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Seguindo em Frente | Capítulo 10


A seguir

Seguindo em Frente - Capítulo 10 +14


Cena 01 - Hospital - Manhã


Samuca acorda com uma forte dor de cabeça. Ele abre os olhos devagar.

Samuca: O que aconteceu ? - Pergunta, confuso e desorientado.

Dr. Vicente: Que bom que você acordou. Já estava ficando preocupado! - Diz, sorrindo.

Samuca se ajeita na cama, ficando sentado e olhando em volta. Ele logo percebe que está em um hospital.

Dr. Vicente: Como está se sentindo ?

Samuca: Minha cabeça dói.

Dr. Vicente: Logo ameniza. O pior já passou.

Samuca: O que aconteceu ?

Dr. Vicente: Você bateu com o seu carro. Houve uma pancada na cabeça, mas nada grave.

Samuca põe a mão na cabeça, se recordando aos poucos.

Dr. Vicente: Aparentemente você parece bem, mas pedi alguns exames necessários. Só pra termos certeza!

Samuca: Cadê minhas coisas ?

Dr. Vicente: Ali! - O médico aponta para uma sacola no sofá.

Samuca: Eu estou bem, eu vou embora.

Dr. Vicente: De forma alguma, eu ainda não lhe deu alta. Vou passar um remédio pra sua dor!

Samuca: Eu não quero remédio. E EU estou me dando alta!

Dr. Vicente: Acho que você não entendeu. Precisamos verificar...

Samuca se levanta da cama, tonto.

Dr Vicente segura seus braços, amparando seu corpo para evitar uma possível queda.

Dr. Vicente: Você é minha responsabilidade. É meu dever cuidar dos meus pacientes!

Os dois se encaram por alguns segundos, mas Samuca já tinha tomado sua decisão. Não queria ficar mais nem um minuto naquele lugar que lhe trás más recordações.

Samuca: Simples. O Sr. está liberado de suas responsabilidades!

O engenheiro nem o deixa falar e pega suas coisas, saindo rapidamente e se escorando nas paredes.

Dr. Vicente o olha indo embora. - Cara louco, sair nesse estado!


Cena 02 - Casa de Marta - Tarde


Samuca entra calado e vai em direção ao seu quarto.

Marta se assusta ao vê-lo com um curativo na testa.

Marta: Ai meu Deus, o que houve ?

Samuca: Bati com o carro quando saia da fábrica.

Marta: Mas... Mas você tá bem ? - Pergunta, nervosa.

Samuca: Calma, mãe. Eu tô bem.

Marta: Como bem, e esse machucado ?

Samuca: Eu cochilei e bati o carro, mas foi só esse machucado mesmo... Foi só um susto. Eu nem liguei pra avisar porque não foi nada grave.

Marta: Beba chás. Eu vou preparar um poderoso que tem efeito analgésico!

Samuca: Não precisa, obrigado. A única coisa que eu preciso mesmo é dormir um pouco!

Marta: E o carro ? Quem te resgatou ?

Samuca acha estranho.

Samuca: Sabe que eu nem sei ? Aquela estrada é tão deserta, ainda mais a noite. Quando eu acordei eu já tava no hospital...

Marta: Deve ter sido um anjo enviado!

Samuca sorri, ironicamente.

Samuca: Um anjo... É. Deve ter sido mesmo!


Samuca vai pra seu quarto e toma um longo e relaxante banho quente. Em seguida dorme até mais tarde, descansando todo o tempo perdido. Até que ele acorda, com Flora em pé o observando com seus olhinhos curiosos.

Samuca: Oi meu amor. Tá fazendo o que aí ?

Flora: Tio, você tá doente ?

Samuca sorri: - Não. Foi só um dodói que eu fiz. Isso é o que acontece quando as pessoas não dormem direito!

Flora: Eu vou cuidar de você pra não doer!

Samuca: Hum, gostei. Quero ser muito mimado! Mas sabe, só melhora se você me der muitos beijinhos pra sarar!

Samuca puxa ela pra cama, fazendo cócegas.

