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Foto do escritorDNA Web Studio

Seguindo Em Frente | Capítulo 22


A seguir

Seguindo em Frente - Capítulo 22 +14


Cena 01 - Casa de Praia - Varanda - Tarde


Vicente: Não sabia que viria.

Mirella: Seu irmão insistiu, resolvi vir de última hora.

Henrique: Algum problema, Vicente ?

Vicente: Por mim...

Mirella e Marina se olham com ódio.

Mirella: Oi queridinha. Você por aqui... Já se vacinou contra a raiva ? Porque aquele dia você só faltou me morder que nem uma cachorra, hahaha...

Marina: Eu vou quebrar a cara dela de novo...

Luan a segura.

Luan: Se aquieta aí.

Mirella: Até que esse lugar é bonito. Não tava dando nada por ele quando o Henrique me chamou.

Henrique: Vamos levar as coisas lá pra dentro.

Mirella: Ótimo, esse sol tá insuportável! Aí, será que tem mosquito aqui ? - Pergunta, aflita.

Mirella: Ei, leva a minha mala pra dentro, por favor. Mas cuidado, quem tem uns perfumes caríssimos aí dentro! - Dispara para Samuca, passando por ele sem nem olhar.

Vicente: Ele é meu convidado, não trabalha aqui.

Mirella para e se vira, olhando Samuca de cima a baixo, com nojo.

Mirella: Que gafe. Pela cara, achei que fosse o caseiro!

Samuca tenta se controlar, com ódio, e olha para Vicente. O restante do pessoal vai se dispersando.

Marina: Escreve o que eu tô falando. Eu vou quebrar a cara dessa mina hoje!

Samuca: Você ainda não viu nada.

Alves liga o som estralando e abre uma latinha de cerveja, enquanto o restante vai terminando de se organizar.

Luan: Tem três quartos, como vai ficar organizado ?

Mirella: Eu e o Vicente fica com um. E vocês dividem o resto!

Marina: Eu tenho outra ideia. Um quarto só de meninas e um quarto só de meninos. Como você é a única sem um namorado, coitada... Quer dizer, solteira. Não vai se importar, né ?

Luiza: Por mim tudo bem!

Vicente: Fechado assim.

Mirella se treme de raiva, desejando tudo de ruim mentalmente para Marina.

Após se organizarem, eles pegam os guarda-sol e vão para a areia, formando pequenos grupos.

Vicente e Samuca ficam juntos o tempo todo, mas Mirella não dá sossego um só minuto.

Ela tira sua toalha, exibindo um biquíni minúsculo que não cobre quase nada. Alves tenta desviar o olhar e Luiza fica enciumada.

Luiza: Não tinha um biquíni maior não, querida ?

Mirella: Até tinha, mas... O que é bonito é pra ser mostrado. Pega a dica aí, fia.

Marina sorri, se segurando.

Henrique olha para Mirella fascinado com a beleza dela.

Mirella: Vi, passa protetor nas minhas costas ?

Samuca olha instantaneamente para ele. Henrique também olha para seu irmão. Vicente fica sem reação.

Henrique: Passa pra ela, Vicente.

Marina: Eu passo pra você, fofa. - Diz, tomando o protetor da mão dela.

Marina: O que aconteceu naquela balada aquele dia ficou no passado. Seremos amigas, e não me custa nada fazer esse favor!

Mirella: As mãos do Vicente são mais fortes, querida. Eu prefiro ele.

Marina: Eu sei, mas não fica bem uma solteirona encalhada ser massageada por outro homem. Não me custa fazer isso! - Dispara, passando o creme nas costas dela.

Mirella: Você deveria passar desse também, pra não ficar com mais manchas! - Provoca.

Henrique observa alguns olhares entre Samuca e Vicente, e fica desconfiado.


Cena 02 - Mansão de Mohamed - Sala - Tarde - Ao som de instrumental 'Cruel' - Eduardo Queiroz


Rosinha está varrendo a sala, quando Mohamed chega.

Mohamed: Boa tarde.

Rosinha: Boa tarde, Seu Mohamed! Chegou cedo.

Mohamed: Só passei para descansar um pouco. Hoje o dia foi corrido, e não tenho mais a mesma disposição de antes! - Afirma, se sentando no sofá com um jornal nas mãos.

Rosinha: Que isso, o senhor é novo. Tá vendendo saúde!

Mohamed dá risada. - Queria que fosse assim, menina!

Rosinha continua varrendo, o olhando com o canto do olho.

Mohamed abre o jornal e começa a ler.

Rosinha sobe discretamente sua saia do uniforme e se abaixa para varrer debaixo de um móvel, de modo que a sua calcinha apareça.

Mohamed acaba olhando sem querer e fica desconcertado. Ele volta a olhar para o seu jornal, tentando se concentrar.

Rosinha se levanta, e de costas, dá um sorriso malicioso.


Cena 03 - Praia Deserta - Tarde


Samuca está em um lugar mais afastado da praia, atrás de uma rocha, sozinho.

