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Seguindo em Frente | Capítulo 11


A seguir

Seguindo em Frente - Capítulo 11 +14


Cena 01 - Casa de Marina - Sala - Tarde - Ao som de Comunicação Falhou - Mari Fernandez feat. Nattan


Luan: Nem uma casa temos para nos ver a não ser a dos nossos pais! Você não percebe que eu te amo ? Eu quero mais do que isso, eu quero ser o seu parceiro fixo!

Marina: Me ama, é ?

Luan: Agora vai ficar convencida. - Diz, cutucando a barriga dela.

Marina: Mas até que você tá certo. Não dá mais pra continuar assim, temos que crescer!

Luan: Então casa comigo ?

Marina: Assim ? Não mereço nem um pedido desenhado no céu ?

Luan: Você nunca foi romântica. Só safada mesmo!

Marina: É, isso é verdade também!

Os dois dão risadas e se beijam.

Luan: E então ? Vamos dar um rumo pras nossas vidas ?

Marina: Claro que sim. Eu aceito. Bora aí ver no que vai dar!

Luan fica feliz e a pega no colo, a beijando com vontade.

Ela vira a cabeça pra trás, enquanto ele chupa seu pescoço, sentido o cheiro doce dela.

Luan coloca Marina em cima da mesa. Os dois não param de se beijar um só instante.

Ele desamarra a blusa dela e a joga no chão.

Ela desbotoa a bermuda dele e o puxa pra baixo, admirando o seu homem só de cueca em sua frente.

Luan olha para ela com tesão, deixando ela admirar seu corpo, e em seguida tira sua cueca, ficando completamente nu. Ele a deita na mesa e sobe em cima dela.

Luan segura o pescoço de Marina enquanto vai descendo com lábios pelos seios dela e pela barriga até chegar no short.

Marina morde os lábios e fecha os olhos, no auge do tesão.

Luan puxa o short e a calcinha dela de uma só vez, enquanto ela abre as pernas. Ele chupa o umbigo dela e vai descendo lentamente. Enquanto os dois se amam, a janela se abre com o vento, indicando que uma chuva está a caminho.


Cena 02 - Ao som de Golden - Harry Styles - O dia amanhece - Paisagens aéreas dos prédios de São Paulo - O sol nasce no horizonte


Cena 03 - Fábrica - Manhã


Samuca chega para mais um dia naquele fim de mundo onde está trabalhando. Apesar do sol escaldante, vários trovões e relâmpagos se ouvem.

Samuca: Bom dia.

Secretária: Bom dia!

Samuca: Que cheiro bom... É o que eu tô pensando ?

Secretária: Obrigada!

Samuca: Você fez aquele bolo de chocolate que eu tanto gosto, foi ? Não precisava! - Pergunta, sorrindo.

Secretária: Fiz sim. O Doutor Vicente pediu, ele também adora!

Samuca desfaz o sorriso e engole seco.

Samuca: Ah. O Doutor Vicente adora. Bom apetite pra vocês então! - Diz, fechando a cara e se retirando.

A secretária fica sem entender. Samuca vai pra sua sala, enciumado por não ser mais o queridinho de todos no trabalho, mas aos poucos ele se entretêm no trabalho e se esquece de tudo. E assim as horas se passam, até que uma voz chama a atenção do engenheiro.

Vicente: Posso entrar ?

Samuca: Em que posso lhe ajudar ?

Vicente: Não te vi na palestra de hoje!

Samuca: E por acaso eu fui em algum dia ?

Vicente fica constrangido.

Vicente: Ontem você foi...

Samuca: Escutei da janela, mas... Acredito que tenha sido a mesma coisa, não ? É que o trabalho que eu faço aqui é mais importante, então não posso perder tempo com qualquer coisa!

Um silêncio constrangedor paira no ar.

Vicente: Eu só vim te trazer isso!

Vicente coloca na mesa dele um pratinho com um pedaço de bolo.

Samuca: Obrigado, mas estou sem fome. Posso lhe ajudar com mais alguma coisa ?

Vicente: Sei que você é muuuuito ocupado e parar o seu trabalho é uma coisa muito grave, mas só vai demorar uns minutos! - Diz, ironicamente.

Samuca fecha ainda mais a cara.

Vicente puxa uma cadeira e se senta próximo a Samuca, mostrando alguns papéis.

Samuca sente o cheiro de Vicente próximo a ele. Um cheiro de perfume cítrico misturado ao cheiro natural daquele homem grande e forte. Samuca tenta se concentrar no que ele fala, sem saber se está incomodado ou gostando de sua presença ali.

Vicente: Eu fiz uma pesquisa com seus operários. Tenho uma proposta que acho que será interessante se vocês implantarem.

Vicente explica tudo de maneira calma, olhando sempre nos olhos de Samuca, que presta atenção em cada detalhe do médico. Seus olhos, sua boca, sua barba.

Vicente: Você entendeu ?

Samuca: Perfeitamente, mas esse tipo de proposta é apresentada ao RH!

Vicente: Eu sei, mas quis te mostrar primeiro!

Vicente encara Samuca, que fica desconcertado.

Samuca: Okay. Vou apresentar ao Seu Mohamed!

Vicente: Obrigado. Vou indo...

Vigente estende a mão para Samuca, se despedindo. Os dois se cumprimentam e o médico sai. Instintivamente, Samuca leva a mão até o rosto, sentindo o cheiro que havia ficado nela.

Samuca: Eu devo estar é louco, isso sim! - Diz a si mesmo, juntando seus papéis e pegando suas coisas pra ir embora, pois ainda tinha coisas para fazer no centro.