Vitória entra no quarto.

Vitória: Pare de perturbar seu tio.

Samuca: Ela não perturba não. Ela é a minha enfermeira particular, né não ?

Flora: Sou!

Vitória: Eu liguei na seguradora e já rebocaram seu carro, também liguei no seu trabalho e avisei do ocorrido.

Samuca: Obrigado. Mas mais tarde irei trabalhar.

Vitória: Falaram que não precisa.

Vitória: Só não entendi uma coisa. Quem te resgatou de lá ?

Samuca: Eu queria mesmo saber. Pra poder agradecer!


Cena 03 - Escritório - Manhã


Samuca chega para ver seu chefe.

Miguel: Fiquei sabendo do que aconteceu. Você está bem ?

Samuca: Não foi nada demais. Acabei de ver meu carro, até que o estrago não foi grande!

Miguel: Eu te falei que o lugar era lá onde judas perdeu as botas. Mas você quis! Ah, o chefinho quer falar com a sua pessoa.

Samuca: Obrigado, eu já ia passar lá mesmo!

Samuca vai até a sala de Mohamed, que estava preocupado, mas o convence de que está bem. Apesar disso, Mohamed o proíbe de trabalhar por alguns dias.

Samuca sai da sala dele, cabisbaixo.

Samuca: Ainda ganhei férias forçadas só por causa de um arranhão na testa! E agora, o trabalho é a única coisa que me mantém ocupado!

Miguel: Reclama não, macho! Se fosse eu, ia curtir era noite, isso sim!

Samuca sorri e volta pra casa. Pelo menos tinha sua sobrinha para alegrar seus dias. O primeiro e o segundo dia em casa foi tranquilo, e ele seguiu uma rotina de levar e buscar Flora na escola, fazer alguns pratos especiais e receber a visita de Marina e Luan. Mas no terceiro dia já não aguentava mais ficar em casa e resolve voltar a trabalhar, desrespeitando as ordens do patrão. Ele pega o carro de sua irmã e dirige até as obras.


Cena 04 - Fábrica - Manhã


Ao chegar, vira o centro das atenções. Todos curiosos, querendo saber o que aconteceu, mesmo ele deixando claro que foi só um susto. Ele vai até a sua sala e retoma as suas atividades, vendo tudo o que aconteceu nos últimos dois dias. No horário do almoço, Samuca dá de cara com Mohamed.

Mohamed: Achei que tivesse dito que não era pra você vir trabalhar!

Samuca: Eu não aguentava mais ficar em casa. E eu estou bem mesmo, de verdade. Descansei bastante esses dias!

Mohamed: Olha lá, hein.

Samuca volta a almoçar, e olha para seu chefe de canto de olho, sem entender porque ele está ali já que nunca aparece naquelas obras. Mas acha melhor nem perguntar e fica calado.

De volta à sua sala, ele bebe uma xícara de café enquanto olha para a janela. De lá, tem uma visão ampla do pátio e de todos os funcionários, quando algo chama sua atenção.

Samuca: Mas...

Ele se aproxima mais da janela, olhando bem pra ter certeza do que via.

Samuca: O que ele está fazendo aqui ?

Imediatamente Samuca sai da sala e desce as escadas, passando pelos operários e indo até o pátio.

Samuca: Ei!

Aquele rapaz de branco que ele tanto olhava se vira até ele. Trata-se de Vicente, que o olha nos olhos e abre um lindo sorriso.

Samuca: Eu me dei alta, você não entendeu não ? Foi o meu chefe quem te chamou até aqui ? Porque se foi isso, pode ir embora. Eu não vou pra hospital nenhum! - Esbraveja, com um olhar firme. Os dois se encaram. Vicente mantém seu sorriso educado.

Vicente: Desculpa ? Acho que eu não entendi.

Samuca: Eu já te falei. Pode ir embora!

Vicente desfaz o sorriso.

Mohamed chega no meio dos dois.

Mohamed: Vejo que já conheceu o nosso doutor!

Samuca olha para seu chefe sem entender nada.