Vicente: Tudo bem ?

Samuca: Sim...

Vicente: Meu amor, me desculpa, eu não podia imaginar que meu irmão ia arrastar ela até aqui...

Samuca: Tudo bem. Não foi culpa sua. Ele fez isso de caso pensado, porque deve desconfiar de nós e queria te jogar pra cima dela...

Vicente abaixa a cabeça, pensativo, e em seguida volta a olhar pra ele.

Vicente: Queria tanto te beijar agora...

Samuca: Mas acho melhor você ficar quietinho aí. Seu irmão não vai dar descanso!


Mirella, Marina e Luiza estão deitadas se bronzeando.

Marina: Sabe, dou o maior valor pra você. Sou sua fã!

Mirella: É mesmo ?

Marina: Claro, pô. Você está super certa em não ter vergonha do seu corpo e usar um biquíni pequeno assim... Não é porque está um pouco mais cheinha que tem que ter vergonha. Acho um absurdo esses preconceitos.

Mirella: Tá me chamando de gorda ?

Marina: Imagina, menina. Tá na moda ser cheinha hoje em dia. Ainda mais você, que tem um rosto meio masculino. É tendência!

Mirella: Dá licença! - Diz, se levantando e indo para a água.

Luiza: Não está pegando muito pesado não ?

Marina: Você não viu nada. Eu vou fazer uma canja dessa galinha hoje!


Samuca observa de longe Henrique e Vicente conversarem, distraídos.

Ele fica olhando para a correntinha no pescoço de seu namorado. Ele acha uma grande coincidência ele ter uma corrente igual a que Bruno foi presenteado no passado. Samuca tenta não pensar nisso, mas os pensamentos insistem em vir. É inevitável. Ele sente que há algo por trás disso.


Já passa das duas da tarde, quando todos se reúnem e decidem voltar para a casa para almoçar. Menos Vicente e Samuca.

Marina tempera uma salada, enquanto Luan e Luiza servem os pratos.

Henrique olha em volta: - Cadê o Vicente ?

Alves: Eu não o vi. Ele deve ter ficado na praia mais o amigo dele!

Henrique não faz uma boa cara com o que escuta.


Cena 04 - Mansão de Mohamed - Quarto - Tarde


Rosinha: Me chamou, Dona Ayla ?

Ayla: Sim. Vamos ao shopping comigo. Preciso comprar uma pulseira nova para o meu jantar com o Mohamed!

Rosinha: Para o shopping ?

Ayla: Sim. Porque essa cara ?

Rosinha: Que chique. Eu nunca fui em um shopping antes!

Ayla: Mentira ?

Rosinha: É que lá no convento elas falavam que isso é luxúria. Mas eu sempre tive vontade de ver como é!

Ayla: Luxúria, hahaha. Venha, um pecadinho ou outro de vez em quando não faz mal. Coloque uma roupa, você vai me dar uma opinião!

Rosinha sorri, animada.


Cena 05 - Praia Deserta - Tarde - Ao som de Infinity - The XX


Vicente e Samuca vão para um lugar deserto da praia, se afastando um pouco e subindo em algumas pedras, se afastando da visão de todos.

Vicente o abraça e o empurra contra uma árvore.

Samuca: Que fogo é esse, hein doutor ?

Vicente: Tô me segurando há muito tempo. Não sei se consigo mais! - Diz, passando a mão na bunda dele e apertando com força.

Vicente: Você tá uma delícia com essa sunguinha!

Vicente vai descendo sua boca pelo pescoço de Samuca, que aperta o pênis dele pela sunga, massageando de leve.

Samuca: Isso é loucura.

Vicente: Você me deixa louco! - Fala, abaixando a sunga de seu namorado sem o menos esforço, o deixando completamente nu.

Samuca: E se alguém nos ver...

Vicente: Deixa ver! - Dispara, sorrindo e beijando sua boca, enfiando a língua com força.

Samuca retribui os beijos, excitado.

Samuca: Eu te quero dentro de mim!

Vicente: Pede de novo!

Samuca: Eu te quero todo dentro de mim, doutor! - Responde, apertando a sunga dele.

Vicente se livra de sua sunga e o vira pra trás, com violência.

Ele afasta as pernas de seu namorado, apertando a bunda dele.

Vicente: Que delícia, já está com marquinha.

Os dois fazem sexo naquele lugar isolado e paradisíaco, mesmo com o perigo de poder serem vistos a qualquer momento. Após matarem a vontade um do outro, eles vão para a água e se beijam, agarrados, debaixo daquele sol quente. O casal se abaixa e fica totalmente submersos, se beijando debaixo d'água. Após esse momento de pegação, Vicente se joga na areia, com os olhos fechados por conta do reflexo do sol diretamente em seu rosto. Samuca chega por cima dele, do lado oposto ao que ele está deitado, e beija a ponta dos lábios do médico.

Vicente: Que loucura. Eu nunca tinha feito isso, assim...