Cena 04 - Escritório de Mohamed - Tarde - Ao som de Tem Cabaré essa Noite - Nivaldo Marques & Nattan


Miguel: Me chamou, chefinho ?

Mohamed: Sim. Acho que está faltando alguma coisa na minha vida!

Miguel: Ah, isso é normal, visse. Na minha também tá, de preferência uma Lamborghini prata!

Mohamed: Eu não falo disso, idiota! Olha esse escritório... As minhas roupas mal passadas! Está faltando um toque feminino em tudo. A minha esposa não dá conta sozinha!

Miguel: Ah, hi é ? Você quer uma fêmea pra passar suas roupas ?

Mohamed: Não só isso. Eu ando economizando muito com funcionários e deixando de lado funções necessárias! A partir de hoje, eu quero que você procure uma doméstica para minha residência e uma para cá para o escritório também!

Miguel: Oxente, e eu ?

Mohamed: Você continua ajudando no necessário. Principalmente nas obras. Acabou essa vida boa de só atender telefone!

Miguel: Rapadura é doce mas num é mole não, viu! Sobrou foi pra mim!

Mohamed: E sem reclamar!


Cena 05 - Estrada - Tarde


Samuca está dirigindo por aquela velha estrada, quando escuta um estouro. Ele para o carro na mesma hora.

Samuca: Não... Não pode ser possível! É uma pegadinha, só pode!

Ele sai do carro e não sabe se ri ou se chora de ódio ao ver o pneu furado. Ele, que sempre tentou ser calmo em todas as situações, começa a cuspir fogo.

Samuca: Que merda! Ai que raiva, eu não acredito nisso! Tudo de ruim acontece comigo nesse lugar! - Esbraveja. O engenheiro abre o porta malas, sem ter noção de como se troca um pneu. Ele se irrita ainda mais ao ver que o carro de sua irmã não tem nem um estepe.

Samuca: O que eu faço agora, não tem nem sinal!

Debaixo daquele sol forte, Samuca já suava por baixo daquela roupa social. Ele resolve andar a pé mesmo torcendo para alguma alma caridosa aparecer e lhe dar uma carona. Mas como tudo que está ruim pode piorar, o tempo vira e começa a cair a maior tempestade. Samuca tenta se proteger e cobrir sua pasta, mas a chuva está forte demais. Ao ver que não ia conseguir, ele resolve voltar para o carro até a chuva passar.

Enquanto está voltando, ele vê um carro passando por ele. O carro para mais a frente, e Samuca corre até ele para pedir ajuda.

Vicente abre a porta do carro.

Samuca se assusta.

Samuca: Você ?

Vicente: Entra aí, a chuva tá muito forte!

Samuca: Obrigado, não precisa! - Diz, virando as costas e retomando o seu caminho.

Vicente se irrita.

Vicente: Onde esse idiota vai!

Samuca anda rápido, com a roupa toda encharcada.

Vicente sai no meio do temporal, se molhando todo.

Vicente: Espera aí, eu te levo!

Samuca não responde e segue o seu caminho.

Vicente o para, o puxando pelo braço.

Vicente: Qual o teu problema ?

Samuca: Eu falei que não, me solta! Eu sei me virar!

Os dois discutem debaixo da chuva, no meio da estrada, sobre o barulho dos raios e trovões.

Vicente: É perigoso ficar debaixo dessa chuva, vamos acabar ficando doente!

Samuca: Eu vou voltar para o meu carro...

Vicente: Você parece uma criança mimada! Porque você tem sempre que ser assim, com quatro pedras na mão ?

Samuca fica mais mais furioso, mas acaba cedendo por conta da sua pasta cada vez mais molhada. Estava com medo de perder alguns documentos importantes.

Vicente: Abaixe essa guarda um pouco. Vamos pro carro!

Os dois correm até o veículo, completamente molhados, e se acomodam.

Vicente liga o aquecedor.

Vicente: Tire essa camisa, antes que você pegue uma pneumonia!

Samuca: Não precisa, já já passa a chuva e vou embora.

Vicente, que sempre foi calmo e educado, fala firme e grosso com Samuca.

Vicente: Faça logo o que estou mandando cara, tire essa blusa antes que fique doente!

Samuca se sente intimidado com o tom dele e tira sua camisa, que está toda ensopada, enquanto Vicente procura algo no banco traseiro.

Samuca fica com o peito nu, ainda com muito frio.

Vicente lhe entrega uma camisa.

Vicente: Vista isso. Está seco, vai te aquecer!

Samuca: Não precisa, eu...

Vicente faz uma cara feia.

Samuca acaba obedecendo e pega a camisa, vestido-a.

Vicente o observa, olhando o tempo todo pra ele, e em seguida faz o mesmo e tira sua camisa.

Samuca não deixa de observar o corpo do médico. Seu peitoral peludo, as axilas, os pêlos que vão descendo pela barriga até sumir por dentro da calça...

Vicente coloca uma camisa seca.

Vicente: A chuva está aumentando, vou esperar melhorar para ter mais visibilidade e vamos embora daqui.

Samuca: Tanto faz.

Vicente: Ainda está com frio ?

Samuca: Tô de boa. Obrigado, Doutor!

Vicente: E a história se repete. Nós dois aqui, no meio dessa estrada deserta!

Samuca: Como assim ?

Vicente sorri pra ele.

Vicente: Você nunca se perguntou quem te resgatou dessa estrada, quando você bateu o carro?


Imagem de Samuca congela em um efeito azulado.


Se encerra no refrão de Crazy in Love ( Of Gray Remix ) - Beyoncé


Continua...


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