Samuca: Como assim ?

Mohamed: Quero lhe apresentar o Dr. Vicente! Ele ira ministrar algumas palestras para os operários sobre prevenção de acidentes, primeiros socorros e auxiliar as equipes de trabalho no que eles precisarem!

Samuca abaixa a cabeça, constrangido. Não sabia aonde enfiar a cara. Já Vicente permanece com o olhar fechado, o que pesa ainda mais o clima.

Mohamed faz uma cara feia para Samuca, dando sinal para que ele cumprimente o médico.

Samuca estende a mão para ele imediatamente.

Samuca: Seja bem vindo. Meu nome é Samuel, ou Samuca como me chamam!

Vicente não estende seu braço, olhando no rosto de Samuca por alguns segundos.

Samuca fica visivelmente nervoso, até que Vicente estende o braço e aperta sua mão.

Vicente: Obrigado, me chamo Vicente!

Samuca: Seja bem vindo, Doutor!

Mohamed: Bom, preciso bater algumas áreas. Samuca, o Vicente ficará conosco por alguns dias. O que ele precisar, você ajuda!

Samuca: Claro!

Mohamed sai. Os dois ficam a sós.

Vicente: Desculpa.

Samuca: Oi ?

Vicente: Desculpa ter lhe decepcionado.

Samuca faz uma cara de quem não entendeu.

Vicente: Não é muito comum os médicos saírem por aí atrás dos seus pacientes! - Diz, com um ar de deboche.

Samuca lança um olhar mortal pra ele.

Vicente: Fique tranqüilo, não vim te levar a força para o hospital, só vim mesmo fazer esse trabalho com os operários. - Diz, abrindo aquele largo sorriso maroto novamente.

Vicente: Relaxa aí. Se quiser assistir a palestra, vai começar daqui a pouco.

Samuca: Obrigado, mas tenho muito trabalho a fazer! - Diz, virando as costas e indo embora, se sentindo envergonhado.

Samuca volta a trabalhar, mas logo sua atenção é despertada. Ele escuta a voz de Vicente no microfone, enquanto todos assistem atentos. O rapaz vai até a janela e fica observando.

Bem humorado, Vicente têm presença e parece ser uma pessoa que sempre vê o lado bom das coisas, e consegue se sair bem mesmo diante de um grande problema. O médico palestra sobre prevenção de acidentes e EPI, quando nota Samuca assistindo a palestra.

Vicente: Alguns cuidados parecem poucos, mas tem que se estender para fora do ambiente de trabalho também. Se sempre agirmos com prudência, com certeza evitaremos acidentes. Até mesmo no nosso dia a dia. No trânsito, por exemplo, quando atravessamos um sinal fechado, não usamos o cinto ou quando não respeitamos os limites de nosso corpo.

Vicente olha pra cima, se certificando de que Samuca assistia.

Samuca: Idiota, quem esse cara pensa que é ? Ele é muito idiota! Babaca, folgado, nojento!

Enquanto xinga, ele ouve os aplausos vindo lá debaixo.

Samuca volta para seus afazeres, tentando se concentrar apesar da raiva.






Cena 05 - Fábrica - Cozinha - Tarde


Samuca resolve comer alguma coisa, apesar de todo o mico que passou ele aproveita que a cozinha está deserta. O rapaz abre a geladeira e enche um copo com água, bebendo tudo em uma golada só. Ao se virar, leva um susto.

Vicente: Desculpa, não quis te assustar! - Diz, sempre com um sorriso no rosto.

Vicente: Ah, e fica tranquilo, viu. Não vim te levar a força não! - Provoca, dando risada da piada que ele mesmo fez. Já Samuca continua sério, sem achar a menor graça.

Samuca: Vai passar o dia todo aqui ?

Vicente: Não, é que alguns operários vieram conversar comigo, daí conversa vai, conversa vem, nem vi a hora passar!

Samuca: Fique a vontade.

Vicente: Obrigado!

Vicente fica sério e se aproxima de Samuca, que fica nervoso.