Samuca: Eu vou querer sempre!

Vicente: Safadinho... - Provoca, se virando até ele.

Os dois se olham nos olhos. Samuca morde os lábios, sem tirar os olhos de seu amado.

Vicente passa seus dedos na boca dele, sentindo sua pele quente, e o puxa para um beijo quente e apaixonado de língua. Ele roça sua barba no pescoço de Samuca, o deixando todo arrepiado.

Henrique: Que porra é essa ???

Vicente dá um pulo, olhando assustado para seu irmão, que está há alguns metros dele com um olhar de ódio.

Samuca fica sem reação.


Ao som de instrumental Escorpión - Alex Sirvent


Vicente: Eu posso te explicar!

Henrique: Explicar o que ? Não tem explicação para a aberração que eu acabei de ver!

Samuca: Vocês precisam conversar!

Henrique: CALA A BOCA! - Grita, dando um empurrão em Samuca, que cai pra trás na areia.

Vicente se atravessa na frente dele.

Vicente: Não toque nele!

Henrique: Você vai defender esse cara ?

Vicente: Já te falei, não toque nele. Eu o amo!

Henrique: Você... Você é viado ?

Vicente: Não fala assim comigo!

Henrique: Você virou isso aí e ainda defende esse viado! Você não precisa disso, você pode ter a mulher que quiser!

Vicente: Eu não quero mulher nenhuma, Henrique. Eu não queria que fosse dessa forma... Mas agora que você já sabe, é isso mesmo que você viu! Eu sou gay e estou com o Samuca!

Henrique coloca as mãos atrás da cabeça.

Henrique: Isso não tá acontecendo... Eu não tô acreditando! Meu irmão, olha pra você! Você é médico, olha pra esse cara! Você quer mesmo ser a chacota da sociedade ? E a mãe, quando ela souber ? Você acha que ela já não sofreu demais com tudo que te aconteceu!

Vicente olha para seu irmão, enquanto suas lágrimas caem sem esforço algum.

Samuca se levanta e fica do lado de Vicente.

Samuca: Ele pode não ser o que você imaginava. Mas não se esqueça que ele é o seu irmão... Até 5 minutos atrás você o amava! E se for verdadeiro, não vai deixar de amar por isso.

Henrique: EU não vou aceitar isso! Eu já tava desconfiando. Intuição de policial não falha, eu farejo coisa errada de longe! Mas eu não queria aceitar... Meu próprio irmão!

Vicente tenta falar algo em sua defesa, mas não consegue. Se sente em uma situação de passividade que nunca passou antes.

Henrique: O que as pessoas vão falar, imagina se meus colegas descobrem isso! Até eu perco minha reputação naquela delegacia!

Samuca: É com isso que você se importa ?

Henrique: Mano, cala a boca, se não eu te quebro inteiro!

Samuca dá um passo a frente.

Samuca: Eu não tenho medo de você!

Vicente: Parem! Vai embora, Henrique. Por favor! Depois a gente conversa.

Henrique: Então é isso mesmo que você quer ? Virar uma bicha!

Vicente: Não fale assim, não percebe que tá me ferindo ?

Samuca abraça Vicente. Os dois encaram Henrique, que fica enojado ao ver a cena.

Henrique: Eu não sei nem o que falar... Que desgraça! Só penso no desgosto que a mãe vai sentir. Eu não fico mais nem um minuto aqui! - Dispara, saindo vermelho de tanta raiva.

Samuca: Não fica assim, meu amor...

Vicente: Eu já esperava que ele fosse reagir mal quando soubesse. Mas não estava preparado pra esse momento. E tampouco imaginava que seria dessa forma!

Samuca: Ele foi pego de surpresa. Tá nervoso, as coisas irão se acalmar. Dê um tempo pra ele!

Vicente: Eu não queria que fosse assim. Eu não queria magoar a minha família. Mas o que mais me dói foi ver a cara de nojo com que ele me olhou... Logo ele. Sempre fomos tão unidos!

Samuca: E é justamente por isso que essa união não vai acabar. Dê tempo ao tempo! - Consola, abraçando Vicente e enxugando suas lágrimas com o dedo. O médico chora em silêncio, arrasado.


Henrique entra com tudo dentro da casa e vai direto pro quarto. Ele entra tão rápido, que seus amigos, na varanda, nem o percebe. Exceto Mirella, que nota seu transtorno e fica desconfiada. Ele começa a arrumar suas malas: Aquela viagem mal havia começado, mas pra ele era o fim. Algumas lágrimas descem de seu rosto.

Samuca e Vicente também aparecem e entram em silêncio. Mirella acha o clima estranho e vai atrás.

Mirella: Vicente, você sumiu, amor. Onde você tava ??

Samuca: Dá um tempo, garota! - Pede, empurrando ela para o lado, já sem paciência.

Mirella: Que isso! Será que eu posso conversar com Vicente ? Ou você virou o dono dele ?

