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Seguindo em Frente - Capítulo 17 +14
Cena 01 - Pousada - Quarto - Noite
Vicente: O que você vai fazer ?
Samuca olha com um sorriso malicioso para ele, e em seguida alisa as coxas de seu amado.
Samuca: Agora você é o meu paciente!
Samuca beija a barriga de Vicente, e vai subindo com a língua até o meio de sua barriga.
Vicente: Para de me torturar! - Pede, com a respiração acelerada.
Samuca: Quieto! - Provoca.
Samuca começa a lamber os mamilos de Vicente, sugando de leve o bico do seu peito e vai subindo até seu pescoço, sentindo a barba dele arranhando seu rosto, até ficarem de frente um para o outro.
Samuca segura os braços de Vicente para cima da cabeça dele e começa a beijá-lo, impedindo que Vicente o toque.
Samuca: Eu te amo...
Vicente: Porque você tá fazendo isso comigo ? Quer me matar de tesão, é ?
Samuca apenas sorri, enquanto beija a orelha dele.
Vicente morde o pescoço dele, deixando-o todo arrepiado.
Em um impulso Vicente se vira na cama e fica com cima de Samuca. Agora é a sua vez de imobilizá-lo.
Vicente: E agora, hein ?
Samuca: Golpe baixo, eu não estava esperado!
Vicente: Agora você vai ver o que vai te acontecer! - Diz, virando ele de bruços.
Vicente dá um forte tapa na bunda de Samuca, deixando a marca de sua mão na pele dele.
Samuca dá um gemido de dor e prazer.
Vicente dá mais um tapa, provocando-o.
Samuca: Ai!
Vicente dá um beijo na bunda dele, passando a língua pelas nádegas e dando uma mordida de leve.
Samuca aperta os lençóis. Os dois se amam como se não houvesse amanhã, até o dia raiar.
Cena 02 - Casa de Dona Benedita - Cozinha - Manhã
Dona Benedita prepara o café da manhã de Rosinha para a moça ir trabalhar.
Ela coloca sob a mesa um copo de café com leite e pão com ovo. Rosinha olha com cara de nojo, mas disfarça.
Rosinha: O mesmo de ontem...
Dona Benedita: Não gostou ? Desculpa a tua vó, é que só sobrou o dinheiro do meu remédio da coluna! Mas o pão tá fresquinho, tá quente. Só tinha esse que eu deixei pra você! Pra você ir trabalhar bem alimentada!
Rosinha: Ah, obrigada. E a senhora, não vai comer nada ?
Dona Benedita: Ah, eu me viro. Depois eu faço um chá que tem ali. Não se preocupa comigo não! Só de te ver trabalhando assim já me sinto feliz. Ôh glória, você não sabe o orgulho que eu sinto de você, minha neta!
Rosinha: Obrigada, vó. O que seria de mim sem o seu apoio. Mas sabe, eu tô meio atrasada, eu acho que vou ir comendo no caminho!
Dona Benedita: Ah, é ruim merendar assim nas carreira! Tem que ser com calma.
Rosinha: Eu sei, mas é que ainda tô no início, né... Não posso me atrasar! - Diz, enquanto bebe um pouco do café e dá um beijo na sua vó. Ela pega o pão e vai embora.
Dona Benedita: Que orgulho. Com medo de se atrasar. Acordando cedo e dando duro na vida... Como eu queria dar uma vida boa pra ela, minha nossa senhora! - Lamenta, enquanto segura no terço.
Na rua, enquanto vai pro ponto, Rosinha pega o pão e joga em uma lixeira.
Rosinha: Prefiro passar fome do que comer isso. Mas deixa. Deixa que é por pouco tempo!
Cena 03 - Casa de Marina - Cozinha - Manhã
Sol prepara o café da manhã de sua família. Ela organiza toda a mesa, sempre com sua mania de organização, deixando tudo limpo e organizado. Ela olha a hora e revira os olhos.
Sol: Esses preguiçosos ainda não levantaram. Todo dia isso!
A dona de casa sai da cozinha e sobe a escada, indo até os quartos chamar Marina e João para comerem.
A câmera foca na cozinha, sem ninguém e silenciosa, com alguns raios de sol entrando pela janela acima da pia.