Samuca: Tá olhando o que ?

Vicente fica um tempo em silêncio, mas logo responde.

Vicente: Estava vendo a sua testa, mas parece que está tudo bem.

Samuca: Como eu te disse no hospital, eu tô bem!

Vicente: Acredito! Mas semana que vem passe lá para tirar os pontos. Bom, viu indo. Bom trabalho pra você!

Samuca: Obrigado!

Vicente: Ah, e cuidado com os excessos, hein. Nada de dormir de novo no volante! - Diz, dando risada enquanto sai.

Samuca: Idiota! - Cochicha.

Vicente é um pouco mais velho que Samuca e tem 37 anos. Médico de rede pública, tem imenso prazer em sua profissão e havia se formado há pouco tempo.


Cena 06 - Apê de Henrique - Sala - Fim de Tarde


Vicente chega no apê de Henrique e percebe que seu irmão não está. Ele se joga no sofá, abrindo a camisa.

Vicente: Que dia...


FLASH BACK

"Samuca: Eu me dei alta, você não entendeu não ? Foi o meu chefe quem te chamou até aqui ? Porque se foi isso, pode ir embora. Eu não vou pra hospital nenhum! - Diz, com um olhar firme. Os dois se encaram."

FIM DO FLASH BACK


Vicente começa a rir sozinho, se lembrando de todo mal entendido que havia ocorrido hoje. Em meio à sua rotina como médico, ele se envolvia em algumas outras atividades e foi através disso que Mohamed o contratou para esse trabalho na mesma obra que Samuca trabalha.


Cena 07 - Três dias antes - Fábrica - Noite


Após ser contratado por Mohamed, Vicente vai até a fábrica que está sendo construída conhecer de perto o local. Conversou com algumas pessoas, viu o que seria feito e como seria, até que fica tarde e ele resolve ir embora. Dirigindo em meio a neblina, Vicente nota algo estranho: Uma luz vinda do meio do matagal e a vegetação toda derrubada. Vicente para o carro e se aproxima para ver o que aconteceu. Ele se assusta ao ver o que parece um carro parado.

Vicente olha para os lados, receoso.

Vicente: Tem alguém aí ?

Ele se aproxima e vê o carro todo amassado e com os faróis acesos. O médico vê Samuca desmaiado com a cabeça sobre o volante, com a testa sangrando.

Vicente: Ei! - Chama, passando os dedos no pescoço de Samuca para sentir a pulsação, mas ele não esboça nenhuma reação.

Vicente: Cara, você me escuta ?

Vicente pega seu celular, mas em meio ao mato não tem sinal. Ele anda em volta do veículo, se certificando de que não há mais ninguém e volta para onde Samuca está e abre a porta. Mesmo não sendo o correto, ele decide tirar aquele homem do carro e levar para o hospital o mais rápido possível, pois naquele lugar não há sinal e dificilmente um resgate seria feito tão rápido. Ele o examina rapidamente e constata que Samuca aparentemente não sofreu nenhuma lesão grave e puxa seu corpo para fora do banco.

Vicente pega Samuca no colo, repousando com cuidado a cabeça dele em seu peito e o leva até seu carro, o acomodando no banco do carona. Novamente mede sua pulsação, passando a mão em seu rosto e prendendo o cinto de segurança. Em seguida vai para o banco do motorista, olhando o tempo todo para Samuca.

Vicente: Fique tranquilo, nada de ruim vai te acontecer. Eu vou te salvar!

Vicente volta sua atenção para a estrada e dirige até o hospital. Mas sempre mantendo o olhar em Samuca pelo retrovisor, que parece dormir como um anjo.


Cena 08 - Hospital - Noite - Ao som de Efeito Borboleta instrumental - Tristeza


Assim que chega, já há alguns enfermeiros a sua espera na entrada que prontamente colocam Samuca em uma maca e o levam para a emergência. Mesmo sendo seu dia de folga, Vicente troca rapidamente de roupa e fez questão de examinar seu paciente desconhecido.