Vicente: Mirella, eu não quero conversar com você. Me deixa em paz! Aliás, eu não sei nem o que você tá fazendo aqui ainda. Eu não te convidei... Eu fui muito claro aquele dia!

Mirella: Porque falar assim comigo ?

Vicente: Eu estou sendo educado até demais. Você não desgruda um só momento! Não dá pra ver que agora eu não quero conversar ?

Mirella: Quer saber, não sei nem porque eu aceitei vim mesmo. Você e o seu irmão convidaram um monte de gentalha!

Samuca: Se somos gentalha então junta suas tralhas e dá o fora daqui, garota! Não vê que tá sobrando ?

Mirella encara Samuca com ódio. Tanto ódio que nem percebe o climão entre eles dois.

Vicente entra no quarto.

Vicente: Eu quero falar com você.

Henrique: Não tenho nada pra falar.

Vicente: Por favor!

Henrique pega sua mala e sai do quarto, o deixando falando sozinho.

Marina vê a movimentação de longe e vai falar com Henrique, que guarda suas malas no carro.

Marina: Licença...

Henrique: Oi.

Marina: Mal nos conhecemos ainda, né... Mas não repara não. Eu sou meio intrometida! Eu vi o jeito que você falou com seu irmão.

Henrique: Não quero falar disso.

Marina: Olha, eu conheço o Vicente há pouco tempo também. E nas vezes que ele falava de você, sempre foi com o olhos brilhando. Seja o que tenha acontecido, não deixe que isso atrapalhe a amizade de vocês.

Henrique: Não é tão simples assim. Meu irmão mudou, se afastou de mim...

Marina: Ele não mudou não, ele só está amando. Antes você não via isso, pois ele não tinha a pessoa maravilhosa que ele tem ao lado dele hoje. E não só isso, ele também vivia de uma forma privada por medo de te decepcionar... Não parece algo justo!

Henrique: Você sabe...?

Marina: Claro que eu sei, sempre torci pelos dois.

Henrique: Mas isso é errado!

Marina: Errado porquê meu Deus ?

Henrique: Nós fomos criados juntos, crescemos juntos. Sempre imaginei nós dois trabalhando, cada um com sua família, esposas, filhos...

Marina: Você idealizou isso, mas algum dia você parou pra perguntar a ele, se esse era o ideal de vida dele ?

Henrique: Tudo por causa daquele cara.

Marina: O nome dele é Samuca, e ele é o namorado do seu irmão.

Henrique: E você fala isso assim ?

Marina: E tem outra maneira de falar ? É a verdade. Você quer que o seu próprio irmão viva infeliz só pra te agradar ?

Henrique: Eu não posso acreditar que o meu irmão tenha virado uma bicha!

Marina: É isso mesmo que você acha que seu irmão é ? O fato dele se apaixonar por outro cara não o diminui em nada. Do jeito que você fala, parece que ele morreu ou que tem uma doença terminal! Você mais do que ninguém conhece o Vicente, você acha mesmo que ele merece o seu desprezo ?

Henrique sente sua consciência pesada. Mesmo sendo um cara durão, no fundo ele ama o seu irmão com todas as forças, e sente uma pontada de culpa. Ele abaixa sua cabeça, com os olhos vermelhos. Marina segura suas mãos.

Marina: Não permita que uma história incrível entre dois irmãos acabe dessa maneira... Só depende de você.

Os dois são interrompidos por Mirella.

Mirella: Desculpe, não sabia que vocês estavam aqui fora. Licença! - Diz, saindo rápido.

Marina: Pense no que eu te falei e se dê uma oportunidade de conhecer melhor o Samuca!

Henrique: Nunca, não quero conversar com esse cara!


Cena 06 - Shopping - Tarde


Ayla estaciona o carro.

Rosinha olha fascinada ao redor.

Rosinha: Nossa... Que lugar lindo!

Ayla: Calma, menina! Isso aqui é só o estacionamento. Não tem nada bonito aqui, rs. Vou te mostrar o que é bonito de verdade!

As duas descem do carro e entram no shopping.

Os olhos de Rosinha brilham com tanto luxo, joias, roupas e comidas caras. Sem contar na decoração do local.

Rosinha: Meu Senhor! Eu nunca tinha visto uma coisa tão bonita assim. Estou emocionada!

Ayla: Garota... Às vezes acho que você não é desse planeta! Um shopping é uma coisa tão comum.

Rosinha: Não pra mim.

As duas entram em uma loja de joias sofisticada.

A vendedora recepciona Ayla com um café e alguns cookies.

Rosinha fica olhando admirada para alguns anéis, e se assusta com o valor deles.

Ayla: Eu quero uma pulseira em ouro fino. Sabe, uma coisa bem discretinha mesmo, pra um jantar muito especial que vou ter!

Vendedora: Eu sei como é. Eu tenho uma coleção nova aqui que o maridão vai adorar com toda certeza! É uma coleção exclusiva, que será lançada somente em 2024. Mas, como a senhora é de casa...