Sol anda pelo corredor, e abre a porta do quarto de Marina.
Marina: Tá muito tarde, não acha não mocinha ?
Marina se revira na cama.
Marina: Só mais 5 minutos!
Sol: Tá bom, mas não dorme de novo, hein ? O café vai esfriar.
Sol sai do quarto e deixa a porta encostada.
Ela vai até seu quarto e chama João, que lava o rosto.
Sol: Vem amor, você sabe que eu gosto de todo mundo junto no café. E eu fiz panqueca!
João: Que delícia, amor. Já começa o dia bem, rs. Já tô descendo!
Sol agarra o marido por trás e dá um beijo no pescoço dele. Em seguida ela sai, passando pelo corredor e descendo a escada, voltando para a cozinha novamente.
Ao chegar lá, Sol dá um grito de horror com o que vê.
João escuta o grito da sua mulher e desce correndo, assustado. Marina se levanta, sonolenta e sem entender o que está acontecendo, e também vai atrás saber de onde veio o grito.
João chega na porta da cozinha, seguido de Marina.
João: O que foi, mulher ?
Se tremendo toda, Sol aponta para a cozinha.
Todas as portas e gavetas do armário estão abertas. O café está derramado sobre a mesa, e as panquecas não estão mais nos pratos. Os talheres estão todos jogados no chão, e a torneira aberta.
Os três ficam sem reação, sem entender nada.
João: Mas... O que... Eu não entendi. O que aconteceu aqui ?
Marina corre pra olhar as portas.
Marina: Vou ver se tá tudo trancado, vai que alguém entrou!
Sol começa a chorar, nervosa e arrepiada.
João a abraça.
João: Calma, meu amor!
Marina: Tá tudo trancado. Porta, janela... Não teria como alguém entrar!
João: Mas entrou, não há outra explicação!
Sol: Eu não quero mais ficar aqui sozinha!
Marina olha para a pia.
Marina: Mãe... Você fez as panquecas em que ? A louça está toda limpa!
Sol: O que ? - Diz, correndo pra olhar a pia. Não há nada sujo e a louça está lavada.
Sol: Mas... Eu não lavei nada. Tava tudo aqui sujo com as coisas que eu usei pra fazer o café!
Marina: Mas você fez o café mesmo ? Olha, se não tiver feito, não tem problema, a gente faz ou pede alguma coisa!
Sol: Tá dizendo que eu tô louca! - Esbraveja, ainda mais nervosa.
Sol: Eu fiz todo o café da manhã, deixei a louça suja na pia e o restante tava tudo organizado. Não tinha nada aberto, tava tudo limpinho! - Diz, chorando.
João: Calma, meu amor. A gente acredita em você, só ficamos assustados. Vamos encontrar uma explicação! - Diz, voltando a abraçar sua esposa.
Sol: Eu não tô louca! Eu sei muito bem o que eu fiz!
Marina olha em volta do ambiente, sentindo um arrepio. João olha para a filha, com um olhar preocupado por sua esposa.
Cena 04 - Ponto de Ônibus - Manhã
Rosinha aguarda o ônibus, no ponto lotado de gente. O sol brilha forte no céu. Ela começa a ficar sem paciência.
Miguel dirige ali por perto e se espanta ao ver a moça. Imediatamente ele dá ré em direção aonde ela está.
Miguel: Você ?
Rosinha tenta reconhecer aquele rosto, que lhe parece familiar.
Miguel levanta seus óculos escuros e sorri pra ela.
Miguel: Entra aí!
Cena 05 - Casa de Marina - Varanda - Manhã
Viriato e João andam pelos arredores da casa, tentando achar alguma possível entrada onde alguém poderia invadir a casa, mas não encontram nada.
João: Isso não faz nenhum sentido! Você tem certeza que não viu ou ouviu nada ?
Viriato: Não senhor. E olha que eu estava bem aqui regando as flores. Se tivesse mesmo entrando alguém, eu seria o primeiro a ver. E também ninguém consegue invadir sem fazer barulho.
João: É verdade.
Viriato: E o senhor disse não ter ouvido nada...
João: Quanto mais tento entender, mais confuso eu fico!
Viriato: Mas pode ficar sossegado, que aqui ninguém mexe não. Eu tô sempre de olho, e tenho o sono leve!
