabriel/interno/dia.


Gabriel abrindo a porta da sala, Vitória entra e olhando o ambiente e o empresário olha o corpo de Vitória.


GABRIEL - Oi, Vitória! Tudo bem com você?

VITÓRIA - Estou bem sim e você?

GABRIEL - Tô ótimo agora com a sua presença, moça! Vamos sentar para conversar?

VITÓRIA - Claro, vamos sim! Tô ansiosa para entrevista!

GABRIEL - Não precisa ficar nervosa, Vitória! Eu não sou um malvadão para você ficar assim!

VITÓRIA - (anda um pouco e senta na cadeira) Eu sei, senhor!

GABRIEL - (aproxima na cadeira e senta) Fica calma e juro para você que serei um amorzinho!

VITÓRIA - (nervosa, Gabriel olhando para ela) Gostou do meu currículo?

GABRIEL - (olha fixamente para Vitória) Sim, gostei muito! Parabéns pelo currículo rico e bem feito!

VITÓRIA - Obrigada, senhor!

GABRIEL - Não precisa me chamar de senhor, só me chamarde Gabriel!

VITÓRIA - Ok, então peço desculpas!

GABRIEL - Garota, não precisa pedir desculpas!... (pega o currículo em cima da mesa e olha novamente) O currículo está escrito que você fez o curso de secretária durante dois anos!

VITÓRIA - Sim, eu fiz esse curso!

GABRIEL - Gostei, estava precisando com uma pessoa preparada para essa área!.. (olha para Vitória) Aceita trabalhar comigo?

VITÓRIA - (feliz, abre um sorriso largo e bonito) Claro que eu aceito! A grana vai ajudar a minha avó!

GABRIEL - Não quero saber da sua vida particular!

VITÓRIA - Tudo bem, Gabriel l!

GABRIEL - Você começa a partir de amanhã!... Não esqueça trazer os documentos necessários para a contratação!

VITÓRIA - (feliz) Obrigada, Gabriel!


Vitória e Gabriel levantam, Vitória sorria para Gabriel e sai toda alegre.


GABRIEL - (fecha os olhos) Que delícia! Louco para tirar a calcinha dela! Esse tipo de secretária que eu tô precisando!


Gabriel ri muito e senta na cadeira.


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Intervalo


CENA 16/Niterói/cidade/externa/noite.


Imagens da cidade, close em uma praça, muitos carros passam em uma avenida e pessoas entram no shopping.

'Niterói - Rio de Janeiro'.


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Cena 17/Mansão de Carlos/sala/interno/noite.


Nina preocupada e Rebeca trazendo um copo de água.


NINA - (preocupada) Poxa, o meu pai nunca demorou tanto para voltar para casa!

REBECA - (entrega o copo de água para Nina) Calma, com certeza ele vai explicar!

NINA - (com copo na mão) Com certeza está com uma mulher!

REBECA - Seu pai é um homem sozinho agora, ele precisa recomeçar a vida sentimental dele!

NINA - Não começa me irritar, Rebeca! Você sabe muito bem que eu não aceito nenhuma mulher no lugar da minha mãe!

REBECA - (olhando para Nina e pensa) Menina mimada! O seu pai será só meu e você terá que aceitar isso!


Carlos e a Mulher/Fernanda entram na sala e Nina e Rebeca ficam chocadas.


CARLOS - cheguei, filha!

NINA - (olha para mulher) O que é isso, pai? A sua namorada ou amante?

CARLOS - Não é nada disso, Nina! Eu só vou ajudar essa mulher sem memória por um tempo e por isso vai morar um tempo aqui!

NINA - Que isso história essa? Vai acolher uma estranha qualquer na casa da minha mãe?

CARLOS - Filha, precisamos ter empatia!

NINA - Pode parar de mentir, pai!

CARLOS - Não estou, filha! É a verdade!

NINA - (brava, sem acreditar) O senhor pode ter acolhido uma mentirosa ou até mesmo uma criminosa!

MULHER/FERNANDA - Não sou nenhuma criminosa, garota!

CARLOS - Fecha essa boca, Nina! Você está me deixando passar vergonha!

REBECA - (pensa) Pegando fogo no cabaré e depois falam que só os pobres fazem barracos.

NINA - Olha que belezinha, a criminosa de merda falou!

MULHER/FERNANDA - Me respeita, garota!.. Carlos, eu prefiro ficar na rua!

NINA - Pode parar de drama, sua falsa! Essa história de sem memória é um plano principal para roubar a gente!

MULHER/FERNANDA - Cala a boca, sua garota ardilosa!


Nina fica irritada, percebe o copo de água na sua mão e joga água no rosto da Mulher/Fernanda.


CARLOS - Nina, Você está louca?


Mulher limpando o rosto, Nina fica com cara de deboche e Rebeca fica chocada.


'Congelamento no rosto de Rebeca.'


FIM DO CAPÍTULO 1:

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