Ayla: Ai, que privilégio!

A vendedora abre uma maleta em couro com detalhes em diamante puro, exibindo várias pulseiras de ouro, nos mais diferentes formatos.

Rosinha se esquiva, tentando ver discretamente.

Ayla: São bonitos. Lembra uma coleção que eu havia comprado na França... Tá lá em casa, nem cheguei a usar, acredita ? E nem vou mais. Tá fora de moda, comprei ano passado!

Rosinha: Oxe... E uma coisa linda dessas sai de moda, é!

Ayla sorri com a falta de jeito dela. - Claro, rs.

Vendedora: Pode provar na senhora. Fique a vontade!

Rosinha olha como quem não quer nada para a posição das câmeras, e em seguida para um anel que está no balcão. Uma madame deixa seu filho pequeno brincando próximo dali.

A vendedora a alerta que o vidro do balcão é frágil e para a criança ter cuidado.

Ayla deixa sua bolsa em uma poltrona perto do balcão e começa a provar as joias.

Rosinha fica pensativa.


Cena 07 - Casa de Praia - Tarde


No quarto, Vicente está deitado na cama, enquanto Samuca está sentado ao seu lado.

Samuca: Não fique assim meu amor, tudo vai passar!

Vicente: E se ele nunca me perdoar?

Samuca: Mas ele não tem que te perdoar, você não fez nada de errado.

Vicente: Mas e se ele se afastar de mim ?

Samuca: Isso não vai acontecer, e se acontecer é porque ele não te ama de verdade. O que eu acho bem difícil... E sendo seu irmão, tenho certeza que o caráter dele é igual ao seu, então dê apenas um tempo pra ele digerir melhor toda essa situação.

Vicente: Vai lá se divertir com a galera.

Samuca: Não quero a galera, quero ficar com o meu namorado! - Afirma, apertando a mão dele.

Vicente: Obrigado.

Samuca: Você cuidou de mim, agora é a minha vez de fazer o mesmo com você. Aconteça o que acontecer, eu te amo!

Vicente sorri pra ele, e aperta sua mão de volta.


Marina volta para a beira da praia, comendo um churrasco, enquanto brinca com a água com os pés.

Luan surge atrás dela.

Luan: Onde você estava ?

Marina: Eu tava ali perto da varanda. Porque essa cara ?

Luan: Tá me achando com cara de palhaço ?

Marina: Eu não tô entendendo... O que foi que eu perdi ?

Luan: Você e aquele cara escondido lá atrás do carro, o que tá pegando hein ?

Marina: Mas... Não é nada disso que você pode estar pensando. O Vicente e o Henrique brigaram e... Não. Pera aí, quem te contou isso ?

Luan permanece calado com a cara fechada.

Marina: Ah, mas só pode ser... Aquela piranha de aquário! Ah, mas ela me paga, e é agora!

Luan: Pera aí...

Como se tivesse possuída, Marina corre até a casa, espumando de raiva, procurando por Mirella. Luan vai atrás de sua noiva, já prevendo a confusão. Ela a acha conversando com Luiza na varanda.

Mirella: Oi queridinha, resolveu se juntar a nós ?

Marina: Se for pra me juntar a você eu teria que aprender e muito em como abaixar meu nível!

Mirella: O que é isso, acho bom você moderar seu tom de voz comigo, fofa.

Marina: Ah e, porque ? A doutora vai me processar?

Mirella: Você não sabe com quem tá falando. Até hoje eu não engoli o que você fez na balada... Você tá brincando com o perigo, garota!

Marina: Eu sei com quem eu tô falando sim. Eu tô falando com uma cadela safada e mentirosa, uma piranha dessas bem ralé e barata!

Alves: Calma aí gente...

Marina: Você fica na sua porque meu assunto é com essa vadia aqui! - Dispara, apontando o dedo na cara de Mirella.

Marina: Quando tiver que falar de mim, fale na minha cara!

Mirella: Já que prefere assim, então tá. A cadela aqui é você! Primeiro você fica dando em cima do Vicente, agora em cima do Henrique, e tudo isso tudo na cara do corno do teu namorado!

Explodindo de raiva, Marina pega o copo de cerveja da mão de Alves e joga na cara de Mirella, que fica em choque. O cabelo escovado dela fica todo molhado, escorrendo bebida por todo o seu rosto.

Mirella: Eu vou matar você sua desgraçada!

Mirella voa pra cima de Marina, grudando em seu cabelo e quase arrancando sua orelha. Marina consegue se soltar e a empurra pra trás.

Alves, Luiza e Luan assistem a tudo sem bater nem os olhos.

Zoom em câmera lenta no rosto de Marina. As duas se encaram.

Marina: Você não tem idéia na confusão que se meteu sua vadia.

Marina enfia a mão na cara de Mirella, unhando sua cara, e a joga sobre a mesa. Mirella cai por cima da mesa, virando todos os pratos e copos por cima do seu corpo, até cair no chão.