João: Obrigado, Viriato. Isso me tranquiliza mais. - Diz, dando um tapinha cordial nas costas dele.
João entra e Viriato volta pro seu serviço, de olho em seu redor.
João: Ele vão viu nada. Mas vai ficar mais atento a partir de hoje!
Sol: Obrigada, meu amor. Fico mais calma!
João a abraça, confortando sua esposa.
Cena 06 - Faculdade - Manhã - Ao som de Take a Moment to Breathe - Normal the Kid
Luan chega para mais um dia de estudos. Ele anda pelo corredor olhando em volta, como se tivesse procurando por alguém em meio aquela multidão de alunos. Durante a aula, não consegue se concentrar. Todos os seus pensamentos são apenas no seu relacionamento com Marina, que havia esfriado, e em Hanna. Sua misteriosa colega de sala que não saía de sua cabeça, mesmo ele não querendo. Imagens dela passava a todo momento por sua mente, por mais que tentasse, ele não conseguia decifrar qual era a dela. Seu olhar, seu sorriso, seu cheiro doce que perfumava todo o ambiente por onde ela andava. Seu corpo magro e frágil...
Luan olha para a cadeira onde Hanna senta. Ele esfrega seus olhos, tentando se concentrar.
Luan: Eu devo tá ficando é louco!
Cena 07 - Pousada - Quarto - Manhã
Samuca acorda antes de Vicente e fica deitado de lado admirando seu namorado dormir e vê-lo despertar se espreguiçando todo.
Samuca: Bom dia.
Vicente: Bom dia!
Samuca: Dormiu bem ?
Vicente: Demais da conta!
Samuca sorri, feliz.
Vicente: Mas agora tenho que me arrumar pra ir embora... O trabalho me espera!
Samuca: Eu vou com você!
Vicente: Imagina, fica aí curtindo, você tá de férias. Eu quero que você aproveite esse lugar ao máximo!
Samuca puxa Vicente para seu peito, fazendo carinhos em sua cabeça.
Vicente: Já te disse que te amo?
Samuca: Acho que hoje só umas 20 vezes.
Vicente: Humm, será que até eu ir chega nos 100 ?
Samuca: Porque não vai tentando ?
Vicente volta a beijá-lo, soltando um “eu te amo” sem seguida, repetindo o beijo novamente.
Vicente: Bom, acho que já vou...
Samuca: Vai com meu coração!
Vicente: Já tô com ele, bem aqui guardado no meu peito, rs. Ah, e vou com sua roupa também, depois te entrego lavadinha.
Samuca: Não esquenta com isso! Mas vamos dar um passeio rápido antes de você ir ?
Vicente: Hum, deixa eu ver... Claro que sim, haha!
Os dois fazem um passeio sozinhos, andando por algumas trilhas, e tiram várias selfies juntos, como se fossem melhores amigos. Como havia pessoas no local, eles se controlam para não se beijarem, e pega um na mão do outro com a ponta dos dedos, discretamente. Vicente e Samuca se olham e sorri um para o outro.
Ao final da manhã, eles voltam para o quarto e Vicente se organiza pra ir embora.
Samuca se escora na parede, o observando.
Samuca: Porque tudo o que é bom dura pouco ?
Vicente: Mas não acabou, meu amor. Tá só começando! - Diz, dando um beijo nele e indo em direção a porta.
Samuca já está abrindo a porta quando seu namorado a segura e o olha nos olhos.
Vicente: Eu vou te esperar!
Samuca: Espere sim, não vejo a hora.
Já estou com saudades antes mesmo de você ir!
Vicente dá um beijo calmo e sereno em Samuca, o abraçando em seguida.
Samuca o acompanha até o carro, despedindo-se de vez.
Samuca: Vai com Deus meu amor, eu te amo!
Vicente: Sonhe comigo!
Vicente liga o carro e vai saindo, sob os olhares de seu amado.
Samuca observa seu amor indo embora, se afastando cada vez mais, e vendo o carro aos poucos sumindo na estrada.
Se os dois estão preparados para o que está por vir, somente o tempo dirá.
Imagem aérea do carro indo embora congela em um efeito alaranjado.
Se encerra em Preciso me Encontrar - Cartola
Continua...
2023 - DNA
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