Sua preocupação logo é desfeita, após detectarem que Samuca não havia sofrido nada grave, apenas uma batida na cabeça que o deixou desmaiado. Mesmo assim, ele resolve pedir alguns exames quando Samuca acordar.

Enquanto Samuca dorme, Vicente se aproxima e limpa o ferimento em sua testa. De maneira calma e delicada, aplica um anestésico para evitar fazê-lo acordar com dor e dá os pontos no ferimento, fazendo um curativo em seguida.

Vicente: Ainda bem que não foi nada. Eu disse que ia te salvar!

Enquanto Samuca permanece dormindo, Vicente abre sua carteira, como se quisesse encontrar algum dado dele, ou um telefone pra avisar pra alguém. Mas a primeira coisa que descobre foi o nome daquele estranho.

Vicente: Samuel...

Vicente repete o nome, olhando para a foto na carteira de motorista dele.

Vicente: Será que ele trabalha na obra da fábrica ? Para estar naquele lugar, com certeza sim...

O médico volta a passar a mão suavemente no rosto de Samuca, sentindo seus batimentos e sua pulsação.


Cena 09 - Apê de Vicente - Sala - Noite - Voltando para os dias atuais


Henrique: Acorda!

Vicente desperta de seu sono, assustado.

Henrique: Tá sonhando, é ?

Vicente: Acho que caí no sono.

Henrique: Tá de folga ?

Vicente: Não. Fui fazer um trabalho um pouco longe, e cheguei cansado. A mãe pediu pra eu vir aqui ver se está tudo bem contigo!

Henrique: Ela e suas preocupações. Vai dormir aqui ?

Vicente: Não sei.

Henrique: Bora aproveitar e dar uma festinha!

Vicente: Que festa! Já quer transformar a casa em um motel ?

Henrique: Deixa de ser chato! Sabe quem sempre pergunta de você ? A Mirella!

Vicente: Não quero nem saber!

Henrique: Então eu quero!

Vicente: Você não sabe o que quer. Já casou, separou e agora vive como um adolescente de novo!

Henrique: Ah, é ? E você ? Sabe o que quer ?

Vicente: O que eu quero acho que não existe mais nos dias de hoje...

Vicente sempre sonhou com um amor verdadeiro, mas com os 40 anos chegando na porta, esse sonho aos poucos estava se perdendo. Ele fica o resto da noite conversando com seu irmão, que não o via desde que sua mãe viajou para outra cidade.


Cena 10 - Casa de Marina - Sala - Tarde


Luan: Vim assim que você me chamou! - Diz, entrando e beijando Marina. Os dois se beijam intensamente.

Marina: Temos a casa inteira só pra nós. Meus pais não vão chegar nem tão cedo! - Diz, indo em direção a ele, mas Luan se afasta.

Marina: O que foi ?

Luan fica calado e hesita por um momento, mas resolve falar.

Luan: Até quando a gente vai ficar nessa ?

Marina: Nessa o que ?

Luan: Faça as contas. A gente tem esse lance há 8 anos! Você sai com quem você quer, eu também... Mas, relacionamento aberto... Olha a nossa idade. Não somos mais adolescentes, já já os 30 chega!

Marina abaixa a cabeça, pensativa.

Luan: Nem uma casa temos para nos ver a não ser a dos nossos pais! Você não percebe que eu te amo ? Eu quero mais do que isso, eu quero ser o seu parceiro fixo!

Marina: Me ama, é ?

Luan: Agora vai ficar convencida. - Diz, cutucando a barriga dela.

Marina: Mas até que você tá certo. Não dá mais pra continuar assim, temos que crescer!

Luan: Então casa comigo ?

Marina: Assim ? Não mereço nem um pedido desenhado no céu ?

Luan: Você nunca foi romântica. Só safada mesmo!

Marina: É, isso é verdade também, rs...

Os dois dão risadas e se beijam.

Luan: E então ? Vamos dar um rumo pras nossas vidas ?


Imagem de Marina congela em um efeito avermelhado.


Se encerra em Believer - Imagine Dragons


Continua.


2023 - DNA

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