Mirella cai toda suja de comida no chão, sem reação nenhuma.

Marina: Você pensa que acabou ?

Marina se abaixa e pega no cabelo dela, a arrastando até os degraus da varanda. Ela se ajoelha e começa a bater a cabeça de Mirella com toda força contra o degrau.

Luan toma a frente e a segura, impedindo o pior.

Luan: Chega! Você está louca ?

Marina: Nem comecei a ficar louca ainda e nem queira me ver louca!

Mirella se lentanta, tonta, com a sobrancelha e os lábios sangrando.

Mirella: Eu vou matar você sua puta, vou te processar, te botar na cadeia! Você tá ferrada na minha mão!

Marina ri, debochando.

Alves e Luiza a ajuda a ficar em pé.

Mirella: Tirem as mãos de mim, maldita hora que vim pra cá. Vocês são um bando de gentinha! Gentalha do pior nível!

Luiza: Pelo menos a gentalha aqui não vai voltar pra casa com o rosto todo estourado! Hahaha...

Todos dão risadas. Mirella limpa seu sangue com os dedos, os encarando com ódio.


Cena 08 - Shopping - Fim de Tarde


Vendedora: Muito obrigado por nos escolher! E volte sempre viu, aqui a senhora terá sempre as melhores e inéditas coleções!

Ayla sorri. - Sim, eu sei que sim. Muito obrigada!

A vendedora acompanha Ayla e Rosinha até a porta da loja.

Rosinha sai primeiro, mas o detector é acionado quando Ayla passa por ele.

Imediatamente todas as clientes e atendentes olham para ela. Rosinha também.

Ayla as encara.

Ayla: Mas o que é isso ? Esse negócio tá com defeito, né ?

Vendedora: Pode ser um engano...

O segurança encara Ayla.

Ayla: Vocês não estão achando que eu... Há quantos anos eu sou cliente aqui ? Isso é um absurdo!

Vendedora: Sabemos que sim e lamentamos pelo constrangimento!

Segurança: Mas o alarme foi acionado. Só para não haver dúvidas até mesmo pra senhora, é melhor...

Ayla: É melhor o que ? Olhar a minha bolsa ?

Ayla sorri, ironicamente.

Ayla: Eu jamais imaginei que fosse passar por uma coisa dessas. Logo eu, que vergonha!

Rosinha apenas observa tudo em silêncio.

Ayla joga sua bolsa no balcão, expondo tudo o que tem dentro.

Batons, alguns papéis, carteira e um lenço.

A vendedora e o segurança olham para tudo, mas sem tocar em nada.

Vendedora: O que é aquilo ?

Ayla percebe um anel no canto.

Ayla: Mas... Isso não é meu!

Vendedora: Como a senhora é cliente antiga, acho que podemos resolver isso de forma civilizada!

Ayla: Forma civilizada ? Tá me chamando de ladra ?

Rosinha: Espere! Eu posso explicar.

Todos olham imediatamente para a doméstica, surpresos.

Rosinha: Eu vi tudo o que aconteceu.

Ayla: Você viu ? E o que foi ?

Rosinha: A Dona Ayla é uma mulher honesta. Ela jamais roubaria uma agulha que fosse!

Vendedora: Mas o anel estava em sua bolsa.

Rosinha: Aquela criança que estava brincando no balcão. Ela acidentalmente esbarrou no anel que vocês deixaram descuidado lá em cima. Na hora eu pensei que havia caído no chão, mas caiu dentro da bolsa da Dona Ayla. Estava aberta em cima da poltrona! Bem onde caiu.

Todos ficam surpresos.

Rosinha: Podem checar as câmeras.

Vendedora: Não é necessário, imagina. Realmente havia uma criança no balcão.

Segurança: Você esqueceu de guardar o anel ?

A vendedora fica sem graça e olha pro chão.

Ayla: Que absurdo... Eu nunca fui tão maltratada em toda a minha vida! Eu só não falo pra sua gerente porque você sempre me tratou bem até então. E muito em breve isso vai chegar no ouvido dela! Mas saiba que eu nunca mais piso os meus pés aqui!

Vendedora: Espera!

Ayla puxa Rosinha.

Ayla: Vamos embora daqui!

Segurança: Quando souberem você tá na rua, já sabe né ?

A vendedora fica trêmula e desesperada.

Ayla: Que constrangimento. Eu jamais imaginei passar por isso!

Rosinha: Poderia ter acontecido com qualquer pessoa!

Ayla: Mas aconteceu comigo. Ai, estragou meu passeio, tô com uma dor de cabeça...

Rosinha a olha de canto, tentando contêr um sorriso, e coloca a mão no ombro dela.

Ayla: Ai, menina... Se não fosse você. Eu ia ficar com fama de ladra! Logo eu...

Rosinha: Imagina. Eu fico atenta a tudo que acontece ao meu redor. Eu jamais deixaria algo assim acontecer com a senhora, que é a mulher mais íntegra e elegante que eu já conheci!


Cena 09 - Ao som de Secrets ( Consoul Trainin Remix ) - Regard, RAYE - Imagens aéreas da praia no Litoral de SP - Alguns surfistas surfam pelas ondas do mar - O sol brilha forte no céu


Cena 10 - Praia - Restaurante - Manhã


Marina, Luan, Vicente e Samuca comem uma comida tropical em um restaurante de praia próximo à casa onde estão hospedados.

Marina: Que ânimo é esse gente. Olha esse lugar, é o paraíso! Vamos aproveitar nosso último dia aqui.

Vicente: Estou meio sem clima.

Luan: A gente podia pegar uma balada hoje...

Marina revira os olhos.

Marina: Samuca, pede pra essa pessoa não falar comigo pelos próximos 15 anos!

Vicente: Vocês não vão brigar agora por causa da Mirella, né ?

Samuca: E por falar na peça, onde ela está ?

Marina: Deve estar caçando algum macho por aí. Ela não se toca, depois da surra que levou não deveria estar mais nem aqui!

Os 4 dão risadas, concordando. Eles comem e depois vão aproveitar mais um pouco a praia e dar um mergulho antes de irem embora.


Cena 11 - Casa de Praia - Quarto - Tarde


Samuca está arrumando suas coisas no quarto, e ao pegar uma bermuda de Vicente, deixa algo cair no chão sem querer. No mesmo instante reconhece que é a correntinha que Vicente usa. Ele a pega e abre o pingente de coração, na palma de suas mãos. Samuca fica alisando aquela corrente, que lhe traz mil lembranças, pensativo, até que Marina entra no quarto.

Marina: Tudo pronto ?

Samuca: Oi ? Ah, já vou! - Responde, despertando de suas memórias.

Marina: O que tanto olha aí ?

Samuca: Essa corrente. Eu dei uma igualzinha para o Bruno, na nossa última viagem.

Marina: E ?

Samuca: E agora o Vicente aparece com uma igual no pescoço.

Marina olha para a correntinha.

Marina: Eu nunca tinha visto uma dessas. Mas é só coincidência!

Samuca: Coincidência demais...

Marina: Onde está a que você deu para o Bruno ?

Samuca: Eu coloquei no pescoço dele, quando me despedi dele no hospital, naquele dia horrível. Ele foi enterrado junto com ela.

Marina: Deixe o passado lá atrás, são apenas duas correntes iguais.

Vicente entra no quarto: - E aí, vamos embora ? Já está tudo pronto.

Samuca guarda a correntinha de volta no bolso do short dele e coloca na mochila.

Samuca: Claro, já acabei tudo aqui.

Durante o caminho de volta, Samuca se entristece ao perceber a tristeza no olhar de Vicente, que não consegue mais nem disfarçar.


Cena 12 - Apê de Vicente - Madrugada


No meio da madrugada Samuca acorda e Vicente não está na cama. Ele se levanta e o vê na sala, sentado no sofá, com o olhar parado.

Samuca se aproxima, passando a mão em seus ombros.

Vicente: Porque está acordado ?

Samuca: Eu que deveria pergunta isso não é ? O que está acontecendo ?

Vicente: Nada meu amor, só perdi o sono... - Responde, forçando um sorriso e passando as mãos nos olhos.

Samuca: Você pensa que me engana né. Eu sei que é o seu irmão!

Vicente fica calado.

Samuca: Não gosto de ver você assim.

Vicente: Vai passar.

Samuca: Eu vou cuidar de você! - Fala, deitando a cabeça dele em seu colo e fazendo um cafuné.

Samuca: Eu vou consertar as coisas!


Cena 13 - Casa de Marta - Manhã


Vitória entra no quarto e abre a janela.

Vitória: Tá na hora de ir pra escola, mocinha.

Flora se mexe de um lado para o outro na cama.

Vitória: Você nem se levantou ainda. Eu não acredito!

Flora finge não escutar e continua deitada.

Vitória puxa o lençol dela.

Vitória: Você vai se atrasar. Vá escovar os dentes, sua vó já fez o seu café da manhã!

Marta entra no quarto.

Marta: Vamos, minha princesa. O café tá quentinho!

Flora: Eu não quero ir pra escola, e eu não quero esse café ruim! Eu quero o meu tio!

Vitória: Olha como fala, menina! Respeita sua mãe!

Flora: Você é uma chata. Chata! E você também vó! Eu quero o MEU tio, só ele sabe cuidar de mim! E eu não vou comer nada até ele voltar! - Dispara, se levantando.

Vitória a segura pelo braço.

Vitória: Você tem que me respeitar!

Flora dá um grito alto e agudo.

Flora: ME SOLTA! EU QUERO O TIO SAMUCA! - Grita, se soltando e correndo pro banheiro.

Vitória e Marta se olham, sem saber mais o que fazer para acalmar a menina.






Cena 14 - Apê de Henrique - Manhã - Ao som de instrumental Loneliness Tensa - Iuri Cunha


Henrique termina de se arrumar para o trabalho e coloca seu distintivo, quando escuta a campainha tocar. Ele abre a porta e se espanta com quem vê.

Henrique: Você ?

Samuca: Posso entrar ?

Henrique: Não tenho nada pra falar com você e já estou atrasado!

Samuca não se importa com o que escuta e já vai entrando sem cerimônia.

Henrique: Se meu irmão te mandou aqui pra...

Samuca: Ele nem sabe que estou aqui e preferia nem vir falar com você, mas me dói demais vê-lo naquele estado e não fazer nada.

Henrique: O que aconteceu com ele ?

Samuca: Por fora está bem. Mas por dentro eu vejo o quanto ele está destruído!

Henrique: Tudo isso é culpa sua e agora se manda daqui, antes que eu perca a linha com você!

Samuca: Eu não tenho medo de você. E se você gostasse mesmo do seu irmão, não deixaria ele ficar sofrendo por conta do seu machismo, do seu preconceito! Que amor é esse que só machuca ?

Henrique: Cala a boca cara, você não sabe de nada!

Samuca: Bom, só disse o que eu vejo. E só vim mesmo fazer uma última tentativa... Já disse tudo o que eu queria falar.

Samuca se retira, deixando Henrique sozinho naquela sala. O policial fica em silêncio, pensativo. Em seu rosto, não há mais vestígios de raiva, e sim de tristeza e arrependimento por ter se afastado e dito palavras tão duras a seu irmão, a quem tanto ama.


Cena 15 - Delegacia - Manhã


Henrique chega para trabalhar com uma expressão triste e cansada. Ele estranha ao ver a delegacia quase vazia, mas não comenta nada. Ao vê-lo, Alves vai logo o abraçando, animado.

Alves: E aí, cara. Já deu uma olhadinha no seu zap hoje ?

Henrique: Não. O que tem ?

Alves: Como assim o que tem ? Você passou no concurso. O mais novo delegado da polícia federal!!!

Henrique: Ah, isso. Eu já sabia.

Alves se espanta.

Alves: E você fala com essa cara de desânimo ? Você se matou pra conseguir isso e fala como se fosse qualquer coisa ?

Henrique: Eu estou feliz. Só não estou muito bem hoje!

Alves: Sei... Mas eu sei de uma coisa que vai alegrar o seu ânimo, se essa notícia já não foi o suficiente. Homicídio naquele bar que tem ali na esquina!

Henrique: Ah, sério ? Acabei de chegar. Chame outro.

Alves: Esses casos assim só confio em você. É o mais durão do quartel. Vamos! - Ordena, o arrastando até a viatura.

Ao chegar no bar, Henrique percebe a armadilha. Todo o quartel está lá o esperando para uma comemoração especial.

Henrique fecha a cara.

Henrique: Tô a fim disso não!

Alves: Larga mão, já tá todo mundo aqui. Não vai fazer essa desfeita, vamos!

Henrique chega até lá acompanhado de Alves e é recebido por vários amigos da corporação. Eles fizeram uma mesa enorme e todos riam muito, bebiam e comiam. Durante todo o dia, não para de receber os parabéns e cumprimentos, afinal sempre foi muito admirado por todos em sua profissão. Em certo momento, Henrique consegue escapar e vai para um canto mais isolado e fica sozinho, encostado em uma parede e olhando o movimento da rua.


Ao som de Movimento de Inverno - Alexandre Guerra


De repente, ele escuta uma voz familiar chamando seu nome.

Vicente: Henrique!

Henrique: Vicente! Que surpresa...

Vicente: Pois é, eu fui no quartel mas disseram que você já tinha saído.

Henrique: É. Inventaram isso aqui...

Vicente: Eu fiquei sabendo. Meus parabéns, estou muito orgulhoso de você. Só eu sei o quanto você sonhou com isso!

Henrique: Obrigado. Quem te contou ?

Vicente: Ninguém me contou, eu sei tudo o que é importante pra você. Sei que você lutou pra conseguir passar nessa prova e sabia que o resultado sairia hoje. Embora estejamos longe um do outro, eu sempre estou ligado nas coisas que são importantes pra ti...

Henrique se emociona com o carinho do irmão e não consegue manter sua pose de durão.

Vicente: Eu sei que você não me quer aqui, mas eu queria muito lhe dar os parabéns! - Diz, estendendo a mão para o irmão, esperando para ser apertada, mas Henrique fica imóvel.

Para surpresa de Vicente, seu irmão o puxa para um forte abraço. Um abraço apertado como se tivessem matando uma saudade da vida inteira.

Henrique: Vicente, me perdoa...


Imagem de Vicente e Henrique congela em um efeito amarelado.


Continua.


Se encerra em Uma Porta por Vez - Zé Antônio


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Odair Rodrigues
Odair Rodrigues
Jun 27, 2023

Vicente tá num fogo 🔥

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